domingo, 30 de agosto de 2009

Artigo da Semana


Pra onde vai nosso dinheiro?

O governo federal cancelou a liberação de uma verba de R$ 38 milhões, destinada a Feira de Santana, oriunda de emenda ao orçamento da União, proposta dos deputados federais que representam Feira de Santana (Colbert Martins, Fernando de Fabinho e Sérgio Carneiro), apoiada por toda a bancada baiana. A verba era destinada, entre outras obras, à construção de uma via de ligação entre a avenida Noide Cerqueira e a BR-324, passando por trás do Parque de Exposições João Martins da Silva. A obra é considerada como de vital importância daquele setor da cidade, já bastante povoado.
Na sexta-feira passada (21) a Imprensa anunciava que o Estado pretende cortar cerca de 30% do orçamento a Universidade Estadual de Feira de Feira de Santana (UEFS). A universidade está ás voltas com funcionários e professores reivindicando melhores salários, falta de professores, e até superpopulação de gatos. A primeira turma do curso de Medicina corre o risco de não se formar no prazo previsto, por conta de greves e falta de professores. Enquanto isso, o governo do Estado solta foguetes para informar que implantou o curso de Medicina em Jequié.
Não se pode entender de outra maneira estes cortes orçamentários, senão, como uma perseguição a Feira de Santana (a Cardiologia do HDPA até hoje não foi credenciada ao SUS). Esta semana foi discutida em Feira de Santana a privatização da privatização da BR-324. Pergunto eu: E o dinheiro da CID, aquele imposto que deixamos nas bombas dos postos de combustíveis? Teoricamente, ele deveria cair diretamente na conta do DNIT, para construção, pavimentação e conservação de estradas. Mas não cai. Deve cair em algum dos muitos buracos negros do governo federal.
Qual a explicação da União e do Estado para estes cortes orçamentários? Falta de verba? Não pode ser, porque a propaganda oficial informa que a Bahia virou um canteiro de obras. Caiu a arrecadação? Não Pode ser, pois a nossa carga tributária é uma das maiores, senão a maior, do mundo. Trabalhamos quatro meses do ano só para pagar impostos. Ou seria economia para fazer caixa para a campanha eleitoral de 2010?
Nesse último caso eu devo avisar, a quem interessar possa, que o povo feirense é historicamente contrário a obras eleitoreiras, que chegam de última hora, enquanto durante todo o ano são se fez nada. Isso não rende votos aqui. Digo isso como aviso, porque o governador é originário do Rio de Janeiro, e não conhece bem os usos e costumes do nosso povo.
De toda sorte, o fato é que a cidade não recebe devidamente os benefícios a que faz jus por parte da União e do Estado. Diria aquele antigo humorista: “Êpa! Estão metendo a mão no meu bolso”!

Crônica da Semana



Não Pode

Pipiu Bahia vive injuriado com um (mau) hábito dos baianos de dificultar, em vez de facilitar as coisas. Segundo ele, as duas palavras preferidas dos baianos são: “Não Pode”. Ele afirma isto citando exemplos. Aliás, eu mesmo já tive muitos exemplos dessa má vontade que as pessoas têm em resolver as coisas, facilitar a vida dos outros. Não por acaso, uma alemã que residia em Feira de Santana, se tornou minha cliente e amiga, depois que eu resolvi um problema pra ela. Ela ficou espantada por encontrar alguém por aqui, que tomasse a iniciativa de resolver um problema pra outra pessoa, espontaneamente. “As pessoas aqui – disse ela – geralmente são muito ruins”.
Um dos exemplos que Pipiu cita, eu presenciei e até participei da “vingança”. Nós fomos a uma sorveteria para comprar algumas bolas de sorvete, mas esquecemos de levar o vasilhame e, neste caso, a sorveteria não despachava apenas algumas bolas, só um quilo completo. Era sorvete demais, e a gente não queria. Pipiu então perguntou quanto custaria o quilo de sorvete se ele levasse o vasilhame, e quanto custaria se a sorveteria fornecesse o vasilhame. Contatou então, que o vasilhame custaria cerca de R$ 1 real.
Então ele propôs pagar o vasilhame por fora e só levar quanto sorvete ele quisesse, pois um quilo, como já dissera, era demais. A garçonete, e até a dona da sorveteria, recusou a proposta. Ou levávamos um quilo, ou nada feito. Injuriado, Pipiu foi a um supermercado próximo, comprar um vasilhame, para não ceder ao capricho da dona da sorveteria. Mas não encontramos um vasilhame adequado. Aí, ele me pediu: “Cristóvam, vá lá, compre um quilo de sorvete. Eu não vou não que eu não quero nem olhar pra cara daquela mulher”.
E lá fui eu, comprar o bendito sorvete de Mangaba, que ele tanto gosta. A mesma garçonete me atendeu, e abriu um risinho zombeteiro, quando eu pedi um quilo de sorvete de Mangaba. Só que quando ela foi pesar, o sorvete que tinha só pesava 700 gramas. Quando ela me informou que o sorvete que tinha não pesava um quilo, e perguntou se poderia completar com outro sabor, eu fui taxativo: “Não pode”! Estávamos vingados.
Às vezes falta inteligência, mas na maioria das vezes é má vontade, ruindade mesmo. Até hoje eu não me conformo com o caso de um cheque nominal a Maura, da mesma rede bancária onde tínhamos conta, e que eu quis mandar pra ela, de Feira de Santana para Jequié. Quando a atendente disse “Não Pode”, eu questionei: Se o cheque de uma agencia desta rede bancária, se é nominal a Maura Sérgia, que tem conta nesta mesma rede, por que, em nome de Deus, eu não posso mandar o cheque pra ela? A moça não tinha resposta, apenas repetia que “Não Pode”. Tem um amigo meu que até hoje ri, quando lembra de mim, debruçado sobre o balcão, tentando alcançar o pescoço da atendente. Não tenho paciência com burrice.
Certa vez eu e Maura paramos numa lanchonete em Santo Amaro e, quando estávamos no balcão, uma pessoa entrou e pediu ao garçom um suco de cacau com graviola. O garçom informou que não podia, porque os clientes estavam reclamando que os sucos estavam saindo com sabor de uma fruta, mas com cheiro de outras, porque os sucos eram batidos no mesmo copo de liquidificador. O proprietário da lanchonete havia comprado outros copos de liquidificador, e havia determinado que cada um deveria servir a um tipo de fruta, não podendo misturar.
O cliente se rendeu ao argumento, e já ia saindo sem beber o seu suco, quando Maura perguntou: “Moço, e se o senhor bater a graviola em um copo e o cacau em outro, ele não pode misturar os dois no copo em que vai beber?” Claro que podia, e o cliente ficou muito satisfeito. Era só uma questão de bom senso.
Mas bom senso foi o que faltou ao balconista de uma lanchonete na Estação Rodoviária em Salvador. Uma amiga nossa, foi comprar um sanduíche de queijo e o garçom disse que não saía. Só misto. Ora – raciocinou ela – se tem misto, é porque tem queijo. Então, ela disse ao garçom que pagaria um misto, mas que queria o pão fatiado apenas com o queijo. O garçom disse: “Não pode”.
Entre intrigada e chateada, ela decidiu: “Tá bem. O senhor então prepare o misto, mas antes de levar ao forno, me traga o sanduíche pra eu ver”. O cara preparou, e quando trouxe, ela o abriu, retirou o presunto, jogou na lixeira, e pediu: “Agora, me esquente este sanduíche por favor”. O garçom disse:
- “Não pode não, porque agora ficou de queijo”.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Coluna da Semana


Terrorismo eleitoral
Toda vez que uma eleição acaba e os eleitos tomam posse, surgem os “terroristas eleitorais”. Eles escavam processos gerados durante as campanhas e trazem à tona para ameaçar e perturbar a paz dos eleitos. Este ano não foi diferente. Há ameaças de cassação do mandato do prefeito Tarcísio Pimenta e de inelegibilidade do ex-prefeito José Ronaldo. Nem uma coisa nem outra acontecerá. É só esperar pra ver.

Repartindo o bolo
Toda essa movimentação política que está havendo, com o troca-troca de partido entre políticos, com ou sem mandato, já era prevista desde o falecimento do senador ACM. Os herdeiros do seu espólio político estão se engalfinhando e buscando galgar degraus na hierarquia política, dentro e fora do Democratas. Tudo muito natural.

Tudo pelo poder
Tarcízio e Eliana, que xingavam ACM, saíram do PMDB para o PFL, que virou DEM. Trocaram juras de amor eterno com o senador. Mas este faleceu. Depois de um breve namoro com as lideranças remanescentes do DEM, Eliana, agora no PP, se atirou nos braços do PT do governador Jaques Wagner. Jairo Carneiro, que formava com a linha de frente do DEM, foi para o PP de Eliana, e agora apóia Wagner. Otto Alencar, que já foi governador pela turma do PFL/DEM, também bateu asas e foi para o PP, para apoiar Wagner. Daí se conclui que todo político tem que ir aonde o poder está.

Natural (?)
“É natural, hoje, você fazer parte de um grupo político e amanhã você se desfiliar do partido, mas, não é natural o político servir dois grupos políticos diferentes ao mesmo tempo, como faz a deputada Eliana Boaventura que serve ao governador Jaques Wagner e ao prefeito Tarcízio Pimenta. O ex- deputado Jairo Carneiro está indo no mesmo segmento”. A declaração é do vereador Reinaldo Miranda, “Ronny” (PMN), fazendo coro com outros colegas.

Até março
É bom lembrar que todo esse pessoal que está indo ocupar cargos no governo do estado, na Assembléia ou na Câmara Federal, que, se almejam alguma candidatura nas eleições do ano que vem, terão que abandonar seus cargos em março. Portando, somente sete meses os separam da batalha.

Silêncio
A classe médica, que é altamente corporativa, a ponto de protestar quando enfermeiros ou odontólogos são guindados à condição de administradores ou diretores de unidades de saúde, curiosamente ainda não se manifestou quanto ao fato de um dono de bar ser nomeado diretor de um hospital público. Aliás, substituindo um médico, competente, diga-se de passagem.

Verdade
As acusações da deputada Eliana Boaventura contra o ex-prefeito José Ronaldo, não resistiram a algumas colocações feitas por este no programa Acorda Cidade. Ronaldo, não rebateu as acusações da deputada, apenas lembrou fatos de um passado recente, ainda vivos na curta memória do povo. E, de quebra, disse que o povo é quem vai julgar. “A verdade é sempre a verdade através dos tempos” (Shakespeare).

Maconha contra o câncer
Cientistas da Universidade de Alcalá, na Espanha, anunciaram que conseguiram parar o crescimento de células de câncer usando componentes da maconha. Os resultados de testes em laboratório com ratos e células humanas sugerem que medicamentos com base na maconha, e não o hábito de fumar a droga, podem, um dia, ajudar no combate à doença. Portanto se você já estava se assanhando em acender um beck, pode ir tirando o cavalinho da chuva.

Turbulência
Ao contrário do que propaga o PT, a eleição do candidato (a) do partido à presidência da República não navega em céu de brigadeiro. Além da queda de Dilma nas pesquisas, Marina Silva, pelo PV, e Heloísa Helena, pelo PSOL, deverão lançar suas candidaturas, o que tira votos do PT. Turbulência à vista.

Fabinho e Leão
O deputado Fernando de Fabinho foi visto na posse do secretário João Leão, sentado ao lado de Jairo Carneiro. Os ‘urubus’ cuidaram logo de propagar nos programas de radio. O radialista Dilton Coutinho entrevistando o ex-prefeito José Ronaldo hoje (21), o questionou sobre como anda seu relacionado com o deputado e se este também tem alguma queixa. Ronaldo respondeu de pronto que está tudo bem, mas, que ele deveria questionar Fabinho.

Fabinho e Leão I
Fernando de Fabinho informou ao saça que estava na posse do companheiro de trabalho e amigo pessoal, por cortesia e para desejar-lhe boa sorte na nova missão. Disse que sempre trabalharam juntos no Congresso pela mesma causa: a Bahia. “Independente de que lado estamos na política, o objetivo maior é o mesmo. Trabalhar pelo povo da Bahia”. Fabinho disse que estar sentado ao lado de Jairo foi apenas uma coincidência. Estava no local reservado aos deputados, desfazendo assim qualquer duvida.

Duas Luas
No dia 27, a meia noite e meia, olhe para o céu. O planeta Marte será a estrela mais brilhante do céu, e será tão grande quanto a lua cheia, e estará a 55,75 milhões de quilômetros da Terra. Será como se a Terra tivesse duas luas, e este acontecimento só se repetirá no ano de 2287.

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Por hoje é só que agora eu vou ali deitar na minha rede, fumar um charuto, observar a Lua e uivar para ela.

Artigo da Semana


A luta pelo poder

Refrescando a memória, lembramos que Eliana Boaventura e Tarcízio Pimenta, sentindo-se desprestigiados e desgastados dentro do PMDB, filiaram-se ao PFL do então governador ACM. Tarcízio permanece no PFL, hoje transformado em DEM. Eliana, entretanto, que já havia se filiado ao PP, nele permanece. Mas, como não se elegeu, encontrou como desculpa um possível desprestígio junto às lideranças da coligação, da qual o seu partido fez parte, e que elegeu Tarcízio prefeito, e se atirou nos braços do governador Jaques Wagner, que lhe ofereceu uma vaga na Assembléia, mediante a nomeação do deputado Pedro Alcântara para uma secretaria do governo do Estado.
Eliana tentou levar consigo os dois vereadores do PP em Feira de Santana, Eremita Mota e Getulio Barbosa, mas, não obteve êxito, porque ambos preferiram permanecer na base aliada do prefeito Tarcízio. E ela vem recebendo críticas de todos os lados, principalmente de gente que disputou a eleição para deputado estadual, e garante que o ex-prefeito José Ronaldo carregou no apoio à Eliana Boaventura, em detrimento de outros correligionários, contrariando assim o argumento de Eliana, de que foi desprestigiada pelo ex-prefeito.
Quanto a Jairo Carneiro, há que se lembrar que ele, embora feirense, sempre teve sua base eleitoral em Salvador. Segundo os analistas políticos, ele teria se transferido para Feira de Santana a pedido do falecido senador ACM, para fazer sombra a José Ronaldo, forte candidato a deputado federal. Neste caso, não teria logrado êxito na sua missão.
Permanecendo em Feira, reeleito deputado federal, Jairo, disputou a candidatura a prefeito com José Ronaldo, e novamente não logrou êxito. Indicou o nome do vice, Borges Júnior, que se transformou num dos melhores secretários e aliados do prefeito José Ronaldo, que seria reeleito, ainda tendo como vice, Borges Júnior. Não tendo conseguido se reeleger deputado, Jairo tentou emplacar seu filho, Jairinho, na Câmara Municipal, e novamente, não obteve êxito.
Sentindo-se desprestigiado pelas lideranças locais do DEM, aceitou logo o convite para se transferir para o PP e passar a compor a base aliada do governo Wagner, assumindo a vaga do deputado João Leão, que vai ocupar uma secretaria no governo do Estado.
O ex-governador Otto Alencar, também vai abdicar de sua vaga no Tribunal de Contas do Estado, e vai passar a compor com o governo Wagner.
Quanto ao prefeito Tarcízio Pimenta, ele tem mantido uma situação ambígua, mantendo cargos no governo municipal, todos com indicações de Eliana e Jairo, e anda de braços com o deputado petista, Zé Neto. Assim sendo, devido às suas origens de esquerda, paira sobre ele, nos bastidores políticos, a desconfiança de que também poderá abandonar o barco do Democratas. É esperar para ver onde tudo isso vai dar.

Crônica da Semana


A Lua e Eu

“A terra é azul”! bradou o astronauta soviético Yuri Gagarin a bordo da espaçonave Vostok 1 naquele longínquo 12 de abril de 1961. Começava a corrida para a lua, para o espaço, a fronteira final. Orbitando a Terra a 315 Km de altitude, Gagarin via a Lua como um camundongo veria um grande queijo pendurado no teto. Bela, mas inatingível. Mas a Lua, que até então encantava os namorados, inspirava os poetas e despertava a curiosidade dos cientistas, em breve teria seus segredos desvendados. Em 21 de julho de 1969, Edwin Aldrin, astronauta americano, pisaria pela primeira vez em solo lunar (há controvérsias).
Desde o seu nascimento na Terra, o homem sempre se intrigou com o espaço, e a Lua influenciou sua vida. Ela influencia as marés, norteia os agricultores, pescadores e caçadores, já foi endeusada, cantada em prosa e verso, e inspira as mais incríveis superstições. Tem Lua pra todo gosto. Além das suas fases normais (nova, crescente, cheia e minguante), temos ainda a Lua de Caçador, Lua Comanche, Dupla Lua, Lua de São Jorge, Lua Quieta, Lua Casta, Lua Distante e Lua do Lobo, entre outras denominações. A Lua inspira até o calendário de algumas religiões.
Caprichosa, ela mantém, por uma questão orbital, uma face sempre voltada para a Terra, e outra sempre voltada para o Espaço. É a face oculta da Lua, que intrigou cientistas e inspirou poetas. O grupo musical inglês, Pink Floyd, dedicou um disco inteiro, aliás o mais famoso (The Dark Side of the Moon), à face oculta da Lua.
Entre as superstições inspiradas pela Lua a mais curiosa, sem dúvida, é a Licantropia. No folclore, Licantropia é a capacidade ou maldição caída sobre um homem que se transforma em um lobo. Em psiquiatria, é um distúrbio onde o indivíduo pensa ser ou ter sido transformado em qualquer animal. Todo mundo conhece alguém que já viu e até prendeu um lobisomem, mas não conheço ninguém que tenha realmente visto um.
Desde criança sempre fui fascinado pelo espaço, e, claro, pela Lua. Nordestino que sou, não conheço nada mais lindo na Terra do que a Lua cheia a pratear os pastos e caatingas do nosso sertão. Cresci ouvindo estórias de lobisomens, São Jorge e o dragão. Na roça, a Lua cheia era um convite a longas caminhadas pelas estradas e trilhas da caatinga. Na cidade, serenatas e namoro. Da janela do meu quarto, um telescópio que, aliás, além da Lua, observava outras coisas bem menos acadêmicas.
E foi assim que eu me vi numa linda praia, iluminada pela Lua cheia, com um grupo de amigos e amigas. Tal e qual Taiguara, com a sua Maria do Futuro, eu peguei a minha “Maria” da vez pela mão e saí passeando pela praia, um olho na Lua e outro nela. O luar nos convidou, o mar nos temperou, ela me envolveu, e acabei sendo casado com ela. Me lasquei!
Portanto meu amigo, se algum dia você me ouvir uivando para a Lua, não é que eu virei lobisomem não, é choro mesmo, de quem perdeu a liberdade.

O “Marechal” Hermes Sodré



Faleceu na semana passada o ex-vereador Hermes Sodré, cujo corpo foi sepultado no domingo (16), no jardim Celestial. O corpo do ex-vereador foi velado na capela do Hospital Dom Pedro de Alcântara. Ele morreu na noite de sábado (15), depois de vários dias internado, com a saúde muito abalada. Conhecido carinhosamente como “Marechal”, Sodré foi vereador entre 1977 e 1983. Homem simples, no Poder Legislativo de Feira de Santana ficou conhecido como um dos melhores frasistas daquela Casa. É atribuída a ele a frase: “O povo ta comendo fato e arrotando filé”.
Em 1979, contestando denúncias feitas por Hermes Sodré sobre suas supostas ações após o golpe militar de 1964, o vereador situacionista, Adessil Guimarães, distribuiu nota à Imprensa frisando que dava explicações em respeito ao povo, ao tempo em que esperava acabar com o “affair fabricado” pelo vereador oposicionista. Sentindo-se caluniado, no dia seguinte Hermes Sodré ocupou a tribuna da Câmara e soltou o verbo:
“Isto é calúnia. Eu nunca tive nenhuma fábrica de affair. Tudo que eu tenho são duas olarias arrendadas em São José das Itapororocas”.
No final dos anos 80 a ditadura militar já dava sinais de desgaste e o presidente João Figueiredo sinalizava com um processo de redemocratização do País. Alguns políticos começaram a se “assanhar”, os militares resolveram mandar um recado de que as coisas não seriam tão simples assim.
Para Feira de Santana veio o comandante da VI Região Militar, Gustavo Moraes Rêgo, com a missão de dar um “puxão de orelhas” nos políticos locais. Em sessão realizada na Câmara Municipal, o comandante fazia uma palestra e, cumprindo o seu papel, avisava aos políticos que eles não deveriam se afastar dos militares, pois os mesmos ainda estavam no poder. Para sua surpresa, Hermes Sodré lhe pediu um aparte, e disse:
“Vossa excelência está equivocado. Nós aqui não nos afastamos dos militares, e até temos militares entre nós. Eu, por exemplo, sou Marechal”, arrematou Sodré para um atônito Moraes Rêgo e gargalhada geral.

Duas Luas no céu de agosto


O Planetário Internacional de Vancouver, da British Columbia, no Canadá, calculou a precisão em que Marte estará orbitando perto da Terra. Será no próximo dia 27. Todavia, o mais interessante de tudo é que isto estava previsto em um código Maia, encontrado na pirâmide ao lado do Observatório Estrelar em Palenque, em Chiapas, no México. Com este cálculo matemático Maia, agora os Maias estão sendo vistos como os gregos da América, e orgulho da Guatemala.
Pelo menos, quatro ou cinco gerações da humanidade não voltará a ver este fenômeno natural, e poucas pessoas sabem até o momento, embora tenha sido noticiado em 11 de maio de 2009.

Duas Luas
No dia 27, a meia noite e meia, olhe para o céu. O planeta Marte será a estrela mais brilhante do céu, e será tão grande quanto a lua cheia, e estará a 55,75 milhões de quilômetros da Terra. Será como se a Terra tivesse duas luas, e este acontecimento só se repetirá no ano de 2287.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Zé do O setentão


O empresário José Olympio Mascarenhas comemora hoje 70 anos de vida. “Zé do O”, como é carinhosamente chamado pelos seus amigos, não é apenas mais um Zé como outro qualquer. Lojista nas décadas de 60 e 70, foi ele quem realizou, em Feira de Santana o primeiro Congresso Lojista da Bahia. Em seu pioneirismo, ele foi fundador, entre outras coisas, da primeira rádio FM da cidade, (Princesa) do observatório Antares, da primeira agência de viagens (Rumo Turismo), do primeiro jornal diário (Feira Hoje), da Fundação Cultural, da Associação de Amigos de Feira de Santana. Ele também criou o baile mais glamoroso da cidade, o “Caju de Ouro”.
Alegre e brincalhão, usa da sua inteligência e criatividade para encontrar as soluções mais inusitadas para os problemas que se lhes apresentam, e também para pregar peças nos amigos. Atualmente ele se dedica ao ramos de construções e incorporações.
Por tudo que ele representou e ainda representa para Feira de Santana, o jornal NoiteDia presta homenagem a este feirense impar.

Crônica da semana


Medo de cobra

Eu, particularmente, nunca tive medo de cobras. Mas gosto de vê-las lá, e eu cá. Porém, existem pessoas que à simples menção da palavra “cobra”, se borram todas. E o que não faltam são moleques para pregaram peças a estes pobres coitados. Eu mesmo já peguei uma cobra de brinquedo e coloquei na gaveta de um amigo que eu sabia que tinha pavor de cobras. Entre as mulheres, as cobras causam pânico, se bem que algumas delas até se utilizam de cobras para chamar a atenção, como foi o caso da artista Luz Del Fuego.
Por falar em Luz Del Fuego, me veio à lembrança de um episódio ocorrido com um amigo meu João Jorge Cabeça Branca, que foi passar um fim de semana na chácara de um amigo dele. Depois de uma noite de festa, ele acordou ressaqueado e foi ao banheiro. Quando já estava sentado ao vaso, foi que percebeu, enrolada num canto, uma imensa cobra.
Ele não ficou com medo, ficou apavorado, pois não havia nada à mão para matar a cobra. Antes de sair nu correndo pela casa, ele encontrou uma pequena pá de lixo. E foi com essa pá que ele conseguiu matar a bicha. Saiu do banheiro com a cobra pendurada pelo rabo e foi jogar o corpo lá no mato.
Depois ele foi para a varanda e deitou-se na rede meditando sobre o acontecido. Todos na casa ainda dormiam. Lá pelas tantas o dono da casa saiu do quarto. Depois ele percebeu uma inquietação por parte do amigo, que a todos perguntava se alguém tinha visto “Luz Del Fuego”. Quando ele perguntou quem era que ele estava procurando, descobriu que tinha matado a jibóia de estimação do amigo.
Não sei o que foi feito do corpo de “Luz Del Fuego”, se foi enterrada no cemitério da família ou se virou um guisado. Mas isso me remete a outro episódio envolvendo cobra. Foi numa viagem que fizemos, eu, o publicitário, já falecido, Edvaldo Maia, e o fotógrafo Guto Cordeiro. Trabalhávamos para a já extinta revista Panorama da Bahia e seguíamos em direção à região de Monte Santo.
Quando pegamos uma reta na região de Pedras Altas, ao longe eu vi uma grande jibóia atravessando a estrada. Eu e Guto começamos a incentivar Maia, que estava ao volante, para que ele passasse por cima da cabeça da cobra, que a gente pretendia comer de ensopado. Só que a gente não sabia do medo que ele tinha de cobra. O medo era tanto, que ele ainda até tentou atropelar a jibóia, mas quando chegou perto ele desviou e levantou os pés, batendo com os joelhos no volante com tanta força que quase vira o carro. O resto da viagem a gente foi enchendo o saco dele.
Na volta, ao chegar em Feira, já na sede da revista, eu, sabendo que o dono, Antônio Gonçalves, tinha também um pavor imenso de cobras, me fiz de desentendido e passei a contar o episódio. Dizia eu para um desconfiado Antônio: “Olha chefe, esse sujeito é muito frouxo. Imagine que a gente agora podia estar preparando um gostoso ensopado, e só perdemos por causa da frouxidão dele”. Seu Antônio desconversava e tentava mudar de assunto, mas eu insistia: “Já pensou? Era uma jibóia imensa, dava ensopado pra umas dez pessoas”.
Brincadeiras à parte, à simples idéia de ser picado por uma cobra não é boa coisa. Aliás, vai de graça aqui uma pequena informação. Ao contrário do que se pensa, não são as cascavéis as maiores vilãs nos acidentes com serpentes. Soube que a boa e velha jararaca é a campeã, (ir)responsável pelo maior número de acidentes, inclusive com muitas vítimas fatais.
Mas só quem já passou pela sensação de ter sido picado, pode falar sobre o assunto. A primeira coisa que vem à cabeça da pessoa é: vou morrer. Às vezes, o pânico contribui para a aceleração do processo de envenenamento, pois acelera a circulação sanguínea. O recomendado é ter calma e procurar assistência médica o mais rápido possível.
Eu, certa vez, pescava na chácara de Caguto, quando percebi um temporal se aproximando. Recolhi as tralhas e tratei de sair o mais rápido possível dali, pois sabia que se demorasse, a chuva encharcaria o chão e o carro não subiria a grande ladeira. Consegui sair a tempo, mas ao abrir uma cancela, alguém que estava no carro me pediu pra arrancar alguns galhos de Pau-de-Rato, pois queria fazer um chá. Quando eu puxei os primeiros galhos, veio com eles uma cobra verde que picou a minha mão.
Teoricamente, cobra verde não tem veneno. Mas doeu, e pelo sim ou pelo não, eu pisei fundo em busca de socorro. No caminho, porém, existe uma baixada que é cortada por um riacho. Quando eu cheguei no topo da ladeira deparei com uma cena que tirou as minhas esperanças. Um sujeito estava atravessando o riacho a nado, juntamente com um cavalo, e a água já cobria as estacas da cerca.
Pensei comigo: Tô perdido! O carro não passa e eu vou morrer. Desconsolado, olhei para o lado e vi uma garrafa de Vodka quase cheia. Pedi para carona que me passasse a garrafa e fiquei ali, olhando a chuva e bebendo Vodka com refrigerante. Bebi tudo. Se era pra morrer, que pelo menos morresse na farra. Porém, tão rápida quanto veio, a trovoada se foi. O sol apareceu, a água abaixou e consegui passar.
Já fazia umas três horas que a cobra tinha me mordido, e eu não estava sentido nada de anormal comigo. Quando cheguei ao bar de Louro, eu pensei: Se não morri até agora, não morro mais não. Sentei no bar com a rapaziada e encarquei o dente nas cachaças de folha e cerveja. Cheguei em casa trêbado. Minha mulher disse que eu gemi a noite toda, mas quando acordei só vi a mão um pouco inchada e um furinho na palma, no local onde a cobra tinha me mordido.
Além de tudo, a miserável era banguela.

Coluna da Semana




Igreja Universal
O bispo Edir Macedo e outras nove pessoas ligadas à Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd), foram acusados pelo Ministério Público de São Paulo de lavagem de dinheiro desviado da Universal, de maneira reincidente e com organização criminosa, e formação de quadrilha. O dinheiro dos fiéis era repassado a empresas de fachada ligadas à Universal, que mandavam os recursos para paraísos fiscais no exterior. O dinheiro voltava ao Brasil para a compra de empresas de comunicação e outros bens.

Globo

A TV Globo não perdeu tempo em divulgar a notícia sobre a acusação contra Edir Macedo e a IURD, bem como a rede de comunicação Record. Não duvido nada de que tenha partido da própria Globo a idéia de investigar a IURD, afinal, a Record está comendo a globo pelas beiradas. Já conseguiu exclusividade para as transmissão das Olimpíadas de 2012, entre outros eventos, e no ritmo que vai (ou ia) pode tomar o primeiro lugar em audiência da Globo. Não fosse o fato da IURD explorar a fé das pessoas, eu até aplaudiria a atuação da Record.

Telefones corporativos

Seguindo uma tendência empresarial do momento, a Câmara de Feira de Santana vai disponibilizar celulares corporativos para os gabinetes dos vereadores e o setor administrativo. Este tipo de telefonia permite que os portadores falem entre si pagando menos pelas ligações. Os aparelhos serão de uso exclusivo do trabalho legislativo. Mas, em se tratando da Câmara Municipal...

Quantidade e qualidade

O governo do Estado anda anunciando a construção e inauguração de 05 hospitais na Bahia, além do repasse da gestão, para diversas instituições, de 32 hospitais já existentes. Segundo os aliados do governo, trata-se de uma grande melhoria da qualidade do atendimento na área de saúde no Estado. Estão confundindo qualidade com quantidade.

Gralha estressada
Na semana passada o deputado Zé Neto se aborreceu comigo porque eu desmenti uma inverdade que ele disse no programa de Dilton Coutinho. No seu melhor estilo, ele, sem se ater ao assunto em foco, saiu disparando sua verborragia, falando de diversas coisas ao mesmo tempo, e não me desmentiu, até porque não podia. E eu não prolonguei da discussão para não lhe dar palanque e receoso de que ele tivesse um enfarto. Mas, esta semana, o seu colega deputado, Capitão Tadeu, disse-lhe cara a cara que ele estava mentindo. Ele até que tentou usar o método “gralha estressada” que usou comigo, mas, o Capitão soube colocá-lo em seu lugar. Formiga sabe a folha que corta.

Meio Ambiente
Será realizada nesta Sexta-Feira (14), às 9 horas, na Câmara Municipal, uma Audiência Pública para a discussão e análise do novo Código Municipal de Meio Ambiente. O Código atual é de 1992 e muita coisa mudou durante esse longo intervalo de tempo.

Alma vendida
O vereador Marialvo Barreto (PT), que apurar denúncia feita pelo Jornal Folha do Estado, através da matéria “Vendeu a alma”, publicada na quarta-feira passada (12), na qual acusa um vereador de ter pagado R$ 17,5 mil, referente a uma dívida de R$ 10 mil, a um suposto financiador de campanha. A matéria cita também que, com receios de agressão física, o vereador foi acompanhado de um colega parlamentar para quitar o débito. A matéria traz ainda a seguinte informação: “Durante a campanha, desesperados, candidatos a vereador pedem dinheiro a todo mundo para financiar campanha. Conta-se que não registram na contabilidade eleitoral e, com isso, penhoram até a alma”. Vale salientar que no texto não há citações de nomes e nem local onde ocorreu o episódio.

Flertando com o “inimigo”
Está havendo um rebuliço nas hostes governistas, por conta da possível convocação, por parte do governador Jaques Wagner, do deputado João Leão (PP) para ocupar uma Secretaria no governo do Estado. É que o suplente de Leão é o ex-deputado Federal Jairo Carneiro (DEM), fiel escudeiro do falecido senador ACM. Todos os aliados do governo vêem Carneiro como um adversário, um oposicionista, e não se conformam com a sua ascensão à Câmara Federal através de um ato do governador. Contudo, Jairo Carneiro parece não estar encontrando muito espaço ou apoio no DEM, e não seria surpresa que, uma vez identificada esta situação, o governador estivesse com este ato, tentando conquistar o ex-deputado, reconduzindo-o à Câmara dos Deputados. A política baiana passa por uma faze de ebulição devido às eleições do ano que vem, e as lideranças maiores estão negociando apoios, como um clube de futebol negocia jogadores para a temporada que se aproxima. Portanto, tudo é possível.

Gasparzinho
Comenta-se pelos blogs da vida que o secretário de Desenvolvimento Social, Maurício Carvalho, trabalha (?) em horários nada convencionais. Ele chega à Secretaria por volta das 20 horas e sai em altas madrugadas. Quando foi secretário de Cultura, Esporte e Lazer, o mesmo era chamado nos meios artísticos e por profissionais da Imprensa de “Gasparzinho”. Pra quem não sabe, Gasparzinho é um fantasma, personagem de histórias em quadrinhos.

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Por hoje é só que agora eu vou ali reservar uma vaga para o deputado Zé Neto na Cardiologia do HDPA. Depois que ler esta coluna, ele vai precisar.

Tamiflu caseiro, o Anis Estrelado

O anis estrelado, amplamente cultivado na China, é o extrato-base (75%), da produção do comprimido Tamiflu, do laboratório Roche (empresa do antigo Secretário de Defesa dos EUA Donald Runsfield). Aqui em Feira de Santana o anis estrelado pode ser encontrado nas casas de ervas do Centro de Abastecimento. Contudo, como ele é caro, algo em torno de R$ 40 o Kg, podemos usar o nosso anis nativo, a erva-doce, que possui as mesmas substâncias, ou seja, o mesmo princípio ativo do anis estrelado, e age como anti-inflamatório, sedativo da tosse, expectorante, digestivo, e é recomendado no combate à asma, diarréia, gases, cólicas, cãibras, náuseas, doenças da bexiga e gastrointestinais.
Seu efeito é rápido no organismo e baixa um pouco a pressão, devendo ser feito o chá c com apenas uma colher de café das sementes para cada 200 ml de água, administrado uma a duas vezes dia, de preferência após uma refeição em que se tenha ingerido sal.
O uso da erva-doce como preventivo da gripe H1N1, ou mesmo como remédio a ser tomado imediatamente após os primeiros sintomas da gripe, pois seu princípio ativo poderá bloquear a reprodução do vírus e mesmo evitar seu maior contágio.
Porém, pouco ou nada adiantará utilizar a erva-doce após 36 horas do possível contágio pela H1N1, pois a erva não terá mais força substancial para bloquear a propagação do vírus no sistema respiratório. Como pode causar uma pequena sonolência nas duas primeiras horas após a ingestão do chá, é melhor evitar dirigir ou operar máquinas nestes momentos.
Tanto o Anis Estrelado quanto a Erva-Doce são largamente utilizados em infusões com cachaça, cujo sabor é muito apreciado pelos consumidores destas infusões, conhecidas popularmente como “Folha Podre”. Aqui em Feira de Santana diversos bares vendem infusões de Anis Estrelado e Erva-Doce. Foi muito famoso, no Beco do Mocó, o bar “Farmácia do Dr. Cumpadinho”, especializado em infusões de ervas em cachaça.
Hoje em dia, são referencias nestas infusões, o Bar Kali, na Praça da Kalilândia, o Boteco do Vital, na Rua Comandante Almiro, e diversos bares no Centro de Abastecimento. Portanto, se você é apreciador de uma “Folha Podre”, pode juntar o útil ao agradável, consumindo infusões de anis. Mas, lembre-se: Todo exagero é pernicioso.

N.E. O consumo do anis, em chá ou infusão de cachaça, não substitui a assistência médica necessária.

O que estamos esperando?


O assassinato de Marcos Paulo, filho do radialista Paulo José, foi apenas mais um crime do nosso cotidiano. Mas poderia não ser, se nós, brasileiros (e aí me incluo) tomássemos vergonha na cara e decidíssemos não mais suportar este estado de coisas. Nós trabalhamos quatro meses do ano só para pagar impostos. Elegemos vereadores, deputados estaduais e federais, senadores, prefeitos, governadores e presidente da república, para que trabalhem para nós, executando ações que não temos tempo nem podemos realizar porque precisamos trabalhar, produzir e sustentar nossas famílias.
Também mantemos, através do pagamento de impostos, forças militares para nos dar segurança para trabalhar em paz. Exército, Marinha e Aeronáutica, têm como objetivo defender o País de agressões e invasões que possam advir de alguma nação hostil. As polícias Militar e Civil foram criadas para dar segurança aos cidadãos no seu cotidiano, prendendo ou matando bandidos que ameacem a integridade física ou patrimonial de quem trabalha e produz. Incluam-se aí, juízes, promotores, desembargadores e todo esse pessoal do Poder Judiciário a quem pagamos para julgar e sentenciar criminosos, mantendo a ordem entre os civis.
Mas, não é o que acontece. Os políticos por si só, por conta de seus atos espúrios, perderam a credibilidade da população que, aliás, hoje abriga em seu seio de que, é “otário” quem não entra na roubalheira do dinheiro público que grassa em todo o País. O negócio é levar vantagem em tudo, não importando os meios que se tenha que usar.
Aceitamos passivamente que nos enganem, nos humilhem, nos roubem e nos matem, sem esboçarmos o menor traço de reação. Desarmaram os cidadãos e deixaram os bandidos armados, sob a alegação de uma suposta contenção da violência, o que não aconteceu. Muito pelo contrário, recrudesceu. E, cinicamente, apresentam estatísticas falsas para nos convencer de que a violência diminuiu. Recentemente, aqui na Bahia, o secretário de Segurança maquiou números estatísticos para convencer à população de que a violência está sobre controle. Não está.
Se não tomarmos em nossas mãos as rédeas do nosso destino, e partirmos com vontade para cima dos bandidos, desde o reles ladrão de galinhas até os bandidos de colarinho branco, o nosso futuro é sombrio. Hoje, somos monitorados de todos os lados. Usando da tecnologia nos vigiam diariamente em busca de informações sobre nossos ganhos, para buscar um jeito de nos tomar mais dinheiro, se possível, de um modo supostamente legal.
Eu, que por muito tempo combati a ditadura militar, entendo hoje que, àquela época, se não se tivesse criado um abismo entre a imprensa e o governo militar, a revolução de 1964 teria sido vitoriosa e hoje não estaríamos vivendo neste verdadeiro inferno. Ainda vejo uma luz no fim do túnel, pois os militares estão inquietos. Parecem estar apenas esperando um chamado da sociedade organizada, para, enfim, tomar as rédeas do poder e iniciar um período de ordem e progresso. Contam com a minha simpatia e o meu apoio. Infelizmente, é só o que posso oferecer.
O que estamos esperando? Até quando vamos aceitar que nos matem, a nós e aos nossos filhos, sem reagir?

Do que o povo brasileiro reclama? *

Saqueiam cargas de veículos acidentados nas estradas; Estacionam nas calçadas, muitas vezes debaixo de placas proibitivas; Estacionam em vagas exclusivas para deficientes; Subornam ou tentam subornar quando são pegos cometendo infração; Trocam votos por qualquer coisa: areia, cimento, tijolo, dentadura; Falam no celular enquanto dirigem; Trafegam pela direita nos acostamentos num congestionamento; Param em filas duplas, triplas em frente às escolas; Violam a lei do silêncio; Dirigem após consumirem bebida alcoólica; Furam filas nos bancos, utilizando-se das mais esfarrapadas desculpas; Espalham mesas e churrasqueiras pelas calçadas; Pegam atestados médicos sem estar doentes, só para faltar ao trabalho; Fazem gato de luz, de água e de TV a cabo; Registram imóveis no cartório num valor abaixo do comprado, muitas vezes irrisórios, só para pagar menos impostos; Compram recibos para abater na declaração do imposto de renda para pagar menos imposto; Mudam a cor da pele para ingressar na universidade através do sistema de cotas; Quando viajam a serviço pela empresa, se o almoço custou 10 pedem nota de 20; Comercializam objetos doados nas campanhas de catástrofes; Adulteram o velocímetro do carro para vendê-lo como se fosse pouco rodado; Compram produtos piratas com a plena consciência de que são piratas; Substituem o catalisador do carro por um que só tem a casca; Diminuem a idade do filho para que este passe por baixo da roleta do ônibus, sem pagar passagem; Emplacam o carro fora do seu domicílio para pagar menos IPVA; Frequentam os caça-níqueis e fazem uma fezinha no jogo de bicho; Levam das empresas onde trabalham pequenos objetos como clipes, envelopes, canetas, lápis, como se isso não fosse roubo; Comercializam os vales transportes e vale refeição que recebem das empresas onde trabalham; Falsificam tudo, tudo mesmo, só não falsificam aquilo que ainda não foi inventado; Quando voltam do exterior nunca falam a verdade quando o policial pergunta o que trazem na bagagem; Quando encontram algum objeto perdido não devolvem.
Mas, querem que os políticos sejam honestos e se escandalizam com a farra das passagens aéreas. Estes políticos que aí estão saíram do meio desse mesmo povo. Ou não? O povo brasileiro reclama do quê, afinal?

* Texto anônimo que está circulando na Internet

sábado, 8 de agosto de 2009

Saudades do meu pai


Cada povo, cada nação tem suas tradições para comemorar o Dia dos Pais. Aqui no Brasil o segundo domingo de agosto é a data, mas outros países têm datas distintas para agradecer aos pais pelo dom da vida. O dia dos Pais no Brasil foi importado pelo publicitário Sylvio Bhering, comemorado pela primeira vez no dia 14 de Agosto de 1953, coincidindo com o dia de São Joaquim, patriarca da família.
Assim como o dia das mães, das crianças, é só mais uma data comercial. A televisão, rádios, jornais, passam dias e dias chamando às compras para presentear os pais. Ouvindo e vendo estes anúncios, não tem como não me recordar do meu pai que já não está entre nós há 10 anos, mas continua habitando o meu coração cheio de saudades.
Para homenageá-lo vou tentar expressar esta saudade, descrevendo-o. Falar sobre meu pai é falar de amor, dignidade, honestidade, humildade, sabedoria acima de tudo.
Sinto saudade do seu olhar quando me reprovava por alguma atitude que considerava inadequada. Da sua voz me abençoando ou mesmo ralhando comigo por alguma traquinagem, me aconselhando ou contando casos. Sinto saudades do seu abraço. Mesmo quando estava distante, me sentia protegida porque sabia que ele estava lá pronto para me acolher a qualquer momento que precisasse.
Hoje eu estou com tantas saudades! Sei que o Criador reservou um bom lugar para ele em outra dimensão, pois com certeza ele cumpriu sua missão aqui na terra. Mas, mesmo essa certeza não é capaz de apagar esse sentimento.
Vejo as pessoas que tem pais, que muitas vezes os maltratam com gestos e palavras, não os valorizando, e penso: Idiotas, não sabem aproveitar esse tempo que ainda tem. Daria tudo para poder novamente segurar a mão do meu pai, ouvir a voz dele, ver o seu olhar de felicidade quando o visitava levando os seus netos. O sorriso lindo e aquela risada gostosa quando nos contava algo engraçado...
Como gostaria de ter uma nova chance de dizer: EU TE AMO! E ser mais presente, mais carinhosa, menos teimosa, ter tempo para conversar sobre futebol, política, os seus assuntos preferidos.
Deixo aqui um conselho: Quem tem seu pai vivo, não desperdice o tempo. Fale sobre seu amor por ele, da sua gratidão... Aproveite para dizer hoje, porque amanhã pode ser tarde! Quanto mais se vive é pouco para dizer: Eu te amo PAI!

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Coluna da Semana




HDPA
No próximo dia 11 o secretário estadual de Saúde, Dr. Jorge Solla, estará em Feira de Santana e deverá assinar o convênio tripartite entre o Estado, o Município e o Centro de Cardiologia do Nordeste da Bahia, para que o HDPA possa dar atendimento em cardiologia à população pelo SUS, enquanto o credenciamento do Ministério da Saúde não acontece. O ICNB vai construir, em seis meses, um centro cirúrgico específico para a cardiologia, o que possibilitará o credenciamento do serviço ao SUS. A construção, entretanto, só começará em setembro. Qualquer coisa dita em contrário é mentira, de pessoas interessadas em distorcer os fatos.

E Feira?
A medicação, chamada Teriparatida (hormônio da paratireóide), é considerada a única eficaz para recuperação dos portadores de osteoporose em estado crítico, na Bahia é repassada através do Sistema Único de Saúde (SUS), sem a necessidade do paciente entrar com processo judicial, como acontece em outros estados. São cinco postos de distribuição no Estado, sendo um na capital e quatro no interior. Ponto para o governo!

Por que?
Curiosamente, Feira de Santana, a maior cidade do interior da Bahia, referencia para centenas de municípios, muitos deles pactuados com a gestão plena da Saúde do Município, importante entroncamento rodoviário e grande centro distribuidor regional, não tem um posto de distribuição do medicamento. Enquanto isso, cidades menores contam com o serviço, inclusive Vitória da Conquista, cidade natal do secretário estadual de saúde, Dr. Jorge Solla.

Lixo
O secretário de Serviços Públicos, Luiz Araújo, precisa abrir o olho, pois o serviço de limpeza pública está um “lixo”. Os caminhões não passam mais nos horários certos, às vezes nem passam, e as ruas estão sujas. Sábado passado, quando de um evento festivo na Catedral, ficou acertado entre os promotores do evento e os responsáveis pela limpeza pública, de que a praça Monsenhor Renato Galvão, em frente á catedral, deveria ser limpa ainda no sábado à noite, pois haveria missa às 07 horas de domingo. A praça não foi limpa e a sujeira permaneceu por todo o dia lá.

Quebra-molas
Os cruzamentos da avenida Eduardo Fróes da Mota com importantes artérias, como as avenidas Maria Quitéria e João Durval, sempre provocaram acidentes. Uma medida simples adotada pelo ex-prefeito Clailton Mascarenhas (aliás, a única acertada por ele), que foi a colocação de quebra-molas, mesmo contrariando o Dnit, diminuiu os acidentes e evitou muitas mortes. Agora, retiraram os quebra-molas e os acidentes voltaram a acontecer.

REDA
“Como é que o discurso muda quando se está no poder”. Este foi o questionamento do vereador Antônio Francisco Neto “Ribeiro” (DEM), às lideranças do PT sobre a contratação de funcionários pelo Governo do Estado, mediante o Regime Especial de Direito Administrativo (REDA), em seu pronunciamento na tribuna da Câmara Municipal. Segundo o vereador esse sistema de contrato foi muito combatido pela oposição nas administrações passadas.

Secretário desvia verba
A verba de R$ 1 milhão de reais, decorrente de emenda orçamentária do deputado Colbert Filho, e repassada para a Secretaria Estadual de Tecnologia e Ciência, foi desviada do seu destino original, que seria fazer Feira de Santana uma Cidade Digital, com internet pública e gratuita. Como o prefeito Tarcizio Pimenta saiu na frente e começou a implantar a internet gratuita na cidade, o secretário Ildes Ferreira, que queria ser o “pai da criança”, não repassou a verba para a Prefeitura. Esta semana, numa reunião no Batalhão da PM em Feira, o secretário anunciou que esse dinheiro vai servir para comprar mais câmeras de vídeos usadas pela PM no monitoramento de alguns pontos do Centro de Feira. Ainda bem que a verba ficará no município.

Ameaça
E Jaques Wagner em? Quem diria! Oriundo do movimento sindical, sustentado por este movimento, estrela do PT, agora que está no poder ameaça os companheiros trabalhadores da Polícia que só querem seus direitos!

Referência Nacional
“O nosso PROCON é referência no Brasil, as pessoas ficam perplexas quando eu vou às reuniões nacionais e coloco o nosso potencial: o que nós fazemos a quantidade de pessoas que são atendidas e as aplicações das penalidades com multas”. Declaração do diretor do PROCON, advogado Magno Felzemburg, durante Audiência Pública da Comissão de Meio Ambiente, Direitos Humanos e Defesa do Consumidor da Câmara Municipal.

Os Dois
Minha filha Lia mandou um e-mail falando da participação de Carol Pereyr na “Garagem do Faustão” e pedindo divulgação para que nossos amigos pudessem votar no vídeo. Repassei o e-mail mas, como não assisto televisão, não vi o resultado. Contudo tive a satisfação de saber que ela venceu o duelo com o “Samba de Maria” e vi o vídeo que teve mais de 2 mil acessos no youtube. Parabéns Carol! Você nos enche de orgulho.

Philosopher
“Se alguém lhe bloquear a porta, não gaste energia com o confronto, procure as janelas. Lembre-se da sabedoria da água: "a água nunca discute com seus obstáculos, mas os contorna”.

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Por hoje é só que agora eu vou ali preparar a recepção para meus filhos e netas.

Artigo Especial Dia dos Pais


Aos que chegam *

“Voa coração, a minha força te conduz, que o sol de um novo amor agora vai nascer. Vara a escuridão, vai onde a noite esconde a luz, clareia o seu caminho, acende o seu brilhar”.

Vô. Nunca imaginei que um dia seria chamado assim. É gozado. Também nunca me imaginei com alguém me chamado de pai, bem como pessoas reverentemente me chamando de senhor, bem como os irreverentes me chamando de “meu tio”.
Na minha cabeça, busquei, e continuo buscando, não envelhecer. Não por vaidade, pois externamente o meu corpo está envelhecendo a olhos vistos e eu não faço nada para mantê-lo jovem. Quero apenas estar em consonância com o meu tempo, com a mente aberta para aprender e ensinar, falando a língua que meu interlocutor possa compreender, seja ele jovem ou velho.

“Vai onde a aurora mora e acorda um lindo dia, colhe a mais bela flor, que alguém já viu nascer, e não esqueça de trazer força e magia, o sonho, a fantasia, a alegria de viver”.

É preciso estar com a mente clara e aberta para aprender e ensinar às novas gerações o caminho das pedras. É preciso pelo menos tentar evitar que não cometam os nossos erros. Para os jovens tudo é muito intenso, muita fantasia, magia, alegria. Eles tendem a não querer nos escutar, afinal, estamos ultrapassados, somos os “coroas”. Mas é nossa obrigação tentar faze-los nos ouvir, aprender com nossas experiências, enquanto que, com eles, redescobrimos a alegria de viver.

“Voa, coração, que ele não deve demorar. E tantas coisas mais quero lhe oferecer. O brilho da paixão, pede a uma estrela pra emprestar, e traga junto a fé num novo amanhecer”

Sim. Temos muito para dar aos jovens, basta que eles queiram. É nossa obrigação tentar fazer com que eles queiram o que nós temos para lhes oferecer. Mas isso não pode ser por imposição e, sim, pela sedução. Exercitemos então o nosso poder de sedução. Vamos nos lembrar de quando éramos jovens, como eles, e voltar a ser jovens com eles. Dizem que nós, brasileiros, temos por profissão a esperança. Então, mesmo que estejamos cansados, desiludidos, desesperançosos, não vamos tirar a esperança dos jovens. Pelo contrário, vamos reacender a nossa esperança dando esperança a eles de que um dia tudo será melhor.

“Convida as luas cheia, minguante e crescente. E de onde se planta a paz, da paz quero a raiz. E uma casinha lá onde mora o sol poente, pra finalmente a gente, simplesmente ser feliz”.

Sim! Convidem todos, mesmo os perdidos, os desesperançosos, os abastados, os emergentes, todos, para que participem da alegria do dom da vida, do Reino de Deus. Temos todos, mesmo os mais humildes, algo a dar àqueles que chegam, agora, onde nós já estivemos. O nosso maior presente para os jovens, não é o mais rico dos patrimônios materiais, mas sim o não menos valioso dom de ser feliz nas coisas mais simples. Algo assim como uma humilde morada, cheia de felicidade.

*Para as minhas netas. Caroline, Rayssa e Luisa. Para todas as crianças e jovens que possam e saibam escutar os mais velhos.

(1) Letra da canção “Ao que chega”, de Toquinho.

Volta a cartaz a peça “Nós Dois e Mais Um”


Depois do grande sucesso de público em 2008, o espetáculo teatral “Nós dois e mais um”, volta a entrar em cartaz nos dias 28, 29 e 30 de agosto, no Teatro Margarida Ribeiro. O elenco tem Suzene Galeão, Marcelo Venício e Sandro Penelú,
A comédia se passa do outro lado da vida, onde uma prostituta e um travesti infernizam a vida de um anjo, que tenta a todo custo convencê-los de que não fazem mais parte do mundo dos vivos. No detalhe, o anjo (Sandro Penelú) pede inspiração divina para conseguir doutrinar o travesti (Marcelo Venício). A direção da peça é de Hildete Galeão.

mais fotos da Festa do "Rei"






Festa dos 50 anos dos Rei Nelsinho



Na quarta-feira passada (05) com um café da manhã para os clientes, amigos e familiares, o empresário Nelson Roberto, o “Rei Nelsinho” comemorou os seus 50 anos. Para animar o ambiente diversos artistas como Paulo Bindá, Jorge de Angélica, Kuelho e muitos outros estiveram se apresentando.
Feliz, o Rei Nelsinho recebeu a todos com muita alegria e emoção. Brincou e até dançou com algumas clientes. Num dos momentos mais importantes, ele declarou em alto e bom som que não é candidato a nenhum cargo político, com alguns setores da Imprensa chegou a noticiar e alguns amigos desejam.
“Eu sou empresário e vou continuar sendo empresário. E não está fácil ser empresário, mas nesta condição eu sirvo melhor ao povo de Feira de Santana, esta terra que me acolheu e me deu tudo que tenho. Obrigado Feira”! – disse o Rei, emocionado.

Artigo da Semana


Um estado falido

Justiça seja feita, a falência do estado da Bahia vem de longas datas, quando o ex-governador ACM esgotou a capacidade de endividamento dos cofres públicos. Contudo, outros governadores passaram pelo palácio de Ondina e, mesmo recebendo a “herança maldita”, conseguiram aqui e acolá, construir alguma coisa, desenvolver algumas ações. O ex-governador Paulo Souto, dizia que tirava “leite de pedra”, para poder realizar alguma coisa, mas realizava. Aliás, quem não acreditou nele, hoje chora lágrimas de sangue.
O atual governador, Jaques Wagner, passou o primeiro ano do governo imobilizado, sempre alegando que recebeu o Estado falido. Nenhuma novidade. No ano seguinte, ensaiou algumas ações e até deu inicio a algumas obras e ações, porém, sem muitos resultados práticos para a população que o elegeu e a quem ele muito prometeu.
Este ano, ainda perdido em seu (des) governo, se vê às voltas com greves de policiais e professores que, com justa razão reivindicam, não apenas melhores salários e pagamentos em dia, mas, também, condições de trabalho. Além disso, as estradas estão destruídas e sem segurança, levando a população de algumas localidades a realizarem manifestações, bloqueando estradas para chamar a atenção e aumentando ainda mais o transtorno de quem tem que viajar.
Recentemente um acidente ocorrido numa velha ponte entre Feira de Santana e Coração de Maria, que teve oito vítimas fatais, revoltou a população do lugar que destruiu parte da ponte exigindo solução. O governador declarou em alto e bom som que não tem dinheiro para recuperar nem a ponte nem a estrada, e ainda ironizou os moradores do lugar que destruíram a ponte, dizendo que por ela ainda se podia passar de moto, bicicleta ou cavalo.
Não tem dinheiro para recuperar estradas e pontes, mas tem dinheiro para gastar em corridas de Stock Car e em estádios para a Copa do Mundo. A festa é mais importante que a vida das pessoas que se arriscam diariamente nas estradas ruins da Bahia. Não governador. Não é a falta de dinheiro que trava o seu governo, mas, sim, a falta de competência de quem tem que decidir o que é prioridade.
Nos últimos 20 anos o governo de Waldir Pires entrou para história como “o pior governo da Bahia dos últimos tempos”. O seu, pelo andar da carruagem, vai conquistar esta marca.

HDPA
No próximo dia 11 o secretário estadual de Saúde, Dr. Jorge Solla, estará em Feira de Santana e deverá assinar o convênio tripartite entre o Estado, o Município e o Centro de Cardiologia do Nordeste da Bahia, para que o HDPA possa dar atendimento em cardiologia à população pelo SUS, enquanto o credenciamento do Ministério da Saúde não acontece. O ICNB vai construir, em seis meses, um centro cirúrgico específico para a cardiologia, o que possibilitará o credenciamento do serviço ao SUS. A construção, entretanto, só começará em setembro. Qualquer coisa dita em contrário é mentira, de pessoas interessadas em distorcer os fatos.

Crônica da Semana


A festa

Era uma festinha de fim de semana como outra qualquer. Como aquele churrasquinho ou feijoada que a gente faz para reunir os amigos. Faz-se uma vaquinha, aluga-se um espaço, nomeia-se um tesoureiro e um comprador, contrata-se músicos, garçons, e etc & tal. Está organizada a festa. E ali, reunidos os amigos, acompanhados de esposas, filhos, e outros parentes, vai se matando as saudades, lembrando dos bons e velhos tempos, conversando sobre trabalho, política, futebol, carros, filhos, e sobre a vida dos outros também, que ninguém é santinho aqui.
Era uma festa assim, mas com a pequena diferença de que todos eram hipocondríacos. Como, minha senhora? A senhora não sabe o que é isso? Explico: Hipocondríaco, segundo está lá no Aurélio, é aquela pessoa cujo estado mental é caracterizado por uma doentia e infundada preocupação com a própria saúde.
Por isso que naquela festa, além das providencias citadas acima, também havia uma UTI móvel (equipada com desfibrilador), médicos e enfermeiras. Também foi montado sob um toldo climatizado, um ambulatório, com maca, tensiômetro, estetoscópio, seringas descartáveis, e medicamentos os mais diversos.
Para que o leitor possa entender melhor o que é um hipocondríaco, lembro de uma crônica escrita por Fernando Sabino, sobre o encontro de um hipocondríaco com um amigo, numa lanchonete. O diálogo era mais ou menos assim:
- Olá, como vai?
- Mal.
- É, você está um pouco pálido.
- Bondade sua. Mas a verdade é que ninguém me entende.
E aí o sujeito começa a desfiar uma série de sintomas de doenças que ele acha que tem, e acusa o seu médico de estar em cumplicidade com sua família, pois se recusa a prescrever novos exames e medicamentos que ele acha que precisa. – Estão todos contra mim. Querem que eu morra! Esbravejava, indignado.
E naquela festa os convidados começavam a chegar. Chegou até um gay que cismou estar com HIV. Trazia na mão uma cestinha daquelas de supermercado cheia de coquetéis de combate a AIDS e, é claro, muito AZT.
- Rapaz, há quanto tempo. Como você está pálido.
- Pois é, pra você ver. É essa minha anemia.
- Nem me fale. Eu também estou assim.
E as mulheres conversando:
- Amiga você já experimentou o novo anti-histamínico do Squib?
- Não, queridinha. Minha onda agora é medicina alternativa. Estou fazendo um tratamento de Acupuntura que é maravilhoso. E o seu marido, o César, melhorou da azia?
- Que nada minha filha. Até o biscoito que ele come deixa o estomago em brasa. Eu já falei pra ele trocar de médico. Dr. Augusto está muito velho, ultrapassado. Imagine que ele se recusou a fazer a cirurgia pra tirar a úlcera que Cezar tem no estômago. Ele insiste em dizer que César não tem nada, querendo saber mais do que nós.
- É. Esses médicos são todos iguais. Nem examinam a gente direito. Imagine que o meu médico, Dr. Outran, não quis me prescrever um novo check-up, só porque eu tinha feito um no mês passado. Quem sabe o que eu tenho sou eu, ora. Quem sente os sintomas sou eu e não ele.
E o cardápio? Nada de feijoada ou maniçoba. Picanhas, cupins, alcatras ou costelinha de porco estavam fora de questão. Massa, não que engorda. E para beber nada de bebidas alcoólicas destiladas. Cerveja só sem álcool, e assim mesmo só para quem não taxa tem ácido úrico elevada. Refrigerante só sem açúcar. O negocio é carne branca (bovina e suína nem sonhar). Franguinho grelhado, com pouco sal, por causa dos hipertensos. E algumas iscas de peixe (de escama, que peixe de couro faz mal à saúde).
E nas mesas o papo continuava. Cada conviva que chegava tinha uma novidade pra contar, ou algum tipo de tratamento ou medicamento novo pra mostrar. Estavam todos ali, falando das suas mazelas e seqüelas, trocando receitas como quem troca presentes, uma felicidade geral.
Mas, como em toda festa que se preza, tem sempre alguém que quer chamar a atenção de todos, aparecer para a galera. E, sendo assim, o Aderbal chegou fazendo sua entrada triunfal. Chegou de maca, tomando soro na veia, com a mulher ao lado, devidamente uniformizada de enfermeira.
- Apesar do estado dele, a gente não podia perder esta festa. Quem sabe aqui ele se anima e melhora. (explicou a mulher).
O gay não se conteve. Deu um gritinho histérico e bradou: “Aderbaaaalll! Você ar-ra-zou”!!!!

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Os 50 anos do Rei



Nesta quarta-feira (05) um café da manhã para os clientes, a partir das 8 horas, no Hiper Lojão Kamys, marcará os 50 anos do comerciante Nelson Roberto, o “Rei Nelsinho”. Para animar o ambiente estarão lá artistas como Paulo Bindá, Sandro Penelu, grupo Xero Mole entre outros.
A imprensa também está sendo convidada para abrilhantar o evento que, com certeza, será um sucesso como todas as promoções do Hiper Lojão Kamys. Além do café da manhã, estão sendo anunciadas muitas promoções para os clientes. Pois é: O rei faz aniversário e o povo é quem ganha presentes.
Daqui nossos cumprimentos e votos de vida longa para o Nelson Roberto.

sábado, 1 de agosto de 2009

Coluna da semana




Só cadeia
O fato de deixar alunos de uma escola estadual sem aulas de nove matérias durante todo um semestre, já seria motivo suficiente para o afastamento do secretário responsável pela pasta da Educação. Já deixar que pessoas morram por falta de atendimento pelo SUS em hospitais, e deixar que pessoas morram em estradas mal conservadas, por birra política ou incompetência, é motivo para jogar os (ir)responsáveis na cadeia.

Imprensa I

Com todo o respeito que tenho pelos três profissionais do rádio que foram convidados pelo PT para “almoçar” com o governador, entendo que só um maluco tomaria tal atitude achando que ia passar impunemente. Feira tem dois jornais semanais, dois diários, oito emissoras de rádio e uma TV, além de sucursais de dois jornais de Salvador, e dezenas de pequenas publicações especializadas. Tem ainda diversos blogs e sites mantidos por gente da Imprensa.

Imprensa II
A reação dos não convidados foi óbvia. Alguns espernearam e outros desdenharam, no melhor estilo “A Raposa e as Uvas”. Os privilegiados convidados, claro, deram uma de “João sem Braço” e não estiveram “nem aí” pra gritaria dos colegas. Afinal, “o que vem de baixo não atinge”, mas, só até o dia em que o sujeito não senta sobre um formigueiro. Ou um barril de pólvora.

Imprensa III
Falando em imprensa, é engraçado como alguns ancoras de programas de radio se comportam em entrevistas. Fazem a pergunta e eles mesmos respondem, tecem comentários sobre o assunto deixando espaço para o entrevistado apenas concordar, já que normalmente eles já conhecem a opinião do dito cujo.

Crescimento
Alguns observadores políticos estão surpresos com o desempenho e crescimento político do vice-prefeito Paulo Aquino, que estaria expandindo, a passos largos, os seus horizontes políticos, vislumbrando uma futura candidatura a deputado estadual, contando com as bênçãos do ex-prefeito José Ronaldo. É bom lembrar que Aquino já foi vereador em Feira de Santana, e esteve acompanhando José Mendonça nas suas campanhas para prefeito e deputado, o que lhe deu muita “cancha” política. Portanto, nada a estranhar.

Comparação
Inevitavelmente algumas comparações estão sendo feitas entre Paulo Aquino e o ex-vice-prefeito, Antônio Carlos Borges Júnior. Porém, o primeiro é político e o segundo é técnico. Portanto, não há parâmetros de igualdade para se medir o desempenho de cada um. Se Aquino se sai bem politicamente, inclusive já tendo sido testados nas urnas, o mesmo não acontece com Borges, mas, que se sai muito bem na área administrativa.

Antes tarde
Antes tarde do que nunca, reza o dito popular. O jornal A Tarde ganhou uma ação movida contra o Estado no valor de R$ 10 milhões. A ação foi movida em meados da década de 90 por conta do bloqueio econômico imposto ao jornal pelo governo da época, porque o jornal não rezava pela cartilha do governador. Na década de 70, o governo do estado também promoveu um bloqueio econômico, pelo mesmo motivo, contra o Jornal da Bahia, que o levou à extinção.

Liberaram o “Tôim”
O prefeito Tarcízio Pimenta sancionou a lei aprovada pela Câmara Municipal retirando o nome “Antônio” da avenida que agora passa a se chamar apenas “Sergio Barradas Carneiro”. O deputado já havia, na justiça, retirado o “Antônio” do seu nome, e, com justa razão, solicitou a mudança, também, no nome da artéria feirense que leva o seu nome, no que foi atendido pelo vereador Roberto Tourinho, autor do projeto para mudança do nome. O vereador Marialvo Barreto, entretanto, não queria “liberar o Tôim”.

Intolerância
Também foi sancionada a Lei, de autoria do vereador Frei Cal, que institui, no calendário municipal, o dia 16 de novembro como o “Dia de Combate à Intolerância Religiosa”. O impressionante é que ainda exista, em pleno século XXI, intolerância e preconceito, religioso, político, racial e sexual.

Figuras Populares
Será no dia 27 de setembro, na sede social da Euterpe Feirense, o Encontro de Figuras Populares, promovido pelo fotojornalista Reginaldo Tracajá. Na oportunidade será feita uma homenagem ao jornal Folha do Norte que naquele mês completará 100 anos de fundado. Também serão homenageadas figuras muito populares de Feira e Região.

Philosopher
“Nenhuma corrente é mais forte que seu elo mais fraco”.

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Por hoje é só que agora eu vou ali passar o fim de semana num condomínio de luxo dentro de um Haras. Sorry, periferia.