sexta-feira, 30 de outubro de 2009




Gratuidade
A Câmara Municipal aprovou a gratuidade nos transportes coletivos para idosos acima de 60 anos. Já havia aprovado recentemente gratuidade para comissários de menores e policiais militares. Estes últimos, aliás, já tinham gratuidade quando fardados, e seria uma atribuição do governo do Estado fornecer-lhes transporte para o trabalho. O que ninguém fala é que os valores que as empresas deixam de receber com a autorização destas gratuidades, é pago pelos trabalhadores, pois a diferença virá embutida no próximo aumento da tarifa de ônibus. Aliás, eles alertaram em nota do Sincol que as passagens seriam aumentadas caso a gratuidade fosse aprovada. E não adianta reclamar porque os empresários não vão querer abrir mão e o governo municipal vai dar o que eles quiserem. É esperar para ver.

Conta de luz

Os consumidores brasileiros pagam R$ 1 bilhão a mais por ano pela energia elétrica devido a um erro no cálculo das tarifas aplicadas nas contas de luz. A falha se repete desde 2002, período durante o qual pode ter sido sacado do bolso do consumidor uma cifra estimada em R$ 7 bilhões. (Deu na Tribuna da Bahia).

Polícia Civil reivindica

Um grupo de aprovados em concurso público para a Polícia Civil, realizado em 1997, esteve no escritório do deputado federal Sérgio Barradas Carneiro, no dia 9 deste mês, reivindicando a nomeação imediata por parte do Governo do Estado da Bahia. Das 912 pessoas aprovadas na seleção, 140 deverão trabalhar em Feira de Santana. O grupo aguarda a convocação desde o mês de abril, após concluírem o curso de formação iniciado em novembro de 2008.

Zé Neto
O deputado Zé Neto confirmou na terça-feira passada (27), a manutenção do cargo de presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembléia Legislativa da Bahia. A CCJ, que havia sido destituída para se adequar às mudanças partidárias dos deputados que compunham as comissões da Assembléia voltou a ser consstituída, obedecendo ao princípio da proporcionalidade partidária. Uma nova eleição para presidente e vice-presidente foi realizada. Zé Neto manteve a presidência da Comissão, tendo sido eleito por unanimidade dos votantes.

Voz surda
“Nunca se conviveu com tamanha excrescência, mormente quando o Dom Lucena responde a Inquérito na Polícia Federal, Representação no Ministério Público Federal e a Processo, tendo deixado Gestor com bem indisponível. Qual o segredo? Conhecimento jurídico?... Ou o caminho das pedras? O governo de doutor Tarcízio está de parabéns em tudo. Agora suportar um Imperador negocista é grave. Com certeza ele não sabe da missa a metade. Espero que ele repense. A sua equipe tem que estar composta de homens honrados”. Apesar do protesto de Milton Brito, sua voz foi surda e Lucena foi reconduzido ao cargo, com os votos da maioria dos vereadores. Apenas Marivalvo Barreto votou contra, e Tom se absteve de votar. O prefeito estava mudo e ficou calado.

Caos no CA

“Carros parado em fila dupla e às vezes até tripla. Estacionados em local proibido. embaixo do semáforo, causando transtornos ao trânsito de ônibus, carros particulares e de pedestres. O mais revoltante para mim não foi ter que esperar 45 minutos para sair de casa, mas sim subir a ladeira do Nagé e ver duas viaturas da SMTT com os agentes de trânsitos parados conversando, tendo tanto caos para organizar a poucos metros dali”. Protesto justo de uma moradora da rua Juvêncio Erudilho, na proximidade do Centro de Abastecimento.

Abandono I

É considerável o número de túmulos abandonados no Cemitério Piedade. Além da sujeira e do mato que cresce em volta dos túmulos, muitos deles, por falta de manutenção, racham e até mesmo desabam. A direção esclarece que, de acordo com o contrato que é feito entre a Santa Casa de Misericórdia e adquirentes de túmulos, a responsabilidade pela limpeza e manutenção dos túmulos é dos familiares do falecido.

Abandono II

“Nós não podemos tocar nos túmulos. Nossa obrigação é a manutenção da infra-estrutura do cemitério. Varremos, lavamos, pintamos os muros e as grades, limpamos a Capela, o Santuário,
o veleiro, mas, nos túmulos, não podemos tocar. Quando podemos, avisamos às famílias sobre alguma ocorrência nos túmulos”, afirmam os funcionários, que usam de ironia para falar sobre o abandono ao qual os falecidos são renegados pelas suas famílias: “No dia do enterro a gente ouve muito choro, e muitos voltam aqui para chorar. Mas, quando recebem a herança, esquecem”.

Limpeza de túmulos
A limpeza e consertos de túmulos e mausoléus no Cemitério Piedade só será permitida até este sábado (31). Segundo a direção do Cemitério, a medida visa acabar com os tumultos e transtornos causados por limpadores de túmulos no Dia de Finados. Para garantir que a medida seja respeitada, não haverá fornecimento de água, e seguranças irão conter quem tentar burlar a norma.

Treino letrado
Dialogo entre Luis Paulilo, diretor do Fluminense de Feira, e o presidente da Academia Feirense de Letras, Eduardo Kruschewisk: “Eduardo, onde é mesmo e sua academia? Será que dá para treinar o Fluminense lá? Não Luis, a academia não é minha. Sou só o presidente. É Academia de Letras.” Krush bem que poderia levar os meninos para lá. Quem sabe eles não ficam letrados, já que a intimidade com a redonda é pouca.



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Por hoje é só que agora eu vou ali praticar levantamento de livros na academia de Krush.

Os piores cegos


Saindo de Jerusalém Jesus, seguido pelos seus discípulos e grande multidão, ouviu os apelos do cego Bartimeu. Chamou-o e o curou da cegueira” (Marcos 10, 46-52). A Bíblia, apesar de todas as suas contradições e equívocos, continua sendo um excelente livro, com regras de boa conduta e exemplos de virtudes.
A história de Bartimeu nos remete a refletir sobre os cegos que não querem enxergar. Se olharmos bem à nossa volta veremos quantas pessoas dotadas de boa visão permanecem cegas, alheias ao que acontece em sua volta. Vivem a contemplar o próprio umbigo, dando-se ares de grande importância, apegando-se aos seus pertences como se fossem a coisa mais valiosa das suas vidas.
Vejamos se me explico: Recentemente a filha de um amigo meu, que só conheço pela internet, passou-me um e-mail convidando-me a participar da sua comunidade no Orkut. Eu agradeci, mas declinei do convite, explicando para ela que eu sou um dinossauro (e muito me orgulho disso) vivendo na era da cibernética. Eu uso a internet como ferramenta de trabalho. Não participo de comunidades, não tenho Orkut, MSN ou coisa que valha. Para cultivar minhas amizades eu prefiro uma reunião, em casa ou num bar, para beber, comer, e jogar conversa fora. É assim que me sinto vivo, humano. Para mim, não há nada que tenha mais valor que isso.
Eu tenho encontrado amigos meus, na maioria das vezes em enterros, e lhes digo: “Precisamos nos ver. Marquemos um encontro. Vá à minha casa. Convido-os para algum evento, mesmo sabendo que não irão”. Eles, no momento, concordam comigo e prometem ligar para marcar alguma coisa. Mas não ligam. O pior é que sei que ficarão trancados em suas casas, correspondendo-se via internet.
Os argumentos são muitos para justificar essa atitude. Insegurança, trabalho intenso, filhos, netos, comodidade. Este último é pior de todos. Estamos acomodados, trancados e medrosos, dentro de nossas casas, e com isso não nos encontramos com os amigos. Se estivéssemos nos encontrando, quem sabe não passaríamos das palavras à ação e começaríamos a revolver muitos dos nossos problemas cotidianos?
A cegueira auto imposta também se manifesta por despeito, inveja, mesquinhez, e outras mazelas do ser humano. Quando alguém tenta alertar a outro sobre a sua falta de percepção para graves assuntos, a pessoa parece se rebelar contra quem quer lhe dar a visão, fazê-la entender aquilo que ela, por si só, não consegue. Geralmente o que ouvimos é: “Quem você pensa que é”? “Você só quer ser melhor que os outros”.
Eu rendo graças a Deus por ter me dado tantos e tão bons amigos, que me ajudaram a enxergar aquilo que eu não conseguia ver. Quem tiver essa oportunidade, não deixe passar. Verá que sua vida vai melhorar muito.

João de Doute


Ainda na adolescência João Doute foi acometido de um mal que o deixou com a fala embolada e puxando de uma perna. Contudo, se a doença atacou o seu físico, parece ter aguçado ainda mais a sua mente, pois o malandro ficou ainda mais espirituoso e inteligente. Alegre, bonachão, era querido por todos.
Carlinhos Ceguinho, que de cego não tem nada era o seu melhor amigo, o seu alter ego. Certo dia os dois estavam conversando sobre futebol, o esporte favorito, e Ceguinho demonstrava vontade de ir até o Rio de Janeiro para ver o time do coração, o Flamengo, disputar a final do campeonato carioca de futebol. João, embora também flamenguista, desaconselhou ao amigo:
- Eu se fosse você não ia. Lá tá dando um vírus que tá matando mais que o Ebola.
- Que diabo de vírus é esse João?
- É bala...
Assim era João de Doute. Certa vez ele estava viajando com um amigo para Salvador, e o sujeito demonstrou ser, além de “barbeiro”, altamente imprudente ao volante, fazendo barbaridades na estrada. Encolhido no banco do carona, João, assustado, se limitava fechar os olhos e dizer “Piu”, cada vez que o amigo cometia uma imprudência. E foi assim o caminho todo. O cara cometia uma barbaridade, João se encolhia no banco e dizia: “Piu”.
Quase chegando ao destino foi que o cara se tocou e perguntou:
- Qual é o caso João? Por que vez em quando tu se encolhe todo aí e fica dizendo “piu”?
- Ah! E você acha que eu vou morrer sem dar nem um “piu”?
Fazer o que? Ele era assim, gozador por natureza. Brincava até com a morte. Uma prova inequívoca do desprendimento de João de Doute, de como ele enfrentava as adversidades da vida com resignação e bom humor, foi quando esteve internado no hospital, sofrendo do mal que o tornaria deficiente físico.
O médico conversava em voz baixa com a mãe dele, e ele parecia dormir no leito, mas estava escutando tudo.
Dizia o médico:
- Ele está fora de perigo minha senhora, mas o lado esquerdo do corpo dele vai ficar meio paralisado, como que “esquecido”.
Foi aí que João deu o ar da sua graça:
- Ô minha mãe, bote meu “pingolin” aqui pro lado direito.

Acidente




Na quinta-feira passada (29) aconteceu um acidente no cruzamento da avenida Sampaio com a rua Castro Alves. Uma viatura da Polícia abalroou um veículo de pequeno porte que era conduzido por uma mulher. Testemunhas disseram que a viatura trafegava em alta velocidade, com a sirene ligada, e invadiu o sinal vermelho. Segundo informaram os policiais, iam atender a uma ocorrência de assalto. Neste caso, creio que a mulher errou, pois ambulâncias e viaturas da Polícia ou do Corpo de Bombeiros têm preferência no trânsito quando trafegam com a sirene ligada. Em Feira de Santana tenho visto ambulâncias, com a sirene ligada, sem poder desenvolver a devida velocidade, diante da indiferença dos demais motoristas. É lamentável.
Detalhes: Se a batida fosse na porta do veículo menor, a mulher poderia ter se ferido ou até morrido, tamanho foi o impacto. Ambos os veículos saíram guinchados.
Na rua Castro Alves, próximo ao cruzamento com a avenida Sampaio, há um buraco que certamente ainda vai ocasionar algum acidente, se não for devidamente tapado.

sábado, 24 de outubro de 2009




Quebrando a cara
E o Urubu Rei do jornalismo feirense quebrou a cara mais uma vez. Depois de anunciar que o governo do Estado não faria convenio com a Cardiologia do HDPA, o que aconteceu logo após a publicação da nota no seu blog, ele anunciou que o recém nomeado secretário de Combate a Violência, Inspetor Misael Santana, respondia a um processo. Quebrou a cara novamente. Misael já foi julgado, inocentado e o processo arquivado.

Sanitários
Jogando para a torcida, os vereadores vão criando leis inócuas ou inexeqüíveis, sem realizar estudos prévios sobre a aplicabilidade de tais leis e suas conseqüências. Criaram uma lei sobre a não cobrança de taxas em sanitários da cidade, sem criar os mecanismos necessários para que os sanitários permaneçam limpos. O centro da cidade é carente de sanitários públicos. Já se sugeriu colocasse sanitários químicos no centro da cidade. É uma boa idéia, mas é preciso garantir que eles serão limpos diariamente, e abastecidos de insumos como papel higiênico, água e sabonete, e toalhas de papel. Caso contrário, o odor no centro da cidade vai ficar insuportável.

SMT X SMTT
Desde que foi criada a Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT), eu entendi que a Superintendência de Transporte e Trânsito (SMT), deveria ser extinta, permanecendo apenas como uma diretoria e à cargo de um engenheiro de trânsito, e não a um político qualquer, sem nenhum conhecimento sobre o assunto. Saiu Marcone, que é engenheiro, mas não de trânsito, e a SMT é entregue a um militar. Ou seja, mudou para pior. É por essas e outras que as coisas não acontecem como devem ser em Feira de Santana.

Patentes
Ao militarizar de uma vez os órgãos de trânsito da cidade, o prefeito vai se bater logo com um grande problema. O Secretário Flailton Frankles é capitão da PM, e o superintendente é major, ou seja, superior na hierarquia militar ao secretário que, na hierarquia do executivo municipal, é seu superior. Isso vai dar rolo, podem apostar.

Passeio livre
Falando em transito, o pessoal da SMT precisa dar uma olhadinha na rua Boticário Moncorvo, trecho entre a as ruas Castro Alves e Barão do Rio Branco. O pedestre tem que andar pelo meio da rua. Um certo estabelecimento comercial utiliza parte da calçada com seus produtos e outra parte é ocupada por automóveis e ate caminhões, obrigando o pedestre a andar pelo meio da rua, colocando sua vida em risco. Cadê a tal campanha passeio livre? Também é preciso dar uma olhadinha na rua Papa João XXIII, nas proximidades do Feiraguai até o Jardim Acácia e na famosa Ilha do Rato.

Cemitério I
A direção da Santa Casa de Misericórdia acertou em cheio na contratação de Daniel Rios para gerir o Cemitério Piedade. Ele enfrentou os problemas de frente, com competência e criatividade, e quem viu o cemitério antes sente logo diferença. No próximo dia 02, Dia de Finados, quem for ao cemitério vai confirmar o que digo.

Cemitério II
Por falar em Dia de Finados, o gerente do Cemitério Piedade disse que não vai permitir que pessoas levem baldes para lavar os túmulos naquele dia. Segundo ele, quem quiser limpar e lavar os túmulos tem até o dia 30 deste mês para fazê-lo. A medida visa evitar os transtornos que causa a limpeza de túmulos no Dia de Finados. Ele também alerta as autoridades para o fato de que muitas crianças “trabalham” lavando túmulos, principalmente na proximidade do Dia da Finados.

Cemitério III
Eu não concordo com o culto à morte. Creio que os restos mortais das pessoas deveriam ser cremados e as cinzas entregues às famílias. Orações pelas almas são mais eficazes que visitas a túmulos, principalmente, quando as visitas só acontecem no Dia de Finados. Algo assim como levar a mãe pra jantar em restaurante apenas no Dia das Mães. Amor e amizade devem ser cultivados por nós todos os dias, e os mortos devem ser deixados em paz. E Deus toma conta das almas.

Resignação
Ouvi atentamente o depoimento da mãe do assassino do meu amigo Marcos Moraes. Mulher pobre, humilde, mas cheia de sensatez. Disse ela que sempre aconselhou o filho a buscar boas companhias. Ele não lhe deu ouvidos e deu no que deu. Pelo que entendi o rapaz não tem índole ruim. Se tivesse, teria premeditado o crime, mas, ao que parece, tudo aconteceu no calor de uma discussão. Pelo depoimento da mãe, ele estava aflito e arrependido. E ela quer que ele pague pelo que fez. Exemplo semelhante não se tem em famílias nobres da cidade, cujos pimpolhos cometem crimes, mas são acobertados pelo dinheiro dos pais que, em geral, se dizem cristãos.

Só pra lembrar
Nem todo aquele que vive a dizer: Senhor! Senhor! Entrará no reino do Céu.

Poder
O eterno procurador do Município, Carlos Lucena, deve ser muito ‘competente’, conhecer bem os podres dos poderes.

Philosopher
Dilema olímpico: Não sei se Rio ou Chicago. (anônimo)

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Por hoje é só que agora eu vou ali cuidar dos meus vivos, que dos meus mortos cuida Deus.

Ando meio desligado



Sei que existe gente distraída, desligada mesmo. Tem, por exemplo, um pecuarista numa cidade da região de Feira de Santana, que é o rei da distração. Ele estava indo para a fazenda na sua Rural Willys, levando consigo a mulher, Dona Marinalva. Parou num posto para abastecer o carro e, enquanto isso, sua mulher entrou na loja de conveniências para comprar algumas coisas. Ele pagou ao frentista e partiu, deixando a mulher na loja.
De dentro da loja, o balconista percebeu e disse: “Dona Marinalva, seu Severino parece que foi embora”. Solícito, se ofereceu para levar ela até a fazenda. Pegou outro carro e partiu ao encalço de Severino, alcançando-o poucos quilômetros depois. O rapaz buzinou e tentou chamar a atenção de Severino de todo jeito, sem sucesso. Dona Marinalva ainda botou a cabeça fora da janela e fez acenos com os braços e, nada.
Como já estavam perto da fazenda, o motorista acelerou, ultrapassou Severino e chegou ao destino antes dele. Deixou dona Marinalva e voltou para o posto de combustíveis. Quando Severino chegou à fazenda, encontrou a mulher à porte e foi logo lhe dizendo: “Mas, Marinalva, passou um carro por mim com uma mulher que era a sua cara”.
Tem sujeito tão distraído que na hora de dormir ele põe o gato na geladeira, bota a mulher pra fora e vai dormir com o cachorro. Eu tenho um amigo tão distraído que um dia o encontrei num enterro trajando uma vistosa e alegre camisa florida. Eu mesmo já esqueci Maura num bar. Quando cheguei em casa e minha filha perguntou pela mãe é que eu me dei conta de que tinha largado ela lá.
Mas minha maior distração aconteceu quando eu estava me separando da minha primeira mulher. Ao mesmo tempo eu havia decidido deixar a universidade e passei a trabalhar com repórter no jornal Feira Hoje, lá pelo final do ano de 1979. E lá se vão 30 anos. Eu vivia atordoado, cheio de dilemas. Separação, dois filhos pequenos, profissão nova, desafio, briga com professora da UEFS. A coisa tava preta.
Uma bela tarde eu peguei a pauta na redação do Jornal e fui para a rua levantar as matérias. Fui no carro do Jornal, com o motorista. Depois de percorrer alguns locais, paramos em frente ao Mercado de Arte Popular, onde funcionava a Secretaria Municipal de Turismo. Deixei o motorista esperando e fui entrevistar o secretário.
Mais tarde, já de volta à redação do Jornal, estava eu sentado numa mesa em frente ao chefe de Redação, escrevendo minhas matérias, quando o telefone tocou. O chefe atendeu e me perguntou:
- Cristóvam, cadê o carro do Jornal?
- Sei lá! Deve estar aí na porta.
- Na porta o que seu maluco. O motorista está aqui me perguntando por você. Ele disse que você entrou no Marcado de Arte e sumiu.
Ninguém me pergunte como eu cheguei ao jornal, porque até hoje eu não me lembro.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

No trânsito muito louco


Na semana passada eu publiquei uma nota com este título no “Olho Vivo” dizendo que iria dar um crédito de confiança ao pessoal da SMTT, que garante que o caos no trânsito feirense acaba quando as obras que estão sendo executadas acabarem. E ainda contemporizei, alegando que as obras de implantação de rede de esgotos, que estão sendo executadas pela Embasa, também estão contribuindo para a “loucura” que está o trânsito de veículos em Feira de Santana.
Não mudei (ainda) de opinião, quero pagar para ver, até para que ninguém venha me acusar, depois, de radicalismo e preconceito. Eu quero acreditar que estudos sérios foram realizados antes de se tomar tais atitudes com relação ao trânsito de Feira de Santana. Se aumentou o número de habitantes (há quem diga que já beira um milhão) aumentou, infinitamente, o número de veículos circulantes.
Automóveis já são milhares. Motocicletas, segundo soube, através de fala do líder dos motoboys oficiais, já passam 100 mil, só as regularizadas e clandestinas do serviço, fora particulares. E ainda tem as carroças e bicicletas. Ah! As bicicletas. Os ciclistas não obedecem a regra alguma. Andam na contramão, em alta velocidade, não usam itens de segurança, e fazem das calçadas suas vias particulares. São inúmeros, e nem sempre contabilizados pelas estatísticas oficiais, o número de acidentes que proporcionam todos os dias, muitos deles com vítimas fatais.
Em todas estas situações não se observa a atuação dos agentes de trânsito. Não se sabe ainda ao certo, quais são suas atribuições. Alguns dizem que devem fazer respeitar as faixas de pedestres. Outros dizem que não. O certo é que, em alguns locais, nas faixas de pedestres, nota-se a sua atuação. Mas, em outros locais, onde deveria haver uma atuação mais constante deles, não os encontramos.
Por exemplo: Nas portas das escolas, onde se estaciona nas horas de pico, em filas duplas ou triplas, congestionando o tráfego de veículos. Nos pontos de transporte, como táxis e vans, onde se estaciona em qualquer lugar, se para em qualquer hora e local, até no meio da rua, para pegar ou deixar passageiros. Em frente aos bares do centro da cidade, onde os caminhões param em fila dupla para deixar mercadorias. Enfim, não se nota a presença dos agentes de trânsito nos locais e horas onde eles são mais necessários.
Mas, como eu disse antes, vou dar um tempo de crédito ao governo municipal para resolver estes problemas. Temos que ser compreensivos, pois Roma não foi feita em um dia. Não se muda tudo isso, radicalmente, de uma hora para a outra.
Porém, paciência tem limite.

M de Madalena


Uma homenagem mais que justa será prestada à jornalista Maria Madalena de Jesus. Ela foi escolhida para receber o troféu M de Mulher, no segmento Comunicação. O evento, que já está na 11º edição, acontece no dia 29 deste mês, no auditório do Sest/Senat, numa iniciativa do jornalista e produtor cultural Paulo Norberto.
Madalena de Jesus é jornalista e professora de Literatura, graduada em Letras pela Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs). Ela transita com facilidade tanto no jornalismo - onde atua há 31 anos, que serão completados em dezembro - quanto na área acadêmica.
Atualmente desenvolve atividades na Assessoria de Comunicação da Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC) e da Câmara Municipal de Feira de Santana. Também colabora com o site do programa Acorda Cidade. Exemplo de profissional competente, séria e comprometida com o que faz, o que mais impressiona em Madalena é a capacidade de trabalho, a agilidade com que produz um texto, sempre impecável, seja na área política - sua especialidade - ou até mesmo policial. Não satisfeita, essa profissional inquieta ainda acha tempo para fazer o curso de radialista promovido pelo Sindicato da categoria.
Como Jornalista, Madalena passou pelo Jornal Folha do Estado, com atuação destacada na Editoria Política; Revista Panorama, Jornais Folha do Norte e Feira Hoje, este último já extinto há alguns anos. Teve atuação ainda como assessora de comunicação das prefeituras de Feira de Santana e Itabuna, serviço prestado também a vereadores e prefeitos da região.

Educação
Na Educação, a experiência mais recente foi como professora de Literatura, Produção de Texto e Estágio Supervisionado, na Faculdade Regional de Ribeira do Pombal (FARP). Responsável pela organização do livro “Estrada do Tempo”, (2006) uma coletânea de textos do jornalista Egberto Costa, também editou a publicação “Amélia Rodrigues: uma mulher, uma cidade”, história contada pelos próprios habitantes (1997).
Ao longo desses 31 anos, Madalena colecionou muitos prêmios, o que dá a dimensão da importância do seu nome na área de Comunicação. Recebeu o Troféu Imprensa de Feira de Santana; Troféu jornalista Arnold Silva por quatro anos consecutivos, conferido pela Câmara Municipal pelo trabalho na cobertura política. E o prêmio Juarez Bahia de Imprensa por duas vezes. Agora essa profissional multifacetada, recebe merecidamente, o troféu M de Mulher.

Cobrança por estacionamento do HDPA debatido na Câmara


A terceirização da administração do estacionamento do Hospital Dom Pedro de Alcântara (HDPA) foi debatida na Câmara Municipal na terça-feira passada. Os vereadores haviam recebido das mãos do padre Carlos Vianey, capelão da Capela de Nossa Senhora da Piedade, localizada no interior do HDPA, um manifesto público contra a terceirização do estacionamento.
O provedor da Santa Casa, Dr. Outran Borges, concedeu entrevista à Imprensa sobre o assunto. Ele disse que a questão foi amplamente debatida pela Mesa Diretiva da Instituição. “Foi observado que havia muitas dificuldades para o acesso de ambulância à rampa do Pronto Socorro, pois havia uma desordem total no estacionamento de veículos, que, inclusive, na sua maioria, não tinham qualquer correlação com o Hospital”, revelou.
A melhor forma encontrada para disciplinar o estacionamento foi a terceirização. O estacionamento então passou a ser utilizado apenas por pessoas que tivessem algum vínculo com o Hospital ou por quem quisesse arcar com a taxa de estacionamento. “Nós não inventamos nada. Exemplo disso é o hospital Santa Isabel, que é mantido pela Santa Casa de Salvador, e que recentemente até construiu um edifício garagem, cobrando pelo estacionamento. Os demais hospitais filantrópicos de Salvador, também cobram pelo estacionamento”, informou Dr. Outran.
Questionado sobre se o estacionamento pago estaria prejudicando o acesso de fiéis às missas realizadas na capela, o Dr. Outran contrapôs observando que o estacionamento da Catedral Metropolitana de Santana também é pago. “Isso já deixa claro que não há nenhuma irregularidade ou ilegalidade em se explorar uma área para estacionamento de veículos”, observou ele.
“As pessoas não se preocupam com as dificuldades financeiras pelas quais passa a Santa Casa, que vive às custas de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) e que nunca são suficientes para cobrir nossas despesas. Então, qualquer valor em recursos que seja adicionado à nossa receita, é sempre bem vindo, embora não tenha sido este o objetivo principal, e sim, disciplinar o estacionamento para que não cause mais transtornos. É bom lembrar que o estacionamento é livre das 19 horas às 07 da manhã, e também nos domingos e feriados. O acesso também é livre para ambulâncias, médicos, Imprensa, veículos oficiais e todo veículo conduzindo pacientes tem 15 minutos de tolerância, sem pagar a taxa”, informou o provedor.
Por fim, o provedor lembrou que a Santa Casa de Misericórdia é uma instituição filantrópica de cunho privado, e assim sendo, a sua Mesa Diretiva e a Assembléia da Irmandade são soberanas em suas decisões. Lembrou também que todos os contratos e contas da Santa Casa estão à disposição de quem quiser conferi-las.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009




Memória curta
É nisto que os políticos apostam quando cometem suas falcatruas. O brasileiro tem memória curta, dizem eles. De toda sorte, tem sempre alguém disposto a provar o contrário. É por isso que nós, jornalista, temos arquivos. “Para, na hora necessária, caros leitores, lembrarmos vocês sobre coisas como “Mensalão”, “Passagens Aéreas”, “Roberto Jeferson”, “Anões do Orçamento”, Dólares na Cueca”, “Zé Dirceu”, “Berzoini”, etc.. Alguém aí lembra do Biodiesel? Cadê? É igual ao pré sal. Logo ninguém vai lembrar de mais esse engodo eleitoreiro. Mas nós, os jornalistas, refrescaremos suas memórias.

Desastre eminente

Segue, por cima de paus e pedras, as obras de transposição das águas do rio São Francisco. Fui informado de que a propina está correndo solta para comprar pareceres de fiscais, dando conta de que, paralelamente, estão sendo realizadas obras de revitalização do rio. É mentira. Disse antes e digo agora. Vai ser o maior desastre ecológico do planeta.

Estardalhaço

Falando em transposição, está certo o senador José Agripino Maia, quando acusa o presidente Lula de estar fazendo publicidade de uma obra que ainda está dando os seus "primeiros passos" antes de ser concluída. "O orçamento para a transposição é de R$ 1,7 bilhões em 2009. Este ano, só gastaram pouco mais de R$ 62 milhões. O presidente faz estardalhaço em cima de um blefe, só usou 3,7% do planejado. Está lá com a trupe fazendo estardalhaço político às custas do dinheiro público”, informa ele.

Campanha ilegal
Os líderes da Oposição devem ingressar com ação na Justiça Eleitoral contra o presidente da República e a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) por propaganda eleitoral antecipada. O primeiro passo será analisar os custos da viagem feita por Lula e Dilma ao Nordeste. Aqui, a pretexto de visitar obras no Rio São Francisco, “eles fizeram campanha ilegal, de forma descarada”.

Hipocrisia
O vereador Getúlio Barbosa declarou que a vinda da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, à Feira de Santana, com o objetivo de visitar obras e autorizar privatização de rodovias, foi um evento de cunho político. Para o vereador, a ministra veio ao município visando apenas às eleições de 2010.
Ele teceu várias críticas aos membros do P T e disse que ficou perplexo com uma faixa de agradecimento que os petistas fizeram parabenizando o Ministério dos Transportes pela duplicação da BR 116 e a privatização da BR 324. “Agradecer a duplicação de uma estrada que eles não estão fazendo. Somos nós que vamos pagar a duplicação. É muita hipocrisia desse governo”, bradou.

Milton Brito
Bem ao seu estilo de tirano de aldeia, o chefe do gabinete do prefeito Tarcízio Pimenta, Milton Brito, ouvindo o galo cantar, sem saber aonde, ligou para o programa Acorda Cidade, para reclamar que “como artífice do governo”, se sentiu “ofendido com as críticas feitas pelo Dr. Jorge Nunes”. Segundo ele, o dentista deveria ter procurado a ele para fazer as “críticas”, e não a Imprensa. O Dr. Jorge não fez crítica alguma. Apenas ligou para questionar porque só os professores vão receber Licença Pecúnia. Como servidor municipal, ele quer que as demais categorias também recebam o beneficio. O que o chefe de gabinete não gosta de saber é que a Imprensa é a voz do povo, e que o defende de arbitrariedades e injustiças cometidas por tipos como ele, que é muito chegado a um autoritarismo.

Cordéis
Hoje (l6), a partir das l8 horas, na Cantina da Lua, em Salvador, o jornalista Franklin Maxado estará lançando, com mais dois colegas, os folhetos de cordel com motivação do "Ano da França no Brasil”, tendo a apresentação do ex-consul francês, Jacques Salah.

31ª Semana Espírita

Neste domingo (18), às 19h30min, no Ginásio de Esportes do Colégio Castro Alves, tem início a 31ª Semana Espírita de Feira de Santana. O tema principal do evento é “Reencarnação e imortalidade”. Serão oito dias nos quais os espíritas, simpatizantes, e àqueles que buscam respostas para questões filosóficas tais quais: de onde viemos, para onde vamos e o que fazemos na Terra. Ou ainda: Por que uns sofrem, enquanto outros riem, por que para uns tudo parece dar certo, enquanto para outros, tudo tende a dar errado, refletirão sobre estas possíveis respostas.

Candidato
O pecuarista Wilson Pereira, que foi candidato a vice-prefeito nas eleições passadas, na chapa de Colbert Martins, confessou a amigos que é candidato a deputado estadual nas próximas eleições. Caso seja eleito, Feira de Santana e a própria Assembléia Legislativa só têm a ganhar.

Boa noticia

O município de Feira de Santana está entre os que mais criaram postos de trabalho no mês de setembro com carteira assinada na Bahia. São 3.593 empregos formais, atrás apenas de Salvador (21.135) e Juazeiro (4.834). Com o setor de construção civil em crescimento, a tendencia é melhorar.

N S Aparecida
Foi bastante concorrida a missa em louvor a N S Aparecida celebrada na capela da Fazenda São Sebastião na segunda-feira (12). Familiares, amigos, funcionarios, estiveram lá rezando com Sebastião e Cinira Soares. Não faltou, é claro, politicos,de Feira de Santana e São Gonçalo dos Campos. Entre ele o ex-governador Paulo Souto, ex-prefeito José Ronaldo, prefeito Tarcizio Pimenta e o vice Paulo Aquino. Como sempre, o casal e os filhos Rosa Helena, Sebastião Junior e Gabriel receberam todos com muita cortesia.

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Por hoje é só que agora eu vou ali ler um cordel de Frankin Maxado e outro de Zadir Porto

Artigo da Semana


Brasil, um país de tolos

“Auxílio-reclusão” é um benefício para os dependentes de presidiários, durante o período em que estiver preso sob regime fechado ou semi-aberto. Não cabe concessão do benefício se o condenado estiver em livramento condicional ou cumprindo pena em regime aberto. Para a concessão do benefício, é necessário o cumprimento dos seguintes requisitos, tais como: Quem tiver sido preso não poderá estar recebendo salário da empresa na qual trabalhava, nem estar em gozo de auxílio-doença, aposentadoria ou abono de permanência em serviço.
Após a concessão do benefício, os dependentes devem apresentar à Previdência Social, de três em três meses, atestado de que o trabalhador continua preso, emitido por autoridade competente, sob pena de suspensão do benefício. Esse documento será o atestado de recolhimento do segurado à prisão. O auxílio reclusão deixará de ser pago, dentre outros motivos, por morte do segurado e, nesse caso, o auxílio-reclusão será convertido em pensão por morte; em caso de fuga, liberdade condicional, transferência para prisão albergue ou cumprimento da pena em regime aberto; se o segurado passar a receber aposentadoria ou auxílio-doença (os dependentes e o segurado poderão optar pelo benefício mais vantajoso, mediante declaração escrita de ambas as partes); ao dependente que perder a qualidade (ex.: filho ou irmão que se emancipar ou completar 21 anos de idade, salvo se inválido; cessação da invalidez, no caso de dependente inválido, etc); com o fim da invalidez ou morte do dependente.
Caso o segurado recluso exerça atividade remunerada como contribuinte individual ou facultativo, tal fato não impedirá o recebimento de auxílio-reclusão por seus dependentes. O benefício pode ser solicitado por meio de agendamento prévio, pelo portal da Previdência Social na Internet, pelo telefone 135 ou nas Agências da Previdência Social, mediante o cumprimento das exigências legais.
Estes e muitos mais dados podem ser conferidos no site http://www.previdenciasocial.gov.br/conteudoDinamico.php . Agora eu pergunto: Quantos mais direitos os bandidos têm que nós, cidadãos comuns, pobres mortais (mortais é o termo), não sabemos? Afinal, o dinheiro sai do bolso dos contribuintes. Outra pergunta é: Estes benefícios também são destinados às viúvas, aos órfãos, vitimas destes bandidos que estão presos?
Eu gostaria muito, e creio que muita gente gostaria também, de ouvir algum pronunciamento sobre este assunto por parte da OAB, do Ministério da Justiça, das Igrejas, e de todas estas ONGs e outras instituições que pregam Direitos Humanos para bandidos. Admitamos que eles tenham tais direitos, mas, e suas vítimas, não deveriam também ser defendidas e ter os mesmos direitos? Com a palavra as autoridades competentes.

Cronica da Semana


Lengo Mariano, o Bon Vivent

Lengo Mariano é realmente um boa vida. Estando em cima da terra e em baixo do céu, para ele tudo está bom. Cursou apenas o primário, que terminou a duras penas. Filho único, família não rica, mas, remediada, Lengo perdeu o pai quando ainda era adolescente. Ficou muito apegado à mãe, que protege com fidelidade e coragem caninas. Não deixa a mãe saber que ele é um depravado. Fuma, bebe e cheira. Apronta todas, mas, para a mamãe, ele é um santo.
Apesar das suas aprontações, ninguém consegue ter raiva dele. O cara é brincalhão, gozador, divertido mesmo. E, se faz mal a alguém, é só a ele mesmo. Seu pai deixou alguns imóveis, e ele vive da renda do aluguel destes imóveis. Paga as contas da casa em que vive com a mãe, cuida bem dela, e o que sobra ele gasta em farras.
Assim sendo, no mesmo momento em que ele aparece comprando fiado ou pedindo dinheiro emprestado, logo ele aparece pagando o que deve a fazendo farra, pagando bebida para os amigos. E não se furta ao trabalho, seja qual for, para angariar um dinheiro rápido. Dia desses, ele estava na praia e o dinheiro acabou. Não demorou muito e o viram numa van que faz linha entre Feira de Santana e Cabuçu, pendurado na porta, dando uma de cobrador e gritando: “Feira de Santana, quem vai”! À noite ele já estava numa barraca torrando o dinheiro que ganhou.
Certa vez, procurou uma tia e pediu a ela ajuda para comprar um carrinho de cachorro-quente e todos os aviamentos necessários. Iria pagar suas férias de verão vendendo cachorro-quente na praia. Pelas suas contas, ele pagaria o empréstimo e ainda ia sobrar dinheiro. A tia disse que financiaria o projeto, desde que levasse com ele o filho dela, seu sobrinho, vagabundo igual a ele.
Trato feito. E lá se foi Lengo Mariano e o sobrinho para Cabuçu. Os dias, os meses, foram se passando, e a tia, que se livrara da incômoda companhia do filho, recebia, com certo contentamento, as noticias trazidas pelos amigos. O negócio ia muito bem. O carrinho de cachorro-quente de Lengo só vivia cercado de fregueses. A tia só estranhou quando ele apareceu um dia lhe pedindo mais dinheiro para comprar aviamentos. “Sofremos um prejuízo e temos muito fiado na rua. Mas, graças a Deus, são veranistas ricos, que compram muito e podem pagar”.
Ao final da temporada o sobrinho de Lengo Mariano voltou pra casa da mãe, sem um tostão no bolso. Para voltar para casa, tiveram que vender até o carrinho de cachorro-quente. O que a tia não sabia (ou se sabia não levou em conta) é que ambos, tanto Lengo quanto o filho dela eram cachaceiros e mulherengos inveterados. Tudo que ganharam torraram em farras.
Mas, como tudo que é bom dura pouco, um dia a casa cai. E caiu. Numa farra numa cidadezinha da região, ele se envolveu numa briga de bar e acabou preso. Não haveria maiores conseqüências se ele, ao ser apresentado ao delegado, embriagado, não tivesse agarrado na bochecha da autoridade e bradado: “Diga aê, lindão”! O delegado mandou trancafiá-lo, e viajou para Feira de Santana. Era uma sexta-feira e ele só retornaria na segunda.
Ao ser trancado na cela, com mais de oito presos, ele foi logo gritando: “Quem que manda aqui”? Levantou-se um sujeito alto, forte, e disse com cara de poucos amigos: “Sou eu”! Mandava - disse Lengo – quem manda agora sou eu. E quero comprar também essa cama. Tome aqui”. E entregou R$ 80,00, ao preso.
Alguns amigos que estavam com ele, mas não foram presos, estavam do lado de fora da cela, esperando e decidindo o que fazer diante daquela situação. Lengo pegou dinheiro, deu a eles e mandou que buscassem comida, bebida, cigarros, baralho e dominó. Como os carcereiros simpatizaram com ele, não foi difícil conseguir o que queria.
Foram bons dias aqueles. Todo dia era uma novidade. Filé a parmegiana, pizza, feijoada, e até um churrasco foi improvisado no xadrez da delegacia, com a participação de alguns policiais e um grupo de pagode de mesa. Até um jovem promotor, que passara por lá a fim de visitar o delegado, gostou, e caiu na farra de Lengo Mariano.
Mas, como disse antes, tudo que é bom dura pouco. Chegou segunda-feira, trazendo o delegado de volta. O advogado de Lengo entrou logo em entendimentos com ele, explicando que Lengo era apenas um menino crescido, que não fazia mal a ninguém. E, mediante o pagamento de uma pequena fiança, conseguiu a sua liberação.
Ficou na história de Patu a saída de Lengo da Cadeia. “Fica! Fica! Fica”! Gritavam os presos, emocionados, alguns às lágrimas, que chegaram até a ensaiar um “abaixo-assinado” para que Lengo continuasse com eles. No caminho de volta, o advogado lhe disse: “Olha. Essa cidade é pequena e as pessoas não têm simpatia com forasteiros. Principalmente destes que aprontam. Deixe passar algum tempo antes de voltar aqui”.
No final de semana seguinte Lengo estava lá, visitando e confraternizando com os velhos companheiros de cela.

Compromisso da Santa Casa atualizado e aprovado 100 anos depois


Com a participação de cerca de 150 membros da Irmandade, a Santa Casa de Misericórdia de Feira de Santana viveu um momento histórico na quarta-feira passada (14), durante a Assembléia Geral que aprovou a revisão e atualização do Compromisso da Irmandade. O “Compromisso”, datado de mais de cem anos, encontrava-se defasado e, tendo em vista a necessidade de atualizar os estatutos da Instituição, a sua Mesa Diretiva promoveu a atualização do mesmo, que foi aprovada por aclamação da Assembléia.
No ano do seu sesquicentenário (150 anos) a Santa Casa de Misericórdia aprovou as mudanças no Compromisso da Irmandade. Entre as mais importantes mudanças, está a limitação da reeleição do provedor em apenas três vezes. Antes, o provedor, que tem mandato de dois anos, poderia ser reeleito por ilimitadas vezes. Com o novo Compromisso, uma vez eleito, o provedor só poderá se reeleger mais três vezes, o mesmo ocorrendo com os demais membros da diretoria.
Também foi alterada a cláusula que trata da admissão na Irmandade. A partir de agora, para ser admitido como irmão da Santa Casa, o postulante, independente de sexo, etnia ou credo, deverá pagar uma Jóia, cujo valor ainda será estipulado, e poderá ser reajustada a cada biênio, por resolução da Mesa Diretiva.
O Compromisso da Irmandade prevê ainda que é incompatível o exercício de cargo na Mesa Diretiva, de irmão que exerça cargo político partidário. Aquele que registrar candidatura política também deverá se afastar do cargo que estiver ocupando na Mesa.
Conforme o provedor da Santa Casa, Dr. Outran Borges, está previsto para breve um recadastramento de todos os membros da Irmandade, uma vez que muitos já se mudaram da cidade ou faleceram. O recadastramento visa também atualizar endereços e telefones.
No próximo dia 05 de novembro serão realizadas algumas ações comemorativas pela passagem dos 150 anos da Instituição. Entre elas, o relançamento do livro “Assistência e Caridade”, revisado e atualizado pelo seu autor, Dr. João Batista Cerqueira. As eleições para a Mesa Diretiva ocorrerão também no mês de novembro.

sábado, 10 de outubro de 2009




Contorno
Paralelamente ao anuncio da privatização da BR-324, o governo do Estado anuncia a duplicação da avenida Fróes da Mota. Porém, quem esperava a duplicação completa da avenida, deve estar decepcionado, pois será duplicado apenas o trecho entre o viaduto do Clube de Campo Cajueiro e o da pedra do Descanso. O governo anunciou também o fim da famigerada curva do rio Cavaco, na BR-116 Sul (Rio/Bahia) onde centenas de vidas se perderam em trágicos acidentes, desde que a estrada foi aberta, há mais de 50 anos. Quando isso vai acontecer, porém, só Deus sabe.

Enturmação na PM
Ao que tudo indica o Governo da Bahia gostou desse negocio de enturmação. O radialista Dilton Coutinho informou em seu programa, que vai ao ar na Rádio Sociedade de Feira de Santana, das 6 as 9 da manhã, que o 1º Batalhão de Policia Militar vai desaparecer para dar lugar a uma Escola Militar. Melhor dizendo, um centro de formação de policiais. O policiamento passara a ser comandado pelas companhias já existentes na cidade. Ele comparou com a enturmação na educação.

Dilma Rousseff
A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, veio à Bahia, mais precisamente a Igreja do Bonfim, nesta sexta-feira (9), para agradecer as bênçãos alcançadas após a recuperação total de um câncer. Vestida de branco, como manda a tradição, antes da missa de ação de graças, ela deu uma parada para o “banho de axé” - folhas de aroeira e pingos de água foram jogados em seu corpo. Ela afirmou que “o povo brasileiro teve muitas manifestações comoventes, como me presentear com terços, com imagens e principalmente com muitas orações. Escolhi a Igreja do Bonfim porque acredito que o Senhor do Bonfim simboliza todos os santos católicos".

Dilma Rousseff I
Com 10 fitinhas brancas do Senhor do Bonfim na mão, Dilma confessou que fez muitos pedidos a Senhor do Bonfim, mas, não os revelou. Precisamos redobrar as orações e pedidos ao nosso Pai...

Dilma Rousseff II
A ministra Dilma Rousseff cumprimentou o prefeito Tarcízio Pimenta e destacou a consciência da importância de Feira de Santana. “Tanto dentro do território da Bahia como também na ligação da Bahia com o resto do Brasil, Feira de Santana sempre foi importante entroncamento rodoviário, passagem de pessoas, bens e riquezas”, disse ela. Só agora que a ministra descobriu isso?

Minha Casa
O município de Alagoinhas é o município que apresenta em todo o país o melhor desempenho na contratação de unidades habitacionais do Programa Minha Casa Minha Dilma, ops, Vida. Foi o que afirmou o Superintendente Regional da Caixa Econômica Federal, José Raimundo Cordeiro Júnior. Ele não disse isso mesmo há alguns dias aqui em Feira de Santana? A final, quem tem melhor desempenho? Feira ou Alagoinhas?

MST
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, informou através de oficio a Câmara dos Deputados, que o repasse de dinheiro público, realizado nos últimos cinco anos, pela pasta, à ONGs ligadas ao Movimento dos Sem-Terra (MST) forma da ordem de R$ 115 milhões. Dinheiro público que, segundo o próprio ministro, não teve nenhuma fiscalização. É com esse dinheiro que os membros do MST cometem atos de vandalismo Brasil afora. Destroem propriedades produtivas e nós trabalhamos para sustentá-los...

Missa
Sebastião e Cinira Soares realizam nesta segunda-feira (12) uma missa em agradecimento a Deus pelas graças alcançadas neste ano de 2009. A celebração será na capela de Nossa Senhora Aparecida, na fazenda São Sebastião, na estrada do Cocão, no distrito das Mercês, no vizinho município de São Gonçalo dos Campos. Estaremos lá para abraçar nossos amigos.

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Por hoje é só que agora eu vou ali participar da Missa de Nira e Tião.

Outubro, mês de festa




Outubro começa com celebração em nossa casa. Logo no dia 1º, a vovo Maura fez uma boa idéia. Na quarta-feira passada (07) nosso filho Leno completou 14 anos. Ele cursa a oitava série e estuda Computação Gráfica. É também faixa marrom de Karatê, o orgulho da família. Neste sábado (10) a netinha Luisa completa 4 aninhos, com direito a festa carinhosamente preparada pela mamãe Lia, em Sampa. Só temos a agradecer a Nossa Senhora por tanta felicidade. Tim, tim. Vida longa a todos.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Artigo da Semana


Só falta o feirense querer

Com o advento da Internet os blogs proliferaram como uma praga. É ferramenta fantástica para formação de opinião. E é aí que mora o perigo. Todo mundo está dando pitaco sobre tudo. Na maioria são pessoas despreparadas, que não enxergam um palmo à frente do próprio nariz, mas que querem dar opinião sobre coisas que lhes fogem totalmente à compreensão. Pessoas que têm pouco ou nenhum conhecimento, semi-analfabetos, estão emitindo suas opiniões via internet.
Mas, nesse caso, a fruta ruim por si apodrece. Logo se percebe que essa gente só quer aparecer, mas não tem preparo para sustentar seus frágeis argumentos que, em geral, apenas tentam defender obscuros interesses particulares. O perigo surge na medida em que o blogueiro é um jornalista, um profissional preparado para formar opinião.
Se o jornalista é cônscio do poder que tem, e da sua responsabilidade para com a comunidade em que vive, tudo bem. Ele irá sempre avaliar a veracidade da informação recebida, se ela deve ser passada ao público ou não, observando as conseqüências que advirão se ela for levada a público. Muitas vezes fazemos mais bem à comunidade deixando de divulgar uma informação, do que simplesmente publicá-la só para ganhar leitores, ouvintes e telespectadores.
Existem jornalistas sensacionalistas, que divulgam informações inverídicas, plantam notas na imprensa apenas para atender a interesses próprios ou dos seus empregadores, e estão se lixando para as conseqüências dos seus atos. Confundem a opinião pública propositadamente. Alguns por interesse próprios, outros, apenas por galhofa, anarquia.
Alguns são mestres em bajular, massagear o ego e insuflar vaidades, para disso tirar proveito próprio. Outros, mais desonestos, atacam personalidades notórias para, depois, tentar lhes extorquir, na base do “me pague que eu paro de falar de você”.
Os vaidosos, os desonestos, os imbecis, os mesquinhos, vibram com as ações destes pândegos. Acham tudo muito engraçado, sem se dar conta de que eles próprios também são vítimas deles. A cidade está infestada de jornais e revistas de segunda ou terceira categoria, além de blogs, sites e outros veículos de divulgação de informações, ancorados por jornalista de capacidade ou honestidade duvidosa.
Mas, quem alimenta este tipo de jornalismo é a parte da sociedade que lhes dá ouvidos e crédito. São as pessoas que acreditam em tudo lhes dizem. Uma gente alienada que não sabe e nem quer filtrar a qualidade da informação que recebe. Essa gente mantém as publicações e programas ruins que surgem todos os dias, invadindo nossos lares e locais de trabalho.
Se quisessem e soubessem, poderiam escorraçar do nosso meio, este tipo de jornalismo pernicioso. É só não lhes dar ouvidos e nem bancar suas ações, através de verbas publicitárias. Sem platéia e sem dinheiro, eles não mais poderiam prejudicar ninguém. É só querer.

Só pensa naquilo


Outro dia Sandro Penelu me enviou uma série de palavras com seus respectivos significados. Coisas assim como Picaço que, segundo ele, é um tipo de cavalo. Mas, como dizia uma personagem da impagável Zezé Macêdo, a gente “só pensa naquilo”. Daí que coletei outras palavras que podem parecer alusivas a “aquilo”, mas na verdade são coisas totalmente diferentes. Senão, vejamos:

Arenga-de-mulher – Garoa, chuva fina.
Binga – Caixa de rapé.
Bicha – Lombriga.
Bolinar – Navegar à bolina (com a vela bolina).
Boceta – Caixa redonda, oval ou oblonga, utilizada para guardar rapé.
Boceta-de-mula – Árvore da família das esterculiáceas.
Brochar – Cravar brochas (pregos curtos), fixar, pregar.
Corno – Apêndice duro e recurvo que guarnece a fronte de alguns animais (chifre).
Chupa-Galhetas – Seminarista que auxilia o padre na missa.
Chupa-Pinto – Barbeiro.
Chupador de Anta – Terreno salgado, muito procurado pelas antas e outros animais.
Chupança – Mamata, negociata.
Cú-cosido – Ave psitaciforme, da família dos psitacídeos, também chamada de Cú-tapado e Bate-cu.
Cú-de-conde – Cafundó.
Cú-de-foca – Bebida muito gelada.
Cú-de-galinha – Remendo esgarçado em a linha é puxada, formando um “bolinho”. Rosquinha.
Cú-de-judas – Lugar muito longínquo.
Cú-de-lume – Pirilampo, vaga-lume.
Cú-de-mulata – Amarelinha.
Escroto – Bolsa que contém os testículos, saco escrotal.
Manjuba – Espécie de peixe.
Pica – Lança antiga, pique.
Piroca – Calvo, careca.
Porra – Clava com saliência arredondada num dos extremos.
Putativo – Que aparenta ser verdadeiro, legal e certo, sem o ser. Suposto, reputado.
Puteal – Bocal de poço.
Tabaco – Rapé.
Tabaqueiro – Porta rapé, binga.
Tara – Abatimento do peso do invólucro ou transporte de mercadoria.
Tarado – Que foi pesado para abater a tara. Quem tem marcado o peso da tara.
Xibiu – Diamante pequeno usado em instrumentos de cortar vidros.

Fonte: Dicionário Aurélio

Rei Nelsinho faz as crianças felizes


Como sempre faz todos o anos o empresário Nelson Roberto, o Rei Nelsinho, promove uma distribuição de brinquedos para crianças de algum bairro da cidade. Em diversos programas de rádio, que são parceiros da Kamy’s Modas, foi feita uma pesquisa popular para a escolha do bairro a ser contemplado. E este ano, o escolhido foi o bairro Renascer, que fica próximo aos bairros João Paulo e Cidade Nova.
Os ouvintes que ligaram opinando qual bairro deveria ser escolhido, concorreram a vários brindes. E no próximo dia 05, todos que ligaram estarão concorrendo a uma bicicleta. No Dia das Crianças, segunda-feira próxima (12), um caminhão lotado de brinquedos estará no bairro Renascer, das 08 às 12 horas, distribuindo brinquedos para a criançada. Locutores, animadores, estarão fazendo a festa.
Segundo o gerente de marketing da empresa, Leudo Roberto, dentro da pesquisa para a escolha do bairro, também foi feita uma pesquisa para saber-se da população se ela quer que volte a promoção “Rei Nelsinho na Minha Casa”, que fez muito sucesso até pouco tempo atrás. Todas as pessoas que opinaram também estão concorrendo a uma bicicleta. O resultado da pesquisa será divulgado em breve.

sábado, 3 de outubro de 2009

Mancadas dos coleguinhas

Do Véio Zé

Denivaldo Costa: “Os caras que atiraram em uma pessoa chegaram de pé”. Imaginem se chegassem deitados.

Valdir Moreira: “Cuidado motoristas! Vários cachorros estão atravessando a avenida João Durval. É porque tem uma cachorra viciada”. Porque não levam a bichinha para um centro de recuperação?

Messias Teles: “Morreu no local a vitima, e os autores do crime fugiram sem deixar a pista”. A policia jamais vai pegar esses caras.

Framário Mendes: “O Botafogo tem um saldo de zero gol negativo”.

Dilton Coutinho: “Vou abrir para o Dr. Outran esclarecer,,, esclarecer... esclarecer o que? Hem Tayne”? Esclarece aí, Tayne!

Aldo Matos: Numa matéria envolvendo marido e mulher. “É sempre assim. O marido não agüenta, perde e mata. Ou vice e versa, ou versa e visa”

Aldo Matos: “Ele coloca o rádio na maior altura”. E o volume? Ele deixa baixinho?

Leon Vanderley: “O passeio foi feito para andar e não para ser ocupado por garagem”. E os carros, onde ficam?

Kleiton Lima: “O operador falou para o repórter ser curto e prolixo”.

Um repórter mandando um alô para o colega Itamar Ribeiro: “Quero mandar um alô para o meu colega e amigo Itamar Franco”.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Coluna da Semana




Terreiro de Oxalá
O vereador Marialvo Barreto (PT) declarou que o espaço reservado na programação da Expofeira para a música religiosa tem que ser democrático. A reivindicação do petista se deu em virtude da notícia de que a Prefeitura reservará um dia no evento, a partir de 2010, aos artistas da música gospel. “Eu vou aqui advertir aos encantados pela fé. A Expofeira não vai ser só para católicos e evangélicos. Vai ter que botar o Candomblé, Umbanda, Espiritismo, entre outros. Tem que dividir o espaço. Eu quero ver o tambor de Oxalá batendo na Expofeira”, disse Marialvo, fazendo da Câmara um grande terreiro.

Lulinha e Paulão

O vereador Lulinha lamenta o comportamento do radialista Paulão, em seu programa na Rádio Povo AM. Segundo o vereador, o apresentador lhe tem perseguido. “Ele tem tentado me jogar contra a comunidade”. O vereador disse que se o radialista continuar a persegui-lo, vai revelar as causas de Paulão ter mudado de opinião a seu respeito. Um pelo outro, eu não quero volta.

Tracajá X Radialistas I

Será neste sábado, às 10 horas, no aprazível estádio Tranquilão, localizado no Mar da Tranquilidade, em frente à Rádio Subaé, o jogo entre o Tracajá Futebol e Regatas e a equipe dos Radialistas. Trata-se da final do torneio comemorativo dos 100 anos da Folha do Norte, que deveria ter sido realizada no sábado passado, mas foi adiada, porque o presidente das Organizações Tracajá, Reginaldo Pereira, estava envolvido nos preparativos do Encontro de Figuras Populares. Vai ser um jogão de bola.

Tracajá X Radialistas II
A empresária Maura Sérgia, detentora dos direitos federativos do jogador Fabrício Oliveira, que foi a sensação do Tracajá no jogo contra a Folha do Norte, fazendo cinco gols, declarou que o passe do jogador está preso ao Tracajá até o jogo final. Segundo ela, o presidente do Sindicato dos Radialistas, Walter Vieira, tentou comprar o passe do jogador. “Após a final, estaremos abertos a negociações”, declarou a empresária do jogador.

Gozando com o dos outros

Esse pessoal do governo do Estado tem mestrado em se apresentar como pais de filhos alheios. Sempre que alguém realiza alguma coisa, eles se apresentam como autores, responsáveis pelo fato. Recentemente, o secretário João Leão, entrou em programas de rádio para dizer que a obra de abertura e urbanização da avenida Noide Cerqueira, era “um presente do governo do Estado para Feira de Santana”. Não é. A obra, se for realizada, será com verba de uma emenda da bancada da Bahia. Verba essa, aliás, que chegou a ser travada pelo Governo Federal.

Projeto
O governo do Estado acena com uma parceria com a Prefeitura para realizar a obra da avenida Noide Cerqueira. E cobra da prefeitura um projeto. Mas, o projeto já está pronto desde 2007. Alguém precisa avisar ao governador sobre isso. Porém, tem que falar com ele quando estiver sóbrio. E isso é muito difícil.

Diálogo
Está circulando na Internet uma foto em que aparece o presidente Lula conversando com o governador Jaques Wagner. O diálogo é o seguinte:
Lula – Sabe quanto é 51 divido por dois?
Wagner – Não. Quanto é?
Lula – Meio litro para cada um.

Véio Zé
Personagem criado pelo radialista Waldir Moreira, o Véio Zé está nas madrugadas de sábado no programa Alvorada Sertaneja, da Rádio Sociedade de Feira, comandado por Gilvan Franklin. O Véio Zé, muito perspicaz, anota os erros cometidos pelos radialistas durante a semana, tira sarro com a cara de todo mundo e ainda faz imitações de voz. É impagável. De viver de rir.

Philosopher
Pára-choque de caminhão:
“Trabalhe duro. Milhões de pessoas vivendo do fome-zero estão dependendo de você”.

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Por hoje é só que agora eu vou ali ouvir o Véio Zé.

Figuras Populares

Durante o VIII Encontro de Figuras Populares, realizado domingo passado, na Euterpe Feirense, Reginaldo Tracajá disponibilizou um Lap Top para quem quisesse escrever comentário sobre o evento, que ele postava imediatamente no blog reginaldotracajá.blogspot.com . Na oportunidade eu escrevi o texto abaixo, que foi publicado no blog, por engano, como sendo de autoria de Elcimar Ponde. Tudo bem, o importante foi o sucesso do evento, como pode ser constatado nas imagens loga abaixo do texto.

A vida encontra um jeito


Não se pode conter a vida. Ela, por si vive. As manifestações populares são assim. Não se pode conte-las. Prestem atenção nos jardins construídos nas praças. Ninguém respeita os caminhos oficiais traçados pelos paisagistas. O povo marca o seu caminho nos gramados. O Encontro de Figuras Populares nasceu de uma idéia, mas vive e cresce porque o povo quer, e não porque alguém o impôs, e nele impregnou decretos, carimbos e bandeiras. Essa festa é nossa e ninguém tasca. E não tem bispo, prefeito ou delegado que possa impedir. Quando o povo quer, é assim. E a voz do povo é a voz de Deus.

Algumas figuras popualres





Santa Casa de Misericórdia esclarece

O provedor da Santa Casa de Misericórdia de Feira de Santana, Dr. Outran Borges, convidou a Imprensa esta semana para esclarecer alguns fatos que estavam sendo divulgados com distorções.
Ele esclareceu, por exemplo, que o convênio assinado recentemente, entre a Santa Casa, o Instituto de Cardiologia do Nordeste da Bahia (ICNB), o governo municipal e o governo do Estado, não é um credenciamento dos serviços de cardiologia ao Sistema Único de Saúde (SUS). Trata-se de um convênio temporário (oito meses) para que pacientes de cardiologia, referenciados pelo Hospital Clériston Andrade e pela Central de Regulação e Marcação do Estado, possam ser atendidos no ICNB.
O provedor também esclareceu que o convênio foi firmado com o valor de R$ 80 mil por mês, e não R$ 680 mil, como estava sendo divulgado. Ao final do convênio, o ICNB deverá estar com seu Centro Cirúrgico pronto, para que possa ser credenciado ao SUS. O convênio não contempla cirurgias cardíacas ou colocação de marca-passos. São contemplados apenas os serviços de Hemodinâmica, como cateterismos.

Estacionamento
Um outro esclarecimento feito pelo provedor foi sobre a reforma e terceirização do estacionamento do Hospital Dom Pedro de Alcântara (HDPA). Segundo ele, o estacionamento aberto passava por sérios problemas, com pessoas, sem nenhum relacionamento com o Hospital, deixando seus veículos lá, algumas vezes o dia inteiro.
Ele citou dois fatos: 1 - uma ambulância do SAMU teve seu acesso impedido ao Pronto Socorro, por conta de veículos mal estacionados. Teve que tirar o paciente na maca, na porta do hospital. 2 – Um médico do hospital, professor da UEFS, ficou impedido de sair para dar aula, por cerda de duas horas, porque seu veículo ficou preso por um outro, também mal estacionado.
“O que nós queremos é disciplinar o estacionamento, evitando que estes fatos aconteçam. E, é claro, isso também vai gerar algum recurso para Hospital”, disse ele. Contudo, ele ressalvou que qualquer pessoa pode ter acesso ao estacionamento, caso tenha que conduzir algum paciente. Neste caso, ele tem direito a 15 minutos de estacionamento. A partir daí, ele terá que pagar. Os valores são: R$ 2,50, a primeira hora, e a partir daí, R$ 1,00 a hora.

Artigo da Semana


“Se queres a paz, prepara a guerra”
Niccoló Machiavelli*

O governo municipal está comemorando a aprovação pela Câmara Municipal do projeto de Lei do Executivo que cria a Secretaria de Prevenção á Violência e Promoção dos Direitos Humanos. Entende o prefeito Tarcízio Pimenta que, uma vez que o Estado tem se mostrado ineficiente no combate à violência, o município, através da nova secretaria, possa fazer a sua parte.
Toda essa discussão sobre violência, e as ações para combatê-la, estão recheadas de equívocos e contradições. Todos que querem a paz, por exemplo, são unânimes em afirmar que “violência gera mais violência”. Deste ponto de vista, então, não é combatendo a violência com violência, que se chegará à paz.
Ainda menino disseram-me que, se eu não aprendesse a respeitar os mais velhos, teria que respeitar os mais fortes. Pura verdade. Essa regra se aplica em qualquer situação. O mais forte sempre é respeitado. E no caso do Brasil, os mais fortes são os bandidos do crime organizado. E isso acontece porque o governo se perdeu em discussões e ações inócuas, se omitiu, se promiscuiu e não se fez respeitar. Sequer deu bons exemplos aos seus cidadãos, quando a maioria dos seus membros se comporta como um bando de bandidos e oportunistas.
Aprendi cedo a não julgar ninguém pelos cabelos brancos, pois os canalhas também envelhecem. Assim, entendo que, não é por ser autoridade, que eu devo respeitar. A autoridade tem que se dar ao respeito para ser respeitada. Também entendi que os medíocres só entendem a lei do mais forte. Sentindo-se diminuídos por conta da inteligência e competência dos mais fracos fisicamente, eles buscam subjugá-los pela força. E contra força, não há argumentos.
Então, chaga-se facilmente à conclusão de que só a força pode impedir a ação dos bandidos. O ideal seria que tivéssemos boas escolas, empregos, salários dignos, boa atenção à saúde, políticos honestos, boas moradias e, por que não, cultura e lazer. Mas, não é o que acontece. E, por isso, chegamos a um ponto em que vivemos uma guerra civil, não declarada, em diversos estados do País.
Criar uma secretaria municipal de prevenção a violência é mais uma ação inócua. Principalmente se quem a comandar for uma pessoa despreparada no combate à violência. Fala-se em Cloves Nunes, o homem da caminhada da paz, um espiritualista que não tem nenhum conhecimento no trato com bandidos. No meu entendimento, ao criar a Secretaria, o governo municipal está apenas jogando para a torcida.
É hora de se promover ações mais decisivas. Chega de conversa fiada e mão de luva com bandidos, que só conhecem a lei do mais forte.
Sejamos fortes, pois.

*historiador, poeta, diplomata e músico italiano do Renascimento. É reconhecido como fundador do pensamento e da ciência política moderna.

Cristóvam Aguiar
Encontro de Figuras Populares

“Mas o que é o Encontro de Figuras Populares? Me parece algo meio indefinido. Deve ser porque sou impopular. Não. É porque é indefinível mesmo. É um encontro de figuras e figurantes, que não precisa ser organizado, metódico e com objetivo definido. É apenas uma reunião pelo prazer de se encontrar os amigos, sejam figuras ou não.
Na Euterpe Feirense domingo os políticos não faltaram. Pelo menos os principais. E quem é mais figura do que os políticos?
O Encontro funciona sem organizar demais mesmo, apesar do trabalhão que dá para fazer tudo. Vale a espontaneidade. É como quer o quelônio Reginaldo Tracajá. Eu concordo. Só ressalvo que devia melhorar a acústica. O que implicaria em mudar de lugar. Isso Cristóvão Aguiar não quer. Além de cantar (Imagine, em inglês ou coisa parecida), fez discurso em defesa da Euterpe Feirense. Parecia até falar de uma Santa Casa. Que assim seja.”
Assim escreveu o jornalista Glauco Wanderley em seu blog: http://glaucowanderley.blogspot.com

Encontro de Figuras Populares II


Creio que nem o quelônio Reginaldo definiria melhor o que é o Encontro de Figuras populares. E Glauco não é impopular, tanto assim que se fez presente ao Encontro. O que ele não consegue é se soltar. Está sempre sério e sóbrio. Nada que um ou dois drinks não pudessem resolver. Mas, creio que ele não bebe. Se bebesse, saberia por que, depois de algumas bem curadas doses de Cambuí, o inglês fica algo meio indefinido. Quanto à Euterpe, o clube sabe se defender. Afinal, dos grandes clubes de Feira de Santana, é ele o único que sobreviveu. Suas contas estão em dia e os associados comparecem aos seus eventos. Tanto na sede social quanto na sede de campo. O povo sabe preservar o que é seu. Tai o Ali Babá que não me deixa mentir.

Cristóvam Aguiar

Vevé e a assombração


Vevé é gozador por excelência. É do tipo que perde o amigo, mas não perde a piada. Passa a vida bolando meio se sacanear os amigos. Por conta das suas brincadeiras, uma vez quase ele morre. É que tinha um baba, aos sábados à tarde, num campo vizinho ao antigo Cedin, hoje CIS, onde o grupo Hera e seus convidados jogavam.
As regras, embora não escritas, eram rígidas, e quem chegava atrasado ficava pro segundo baba. Quando Vevé se atrasava, queria entrar na marra e sempre terminava em confusão. Não que ele fosse brigar com ninguém, mas fazia a fanfarra, só de farra. Entrava no campo com o carro, chutava a bola pra longe, enfim, mangueava tudo até arrumar um lugar em um dos times.
Um certo dia, como sempre acontecia, ele chegou atrasado. Chegou na beira do campo com um revólver à mostra na cintura, exigindo um lugar no baba. A turma, que já conhecia bem a peça, sabia que ele não ia atirar em ninguém, e ninguém deu bola pra ele (desculpem o trocadilho). Mas acontece que a bola rolou pra perto dele, que a parou com um dos pés, apontou o revólver e disse: “Não vai ter lugar pra mim, não?”
Ninguém acreditou que ele fosse atirar, mas o velhaco tinha trazido uma bola nova pro baba, e já tinha vindo disposto a furar a velha, só que queria, antes, sacanear a turma. Quando lhe disseram que não teria lugar, ele disparou e furou a bola. – “Pronto, não tem mais baba. Se eu não jogo, ninguém joga”. Como disse, na época, o professor Estrela, “não se toma, impunemente, o brinquedo de 22 homens”.
Um dos caras que estavam no baba, furioso com aquilo, saiu calado, foi ao carro e voltou com um punhal escondido nas costas. A salvação de Vevé é que o professor Estrela percebeu a manobra e se aproximou do cara. Quando ele pegou o punhal pra espetar Vevé, o professor o agarrou por trás, prendendo os seus braços, permitindo que o resto da turma pudesse dominá-lo e tomar o punhal.
Vevé ficou em estado de choque e, muito pálido, foi até o carro, pegou a bola nova e disse: “Era só uma brincadeira. Eu trouxe uma bola nova”. O sujeito que tentou matá-lo, é claro, ficou com a cara no chão. O baba recomeçou e ninguém mais comentou o assunto. Mas Vevé não aprendeu a lição e continuou aprontando.
Pouco tempo depois, ele estava acampado numa praia com uma turma de amigos. E entre o grupo havia um novato que, de coração aberto, não se incomodava com as brincadeiras e até participava delas. Contudo, lá pelas tantas, ele cometeu o erro de dizer que não se importava com as brincadeiras, mas que não gostaria que brincassem com ele de “assombração”, porque ele tinha medo. Algo assim como um trauma de infância. Todos concordaram.
Mas alguém chamou Vevé a um canto e disse: “Topa aprontar uma com esse cara?” Ora, aquilo era o mesmo que perguntar se macaco quer banana. Vevé topou na hora. Prepararam uma destas “caveiras” que os meninos fazem com mamão verde, arrumaram um lençol à guisa de “mortalha” e uma máscara horrorosa. Prepararam tudo e esperaram a hora propícia.
Mais tarde, o sujeito estava dormindo em sua barraca, com os pés para fora e a cabeça num travesseiro. Vevé vestiu a “mortalha”, colocou a máscara e, com a caveira de mamão na mão, chegou em frente à barraca onde o cara dormia, cutucou seus pés e falou com uma voz cavernosa: “Acorda... acorda que eu vim te buscar...” quando o cara acordou e deu de cara com aquela “assombração”, deu um grito medonho, meteu a mão debaixo do travesseiro, puxou um revólver e disparou três tiros à queima roupa.
Vevé caiu, gritando: “Tô baleado! Vou morrer, meu Deus! Tô baleado!” O resto da turma acorreu pra perto dele, todo mundo dando risada, inclusive o cara que atirou. Foi um custo convencer Vevé que as balas eram de festim.