sexta-feira, 31 de julho de 2009

Artigo da Semana


Expofeira: quem vai pagar para ver?

A terceirização da Expofeira, maior evento agropecuário do Município, está longe de ser um consenso entre aqueles a quem ela interessa diretamente. Os criadores e produtores rurais. Ouvindo diversos expoentes da agropecuária feirense, percebi que as opiniões estão divididas. Alguns acham que ela sequer deveria ser realizada, devido à exigüidade de tempo. Outros entendem que se deve apostar na capacidade de organização e prestígio de quem vai assumir o evento.
O fato é que o martelo foi batido e o governo municipal firmou uma Parceria Público Privada (PPP), com a Associação de Criadores de Cavalo Mangalarga Marchador (Matheus Braga), Associação de Criadores de Gado Nelore (Mauricio Odebretch) e Associação de Criadores de Guzerá da Bahia e Sergipe (Benício Cavalcante).
Segundo o prefeito, “a idéia é fazermos uma Parceria Público Privada (PPP) a partir da Expofeira 2009. O Governo Municipal não vai se ausentar, mas vai querer que as entidades de classe e expositores tragam seus prestígios para atrair novos expositores, atrair parceiros e investidores, para que esta volte a ser uma grande mostra agropecuária”.
Teoricamente, é tudo o que os criadores e produtores rurais sempre desejaram: Um evento feito por quem e para quem ele é direcionado. Mas, há quem diga que por trás disso tudo estão os interesses de uma empresa de Maurício Odebretch, que está interessados em realizar eventos agropecuários em todo o País.
Comenta-se a boca pequena que, inclusive, Odebretch já teria firmado um convênio com a Prefeitura de Salvador, para transformar o Parque Agropecuário da Capital num grande Centro de Convenções (o atual está obsoleto) e já a partir deste ano os eventos agropecuários de Salvador, como a Exposição Agropecuária e Fenagro, passariam a ser realizados em Feira de Santana. Para tanto, o Parque de Exposições João Martins da Silva seria terceirizado e receberia altos investimentos e passaria a funcionar o ano inteiro.
Como disse um conhecido engenheiro agrônomo, com larga experiência em eventos deste tipo, “com dinheiro tudo é possível. Se faz uma exposição em uma semana. Mas, o sucesso do evento depende dos criadores, principalmente das Associações. Se o presidente de cada Associação chamar, o pecuarista vem”.
A prefeitura cede as instalações do parque, paga a parte de shows (que continuarão tendo entrada franca e passam para uma área distante dos animais expostos) e as Associações de Criadores assumem todo o resto, ficando com o lucro ou prejuízo.
Compromisso firmado, agora é pagar para ver.

Cinco novos Diáconos serão ordenados neste sábado


Neste sábado, dia 1º de agosto, sábado, às 16 horas, na Catedral Metropolitana de Sant’Ana, acontece uma Missa Solene de ordenação diaconal de Marcilio Bispo Filho, João Carlos Ferreira de Souza, Adilson Lima dos Santos (Tatai), João Antonio Barros e Carlos Branco Cerqueira.
A Arquidiocese de Feira de Santana está convidando todas as comunidades católicas da cidade a participarem deste importante evento. O arcebispo, D Itamar Vian, destaca que um fato inédito aconteceu na Arquidiocese com a ordenação de vários padres e diáconos num mesmo ano.

Festa em Barreiros teve Del Feliz e Luiz Caldas juntos



O cantor e compositor, criador do Axé Music, Luiz Caldas, fez participação especial no show do forrozeiro Del Feliz, realizado na Festa do Vaqueiro do distrito de Barreiros, em Riachão do Jacuípe, no sábado passado (25). Luiz Caldas está promovendo o lançamento do seu projeto “Supermercado de Música”, onde 130 canções inéditas estão disponíveis para compra no seu site oficial. Por sua vez, Del Feliz comemora o sucesso do CD “Forró Enredo”, lançado este ano, que traz faixa bônus com música composta para alguma cidade baiana. A música de Feira de Santana foi gravada com a participação de Luiz Caldas.
A Festa do Vaqueiro em Barreiros, distrito do município de Riachão do Jacuípe, vem crescendo a cada ano, tanto em número de vaqueiros participantes como em visitantes que chegam atraídos pelos grandes shows musicais realizados durante os três dias da festa. Este ano, além de diversas outras grandes atrações, pela primeira vez, um artista filho da terra foi uma destas atrações.
Comemorando o sucesso obtido no São João deste ano como CD Forró Enredo, Del Feliz realizou o sonho de poder apresentar um show em sua terra natal, e levou com ele o cantor Luiz Caldas, para fazer uma participação especial no evento. Amigo e parceiro de Del, Luiz Caldas, tocando teclados, cantou forró e relembrou antigos sucessos do Axé Músic, estilo por ele criado nos anos 80. A multidão que lotava a praça aplaudiu e cantou junto com seus ídolos até alta madrugada.

130 músicas
O audacioso projeto de 130 canções inéditas de Luiz Caldas está disponíveis no site oficial do cantor ( www.luizcaldas.com.br ), podendo ser ouvidas e compradas. Todas as canções foram compiladas num CD promocional de lançamento, no formato mp3, dividido nos muitos estilos visitados por Luiz Caldas. “Estou muito feliz em lançar no meu site um álbum décuplo, algo inusitado para a música mundial. Visito neste trabalho o rock, o samba, o frevo de trio elétrico, a MPB, por duas vezes, a língua tupi, o forró, o instrumental de violão, o superpopular e, claro, a Axé Music, já que sou inventor”, disse o artista à imprensa.
Todas as 130 canções do projeto foram compostas por Luiz Caldas, sozinho ou em parceria, e gravadas em oito meses. São ao todo 10 CDs temáticos, contendo 13 canções em cada álbum. Os estilos contemplados foram Forró, Rock, Axé, Instrumental de Violão, MPB I, Frevo, Samba, Superpopular, MPB II e Tupi. Além das 130 obras inéditas, o artista gravou duas faixas bônus (homenageando Walter Franco e André Abujamra), canções que integram os CDs de MPB I e MPB II. Participam do projeto dezenas de artistas, dentre eles Seu Jorge, Raimundo Sodré, Paulinho Caldas, Andréa Caldas, Sandra de Sá, Saulo Fernandes, Zeca Baleiro, Armandinho Macedo, André Macedo, Peu Meurray, André T, Rex, Ferreti, Mike Caldas, Claudinho Guimarães, Zelito e Eugênio.

Crônica da semana


O patrocinador

Sérgio Aranha faz um misto de filósofo e gozador. É do tipo que não leva a vida, deixa que ela o leve. Vai tocando seus dias sem muita pressa, sem reclamar, e curtindo o que ela tem de melhor. Entre um gole e outro, numa mesa de bar, diverte os amigos com suas observações espirituosas. Quando eu editava o jornal Sempre Livre, ele era um colaborador regular, seja dando sugestões de matérias e, às vezes, ele mesmo escrevendo alguma coisa engraçada.
Certo dia, alguém discutia religião no Bar do Vital, seu ponto favorito, e quando lhe questionaram sobre alguma coisa sobre religião, ele disse que não sabia não, e que ainda não tinha lido a Bíblia Sagrada porque tinha preguiça. E arrematou: “No dia que botarem em CD eu leio”. Eu então resolvi pegar no pé dele, argumentando que, por isso não, que já havia no mercado uma coleção de passagens bíblicas, em CD, gravada por Cid Moreira. E completei o argumento, dizendo que também diversos cantores populares já haviam gravado músicas contando histórias da Bíblia, e como exemplo, citei uma música de Renato Russo, onde ele utiliza um trecho da primeira carta de São Paulo aos Coríntios. Aranha rebateu na hora: “Ah, São Paulo e Corinthians, é clássico, não vale”.
Apreciador de uma cerveja, todo final de semana a farra é certa (atualmente ele tá pegando leve). E numa festa realizada na praça da Kalilândia, onde ele mora, tomou todas e mais algumas. Lá pela boca da noite, ele estava andando pelo meio do povo perdido, parecendo um zumbi. De repente surgiu na sua frente Verme Nando, também habitante da Kalilândia, parceiro de farra de Aranha. Quando avistou o amigo, gritou:
- Rapaz, você aqui. Eu estava justamente procurando algum amigo para me informar onde é que se pega um ônibus para Feira de Santana.
Verme Nando retrucou, com voz pastosa:
- Eu ia lhe perguntar a mesma coisa.
Uma das melhores “tiradas” de Sérgio Aranha foi sobre um destes sujeitos que se acham irresistíveis com as mulheres, dos quais elas se aproveitam pra fazer com que gastem com elas, seja comprando presentes, fazendo farras e coisas assim. É o tipo de sujeito que os homens chamam de “Gastão”, e as mulheres de “Gastoso”. O famoso “Trem Pagador”.
Estávamos, eu e Aranha, sentados numa mesa do Bar do Vital quando foi encostando ao meio fio um carro cheio de umas meninas conhecidas nossas, tendo ao volante um sujeito que a gente não conhecia. Quando o cara foi parando o carro, as meninas se assanharam todas pro nosso lado. O cara percebeu que ele tava dando uma de “Queirós” (trazendo mulher pra nós), e sem desligar o carro avançou, levando as meninas consigo.
Eu então perguntei: Quem é aquele cara, Aranha?
Resumindo tudo numa frase de duplo sentido, e aludindo a um dos vultos históricos do Brasil, ele respondeu displicentemente:
- José do Patrocínio.
Assim é Aranha, não se exaspera com nada. Tudo com ele é na calma, na gozação. Certo dia estava ele jogando dominó com alguns amigos no Boteco do Vital, quando sua mulher desceu do táxi e já foi logo gritando:
- Aranha! O gás acabou!
Sem tirar os olhos das pedras do jogo, ele falou pro dono do bar:
- Vital. Sirva um botijão de gás para aquela senhora ali.
Sem entender nada, Vital Respondeu:
- Mas, Aranha, aqui não tem botijão de gás para vender.
Aranha não se fez de rogado. Ainda sem tirar os olhos do jogo, retrucou:
- Então informe àquela senhora que ela veio comprar gás no lugar erra

Governador diz não ter como reconstruir ponte em Coração de Maria

Em entrevista coletiva concedida durante um jantar com a imprensa de Feira de Santana, o governador Jaques Wagner usou de sinceridade para dizer que o Estado não dispõe de recursos para recuperar a ponte entre Feira de Santana e Coração de Maria, onde, aconteceu um acidente com um micro- ônibus que tirou a vida de oito pessoas. A estrada também não será recuperada.
O governador ainda ironizou a ação dos moradores que destruíram um trecho da ponte, a golpe de marretas, e exigindo solução para o problema. “Boa ou ruim, muita gente utilizava estrada e passava pela ponte, fosse á pé, a cavalo, moto ou bicicleta. Eles destruíram um patrimônio deles”, disse o governador.
Durante a entrevista foram levantados diversos questionamentos sobre os mais diversos assuntos, mas o que mais chamou a atenção foi a posição do governador diante do crescimento da violência no estado, notadamente em Salvador e Feira de Santana. O governador simplificou a resposta, dizendo que “é difícil de resolver”.
A alegação do governador para não resolver problemas urgentes é de que o Estado perdeu R$ 500 milhões em arrecadação. Contudo, revelou que está tomando empréstimo deste mesmo valor para poder cumprir com as metas do governo.

Um festival de candidatos e outras especulações políticas



O prefeito Tarcízio Pimenta afirmou categoricamente que não está pensando em reformulação do seu secretariado nem em candidaturas de deputados para o ano que vem. A afirmação foi feita ontem ao radialista Dilton Coutinho, em entrevista ao vivo. O entrevistador questionou o prefeito, entre outras coisas, sobre a candidatura da primeira dama, Graça Pimenta, a deputada estadual.
Em meio às muitas especulações políticas e boatos, plantados até por supostos aliados do prefeito, está a disposição da primeira dama, que é enfermeira, em ocupar a Secretaria Municipal de Saúde, para a qual já existe um titular. As especulações levaram aos boatos de que, para evitar constrangimentos, o prefeito teria aceitado a candidatura da esposa, o que desagradaria outros correligionários.
Em meio ao tiroteio, surgiram supostos pré-candidatos afirmando ter recebido apoios de proeminentes políticos locais, aumentando assim a pressão sobre o prefeito. Por sua vez, candidatos a cargos no atual governo, saíram atirando contra pessoas do primeiro e segundo escalão, questionando a competência destes e enaltecendo suas próprias qualidades. Numa vã tentativa de por fim ao tiroteio, o prefeito afirmou que só está pensando em governar a cidade, e que as decisões políticas para as eleições do ano que vem estão sendo costurados por lideranças do seu partido, o Democratas, (leia-se Paulo Souto e José Ronaldo) e saíram naturalmente, no seu devido tempo.
Apesar dos esforços do prefeito para manter a calma e o bom senso em meio a tanta pressão, o tiroteio especulativo deve continuar, pois existe muita gente se sentindo apta a ocupar um cargo no atual governo, e que foi preterida em favor de pessoas menos competentes. Enquanto isso, os candidatos surgem aos borbotões, com todo mundo sentindo-se já eleitos.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Coluna




Zangou
Na quarta-feira passada (22) o âncora do programa “O Dia”, da Rádio Subaé, Agnaldo Santos, perdeu as estribeiras e criticou duramente o governo Jaques Wagner pela “engonmação” com que tem tratado os assuntos relacionados ao Hospital Dom Pedro de Alcântara. “Reúnem, conversam, conversam, prometem, prometem e não resolvem nada”, declarou irritado o apresentador do programa.

Procon
O juiz Walter Júnior entendeu como “exagerada” a atitude do diretor do PROCON, Magno Felzemburg, em determinar o fechamento das Lojas Americanas por 48 horas, em Feira de Santana. A ação do PROCON foi por conta da direção da loja não querer resolver o caso de um consumidor que foi lesado na compra de um aparelho telefônico celular. O juiz pode até estar certo, mas já passou da hora de se fazer estes grandes empresários entenderem que não podem chegar a Feira de Santana, e, por ser uma cidade do interior, fazerem o que bem querem e entendem. Aliás, já teve diretor de Shopping dizendo que “não é qualquer vereadorzinho que vai determinar o nosso horário de funcionamento”. Isso sim, um exagero.

Radialistas
O sindicato dos Radialistas de Feira de Santana, sob a presidência de Walter Vieira, começou um movimento de combate à exploração praticada pelas emissoras do grupo Lomes, Eldorado FM e Antares FM, esta última retransmitindo a programação da Jovem Pan. Segundo o Sindicato, as emissoras burlam as leis trabalhistas e praticam “trabalho escravo”, quando pagam por apenas uma função, mas, obrigam seus funcionários a exercerem duas funções. Com a palavra, a Sub Delegacia Regional do Trabalho.

Sarney
Já passa dos limites do cinismo a permanência de José Sarney na presidência do Senado. O último escândalo, mostrado em rede nacional de TV, mostra o “ato secreto” que nomeou o namorado da sua neta para um cargo na Casa. Aliás, “Casa” esta que ele e o filho tratam como a própria casa no Maranhão, a Capitania Hereditária dos Sarney.

O "Quinto dos Infernos"
No Brasil Colônia pagava-se um alto tributo a Portugal. Esse tributo incidia sobre tudo o que fosse produzido no país e correspondia a 20%, ou seja, 1/5 da produção. Essa taxação altíssima e absurda era chamada de "O Quinto". Esse imposto recaía principalmente sobre a produção de ouro. O
"Quinto" era tão odiado pelos brasileiros, que foi apelidado de "O Quinto dos Infernos". A carga tributária brasileira deverá chegar ao final deste ano a 38% ou praticamente 2/5 (dois quintos) da produção. Ou seja, a carga tributária que nos aflige é praticamente o dobro daquela exigida por Portugal à época da Inconfidência Mineira, o que significa que pagamos hoje literalmente "dois quintos dos infernos" em impostos. E pensar que Tiradentes foi enforcado porque se insurgiu contra a metade dos impostos que pagamos atualmente!

Esqueceram de mim
Em reunião que envolveu Dr. Jorge Solla, Tarcízio Pimenta, Outran Borges e João Carlos Cavalcante, ficou decidido que alguns setores do Instituto de Cardiologia do Nordeste da Bahia (ICNB), como a Hemodinâmica, receberá uma verba provisória de R$ 100 mil para realizar alguns procedimentos pelo SUS. Em contrapartida, o Instituto vai construir um Centro Cirúrgico (atualmente utiliza o do HDPA). Sabedor da notícia, o deputado Zé Neto começou a botar falação, tentando fazer do fato um palanque político, divulgando data e local para a assinatura do convênio. Porém, houve algum contratempo, e o ato foi adiado. Mas esqueceram de avisar ao deputado, que quando viu que a lona do circo que ele estava armando tinha furado, foi para o rádio botar falação e distorcer os fatos. O pior é que teve gente da Imprensa engolindo o anzol sem verificar a veracidade dos fatos.

Sala de Imprensa
A Secom montou no Ceaf uma Sala de Imprensa que vai ser inaugurada nesta sexta-feira, às 16 horas. O local é destinado a entrevistas coletivas e reuniões do governo municipal com a Imprensa, vai receber o nome do jornalista Arnold Ferreira da Silva, que foi Prefeito de Feira de Santana por duas vezes, deputado constituinte, e é um dos fundadores do jornal Folha do Norte. Justa homenagem.

Noel Rosa I
Está pronto o CD que a cantora feirense Célia Zain irá lançar em breves dias, contendo dez músicas da obra de Noel Rosa. Célia canta acompanhada ao piano pelo músico Tito Pereira, que recentemente esteve em turnê pela Itália, acompanhando Dionorina. Que eu me lembre, no Brasil, apenas Benito de Paula ousou tocar samba ao piano, e recebeu por isso protestos de Paulinho da Viola, que considerou o fato uma heresia, mas, depois, deu a mão à palmatória. Zain garante que, com o tempero brasileiro, o samba no piano fica muito bom. É esperar para ouvir.

Noel Rosa II
Primeiro filho de seu Manoel e dona Marta de Medeiros Rosa, Noel nasceu em 11 de dezembro de 1910, no Rio de Janeiro, RJ, em parto difícil. Para não perderem mãe e filho, os médicos usaram fórceps para ajudar, o que acabou causando-lhe a lesão no queixo, que o acompanhou por toda a vida. Franzino, Noel aprendeu a tocar bandolim com sua mãe. Era quando se sentia mais importante, lá no Colégio São Bento. Sentava-se para tocar, e todos os meninos e meninas paravam para ouvi-lo extasiados. Com o tempo, adotou o instrumento que seu pai tocava, o violão. Noel compôs sambas fantásticos, como “Feitiço da Vila”, “Com que Roupa?”, “Último Desejo” e “Palpite Infeliz”. Noel morreu no Rio de Janeiro, em 04 de maio de 1937, aos 26 anos, vitimado por tuberculose. Sempre livre também é cultura. Rê, rê, rê...

Carol no Faustão
Recebemos este e-mail e estamos divulgando para que todos, especialmente os feirenses, ajudem nossa conterrânea. “Graças à participação de todos vocês que votaram no Samba de Maria na Garagem do Faustão a música foi escolhida para o Duelo da garagem do Faustão, e mais uma vez vamos precisar da ajuda de todos nesta votação importante.
A votação será até terça-feira, dia 28 de julho. Então, vamos votar!!!
Para votar clique no link abaixo, e aparecerão 2 vídeos e a frase “CLIQUE AQUI E VOTE NO SEU SAMBA FAVORITO”. Clique e siga as coordenadas. Lembrando que pode votar e assistir quantas vezes quiser e puder, mas é só até dia 28 de julho!!!
http://tvglobo.domingaodofaustao.globo.com/garagemdofaustao/duelo-da-garagem-2
Divulguem para os amigos. Vamos espalhar galera!! Valeu!!!!
Mais uma vez agradecemos de coração a todos!!!!!!!
Carol Pereyr e Márcio Pazin

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Por hoje é só que agora eu vou ali ouvir um disco de Noel Rosa

Eu quero ir morar na Bahia


Eu quero saber onde fica esta Bahia que o governo do Estado anuncia nos meios de comunicação. Essa Bahia que tem boas escolas, com professores qualificados e bem pagos; a Bahia onde as estradas estão bem pavimentadas e conservadas; onde o homem do campo tem infra estrutura mínima necessária para produzir e viver com dignidade e respeito; onde a Justiça garante os direitos do cidadão e a Polícia a sua segurança; onde a população vive em suas casas próprias, com ruas pavimentadas, energia elétrica e água de qualidade. Enfim, é nessa Bahia que eu quero viver.
Ainda esta semana ouvi no rádio um apresentador perdendo as estribeiras com tanta propaganda enganosa. Não o censuro. Eu também não agüento mais ser enganado. Ouvi também o secretário estadual de Saúde dizer que vai solucionar todos os problemas do Hospital Dom Pedro de Alcântara (HDPA), através de um convênio com a Santa Casa de Misericórdia, no valor próximo a R$ 100 mil.
A verdade (e podem verificar junto a quem de direito) é que o HDPA precisa do credenciamento junto ao Sistema Único de Saúde (SUS) da sua unidade de Cardiologia. Mas o secretário condiciona isto à abertura da emergência do Hospital, que hoje funciona de forma ambulatorial. E para abrir a emergência, do jeito que o secretário quer, são necessários, no mínimo, R$ 800 mil a um milhão de Reais, por mês. Ademais, a portaria do Ministério da Saúde, que traz os requisitos para o credenciamento, portaria esta baixada pelo próprio Dr. Solla, quando secretário de atenção à Saúde, no Ministério, exige que o setor de Cardiologia tenha uma emergência, e esta, a unidade do HDPA tem.
Estamos novamente às voltas com greves de professores e policiais. O pequeno trecho que liga Feira de Santana a Salvador, porta de entrada da Capital, para quem trafega em veículos, está quase intransitável, e os acidentes acontecem a toda hora, ceifando vidas. Esta semana, oito pessoas morreram na estrada para Coração de Maria, quando o motorista de ônibus perdeu a direção nos buracos da pista e acabou caindo de uma ponte velha, estreita e mal conservada.
A obra do Hospital da Criança, que o governador prometeu em campanha, há quase três anos, e lançou pedra fundamental com festa e foguetes, caminha a passos de tartaruga. A obra do Centro de Convenções está paralisada. A lentidão do governo em tomar decisões, é a mesma que toma conta das suas iniciativas, das suas ações.
Eu não tenho mais esperanças de que essa Bahia que o governo propaga exista ou que venha a existir. Você caro leitor, também deve estar. Mas, não se preocupe. As eleições vêm aí. No próximo ano o governo vai tentar fazer, às pressas, tudo que deveria ter feito em três anos e não fez.

Crônica da semana




Estórias de uma cirurgia

Como eu falei antes, eu nasci com um defeito de fabricação, uma estenose pulmonar. É o que o povo chama de “sopro no coração”, um estreitamento da válvula mitral que faz com que o sangue passe apertado. Assim, o coração em vez de bater (bombear o sangue) ele sopra, esguicha o sangue.
Além desse defeito, eu tive a sorte de, ainda criança, ter todas as doenças infantis que as crianças da minha época tinham. Sarampo, catapora, papeira, e tudo mais que eu tinha direito, além de asma, é claro. O médico pediatra da família, Dr. Félix Santana, um mulato boa praça vindo lá do Sul da Bahia, disse que se eu passasse dos cinco anos, sobreviveria.
Sobrevivi. Mas aos 14 anos contrai uma nefrite. Uma doença nos rins para a qual não havia remédios na época. O único tratamento, segundo o médico, era regime alimentar e repouso absoluto. Não podia me levantar nem para tomar banho. E assim, eu passei seis meses numa cama, comendo arroz branco sem sal, carne grelhada e frutas. Nada com um mínimo de gordura era permitido.
Vocês podem imaginar no espantalho em que me tornei. Eu já era franzino, pesava 54 quilos e criava cabelo. Quando eu sarei e meu irmão me levou para cortar o cabelo, antes passou pela loja dele. O gerente, Fernando Peixoto, com quem eu havia trabalhado por quase dois anos, não me reconheceu, e perguntou: “Aquele é Cristóvam”?
O bom foi que, a partir daí, minha saúde se fortaleceu e nunca mais eu tive sequer uma dor de cabeça. A asma já havia sido curada, graças a ingestão de centenas de garrafinhas de Emulsão Glicerofosfatada de Pequi”, fórmula obtida do Pequi, essa santa fruta dos nossos sertões. O sabor era horroroso, nenhuma criança normal gostava daquilo. Mas eu nunca fui uma criança normal, e tomava o remédio e ainda lambia a colher.
Mas, permanecia a estenose. O médico me proibiu de caçar. Jogar futebol nem pensar. Aliás, ele não queria nem que eu assistisse aos jogos, pois não podia ter emoções fortes. Eu, é claro, desobedeci solenemente as instruções. Caçava, jogava bola, ia aos jogos e, pior ainda, aos 13 anos havia começado a fumar e f.. . É, eu fui uma criança precoce.
E por aí foi a vida, virei atleta, praticando judô e jogando futebol de salão três vezes por semana, e ainda achava tempo para jogar futebol de campo aos domingos. Nas caçadas eu andava dezenas de quilômetros por dia com um mínimo de cansaço. Mas, quando foi um dia, casei. Vieram os filhos. E agora? Dr. Mário Sergio queria que eu fizesse logo a cirurgia do coração. “quanto mais velho você fica, mais lenta será a recuperação. Eu estava com 24 anos.
Disse a ele que, não tinha medo de morrer, mas queria curtir um pouco mais os meus dois filhos. Aos 25 anos dei entrada no Hospital Santa Isabel para resolver de um vez o problema do sopro. Como já disse, nada comigo é normal, e uma cirurgia também não poderia ser.
Por sugestão de Dr. Mário Sergio, já que eu ainda estava providenciando uma papelada do INPS, eu entrei no hospital como indigente, para fazer um cateterismo. “É bobagem – dizia ele – você entra num dia e sai no outro”. E assim eu permaneci quase duas semanas na ala de indigentes, sob a alegação de que “a máquina estava quebrada”.
E aí, toda hora chegavam médicos para me examinar. Mas foi só até eu descobrir que não eram médicos, eram estudantes de medicina. Estavam me fazendo de cobaia. Chutei o pau da barraca e exigi que me deixassem sair. E deixaram, mas não sem antes o médico me ameaçar, dizendo que, se eu saísse, nunca mais voltaria ali. Saí feliz, pois pude conviver com pessoas muito humildes, e descobri como era o ambiente numa ala de indigentes. Aquilo, com certeza, me acrescentou algo de bom.
Dias depois eu voltava, já com a papelada em dia, fiquei numa enfermaria e fiz o cateterismo. Dias depois fui internado para fazer a tal cirurgia. Para garantir a segurança da cirurgia, os médico pediram doações de sangue para o banco do hospital. Eu era doador de sangue, podia doar para todo mundo, mas só podia receber o meu, 0 negativo. A família foi á luta e arranjou doadores. Até apareceu lá no apartamento um rapaz, simpático, delicado, para me conhecer. Queria doar sangue para mim. Eu agradeci muito, mas disse a ele que a cota já estava completa. Eu, hem?
Vieram duas enfermeiras e começaram a depilar o meu corpo (tricotomia – cirurgia também é cultura). Foram tirando todo o pelo do meu corpo e quando chegaram nos países baixos, eu disse pra elas: Não precisa segurar ele não que ele sabe ficar em pé sozinho. A malvada então jogou éter na cabeça do bichinho, que ficou todo murcho, quietinho. Coitado. Depois me vestiram uma camisola. Eu estava pronto para ir para a sala de cirurgia.
Contudo, parecia que eu estava indo para o abatedouro, se fosse observar a fisionomia dos meus familiares. Pipiu Bahia tava com uma cara de dar dó. Tentando quebrar o gelo, eu disse a ele. Não mate as perdizes todas não que eu ainda volto para caçar com você. Pra que. Ele desatou em choro. A emenda foi pior que o soneto. Ou melhor, como ele mesmo diz, a amêndoa foi pior que o sorvete.
E assim lá foi eu para a sala de cirurgia, entre choros e rezas dos meus familiares. Na sala, eu me senti mais á vontade, pois a equipe médica era composta por gente muito legal. E enquanto faziam os preparativos, eu fui conversando com eles, contei algumas piadas, e disse: Olha, vocês já depilaram meu corpo, me vestiram uma camisola, e queriam que eu aceitasse sangue de gay. Aproveitem e liguem as trompas. Acho que eles não gostaram da piada, pois me mandaram cheirar alguma coisa e eu apaguei.
Acordei nu, todo amarrado, cheio de tubos e fios pelo corpo, e na cabeceira, acima da minha cabeça, um painel cheio de luzinhas piscantes que faziam um barulhinho irritante. Deus do céu, não desejo aquilo pra ninguém. Toda hora alguém me perguntava se eu já tinha tossido (era pra fazer o pulmão alargar, já que havia sido comprimido durante a cirurgia). Mas aquilo já estava me chateando, e uma hora perguntei: que diabo de hospital é este que a gente só está bem se estiver tossindo?
Mas, quando eu vi um cara morrer junto de mim, eu me dei conta de que, se não obedecesse direitinho aos mandamentos dos médicos, eu também corria o risco de embarcar depois de ter passado pelo pior. Me tornei o paciente mais disciplinado da UTI.
De volta a enfermaria, eu estava dormindo e, não sei como me de bruços. Quando acordei quis me desvirar e, instintivamente, apoiei a mão na cama e fiz força para levantar. Dei um grito que atraiu todo mundo. Os enfermeiros me colocaram de papo pro ar e me deram um remédio para aliviar a dor. Vocês estão rindo porque não sabem o que é ter o osso do peito serrado e antes de cicatrizar tentar fazer um mínimo esforço. Dói, meus caros, e muito.
Alguns dias mais e eu já estava levantando sozinho, tomando banho e andando pelos corredores, contando piadas para os outros pacientes e tentando levantar o astral de quem estava com medo de cirurgia. Um dia, de madrugada, olhei de lado e minha mulher estava dormindo de mau jeito. Eu já estava ali há cerca de 15 dias. Fui lá e tirei um pedido. No dia seguinte uma médica veio para me dar alta e me dava algumas instruções. Ela disse que, se eu quizesse, já poderia ter “atividade sexual”, poderia ter. Já tive. Disse eu. Ela me chamou de maluco e me mandou embora.

Morrer com dignidade*

Padecer de uma doença terminal ou ter uma doença degenerativa na velhice é muito triste e necessita de uma atenção especial. Vejo constantemente pacientes com câncer em UTIs, em fase terminal. Ou idosos, cujo limite da vida é quase imperceptível, padecerem artificialmente ligados a respiradores, máquina de hemodiálise, sondas enterais para alimentação, cateteres venosos, sonda na bexiga e punções venosas para os mais diversos medicamentos e punções numerosas para retirada de sangue para exames.
Todos sabem que estes pacientes vão morrer no espaço de dois dias a dois meses. Inevitavelmente. Nada lhes resta senão sofrerem distantes dos seus entes queridos, do seu quarto, da sua janela, sem ouvir os cantos dos pássaros. Sós, quase sós, numa unidade de terapia intensiva, fria, quase gelada, para manter em funcionamento os sofisticados e caríssimos equipamentos.
Os médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, e técnicos de enfermagem, não têm tempo para conversas, para acariciá-los, e, principalmente, para fortalecê-los nos momentos mais difíceis da sua vida, a eminência da morte. As visitas têm que ser rápidas, silenciosas e limitadas a poucos parentes ou amigos. As crianças e os animais ficam de fora. É proibido. O controle é quase total. A solidão, o frio e a dor estão presentes o tempo todo.
O custo para bancar esses absurdos varia de três a seis mil reais por dia. Um paciente terminal (sem chance nenhuma de sobrevivência) que passe em média 14 dias resultará num custo de 42.000,00 a 86.000,00 reais. Não estão aí computadas a dor, a solidão e a ignorância. Estes não têm preço em reais. Se houvesse uma conscientização sobre as indicações indevidas de pacientes terminais em UTIs, esse grave problema seria amenizado.
O que fazer então? A construção de hospitais especializados em pacientes terminais seria de grande valia e traria outros benefícios. Nesses hospitais o mais importante seria dar a estes pacientes uma atenção especial, onde a humanização seria o diferencial e profissionais especializados em tanatologia estariam dando treinamento constante à equipe e sendo o elo entre os profissionais, a família e o paciente terminal.
Nos grandes centros especializados em pacientes terminais e crônicos, estudos da neurociência e da psicologia constataram que muitos desses pacientes passaram a viver mais e com melhor qualidade de vida e que vários casos ditos terminais cujos tratamentos oncológicos foram contra indicados por não apresentarem regressão nos tumores, tiveram a regressão total desses tumores ditos terminais.
Cito como um desses grandes centros especializados em atendimentos só a pacientes terminais e sem condições de quimo ou radioterapia, na Califórnia, onde excelentes resultados foram comprovadamente confirmados. Esse centro é comandado pelo ex-radioterapeuta Dr. Carl Simonton.
Todo cidadão tem direito à vida com dignidade assim como, de morrer com respeito e dignidade.

* Dr. Eduardo Leite, médico.

Dionorina volta da Itália e vai lançar novo CD

De volta da Europa, onde participou do 8º Festival Internacional de Teatro de Estrada, realizado de 21 a 28 de maio, em Turim, na Itália, com o show “Dionorina in Concert – De Villa-Lobos a Bob Marley”, o cantor e compositor feirense Dionorina se prepara para novos vôos. Ainda este ano, deverá lançar o novo CD de reggae “Sucesso Nacional”, além de integrar o elenco da Trilogia do Reggae, ao lado de Jorge de Angélica e Gilsam.
A participação de Dionorina no Festival Internacional de Teatro de Estrada foi coroada de êxito, surpreendendo pela performance da banda formada por Tito Pereira (teclados), Sérgio Canhoto (baixo) e Zé das Congas (percussão). “Os meninos foram uma das coisas boas que aconteceram, houve um bom comportamento, uma boa desenvoltura como músicos e como pessoas, foi muito maravilhoso”, confere Dionorina.
A viagem à Itália foi possível graças ao patrocínio da Universidade Estadual de Feira de Santana, por meio do Centro Universitário de Cultura e Arte (Cuca), e o apoio do Ministério da Cultura (Minc). Em 2010, Dionorina pretende dar “um formato diferente” ao show em nova excursão à Europa.
“Tenho vontade de fazer um festival de arte e cidadania aqui em Feira de Santana. O festival de Funchal, em Portugal, é feito para pessoas especiais. Tem muitos festivais na Europa durante os três meses do verão europeu”, revela o artista.

Célia Zain vai lançar CD com músicas de Noel Rosa tocadas ao piano

A cantora feirense Célia Zain, que desde pequena já cantava no coro da Igreja, formou-se em música pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e está para completar 10 anos de carreira cantando MPB. Para comemorar estará lançando, ainda este ano, um CD contendo 10 músicas, 10 clássicos de Noel Rosa. O acontecimento, ainda sem data nem local definidos, terá além dela, o músico Tito Pereira tocando piano.
Ela já tem quatro CDs gravados, Um com sucessos consagrados da MPB, e outro dedicado a Feira de Santana, intitulado “Portal do Sertão”, contendo 10 músicas “cantam” a história da cidade. Tem ainda um acústico e uma ópera negra intitulada “Bahiaiáiá”, que tem sido muito divulgado em Salvador e em outros estados. Mas, o mais procurado de todos é o “Portal do Sertão”, inclusive por escolas municipais.
Funcionária da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), lotada no Centro Universitário de Cultura e Arte (CUCA), Célia Zain trabalha nos cursos e oficinas de música. Ela também atua em produção cultural e musical, além de ajudar a preparar novos talentos.
Desde 1987, quando conheceu o acervo de Noel Rosa, ela acalentava o sonho de gravar algumas das canções do compositor. “Não se fala de Música Popular Brasileira, sem falar de Noel Rosa. Ele só viveu 26 anos, mas foram 26 anos dedicados à música”, diz ela. Noel Rosa aprendeu ainda pequeno, a tocar bandolim com a mãe, e mais tarde viria a se tornar um grande violonista, sambista e grande compositor.
“O acervo de Noel tem 200 músicas, e todas têm muito a ver com as nossas vidas. Agora que se completaram 70 anos que estas músicas foram compostas, estão liberadas para domínio público, por isso posso gravar sem ter que pagar nada a ninguém”, revela Célia.
Segundo ela, a escolha de Tito Pereira para gravar o CD com ela, deve-se ao fato de que Tito é um grande músico e tecladista de técnica apurada. “Eu gosto muito do trabalho dele e levei dez músicas de Noel para ele ensaiar e gravar comigo. Ele topou o desafio e resultado será mostrado em breve”, diz.
Quem está acostumado a ouvir Mozart ou Beethoven ao piano, pode estranhar que alguém se atreva a tocar samba neste instrumento. Mas, segundo Célia Zain, o samba tocado no piano fica muito leve, muito alegre, gostoso de se ouvir. “E com o tempero brasileiro, fica fantástico”, afirma.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Coluna da semana



Festa de Santana

A partir das 20 horas de hoje, na Catedral Metropolitana, começa o novenário dedicado à Padroeira da cidade, Senhora Sant’Ana. Serão nove dias de celebrações culminando com a grande procissão de Santana, no domingo, dia 26. Além das celebrações na Catedral, a festa conta ainda com apresentações de corais e bandas musicais no coreto da Praça Monsenhor Renato Galvão. Também serão montadas barracas para venda de doces, artesanatos, brechós e outros atrativos para os fiéis.

Unacom
Numa prova inequívoca de que só precisava de um pouco de boa vontade dos governantes, a Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacom), depois de quase um ano de inaugurada, bastou receber a visita de técnicos esta semana, constatando que unidade está apta para prestar atendimento de qualidade, para finalmente ser credenciada ao Sistema Único de Saude (SUS). Falta somente ultimar os detalhes para a entrada em funcionamento, o que deve ocorrer após reunião na próxima semana.

Pedágio
Dois postos de pedágio serão instalados na BR-324, no trecho Faira/Salvador. Um à altura de Simões Filho e outro próximo à Amélia Rodrigues. Os motoristas terão que pagar R$ 1,70 em cada posto, totalizando R$ 3,40 para quem fizer o percurso inteiro. Mas eu não ouvi ninguém falar como vai ser para quem viaja de ônibus. Esse valor será incorporado ao valor da passagem?

Pedágio I
Diz a sabedoria popular que pedágios deveriam ser cobrados de acordo com a terminação da placa do veículo. Terminação 1, R$ 1,00; 2, R$ 2,00; e assim sucessivamente. Se você pensa que a terminação 0 estaria isenta, ledo engano. Neste caso você teria que dar o fi-o-fó ao guarda. Rê, rê, rê...

Site
O ex-prefeito José Ronaldo de Carvalho lançou oficialmente na noite de quarta-feira passada (15) o seu site http://joseronaldo.com.br . A página contém um perfil do político, notícias, fotos e entrevistas. O lançamento foi no bar Unique, no bairro Kalilândia. “Neste sábado (18) o prefeito será alvo de homenagens pela passagem do seu aniversário. Haverá um café da manhã no Roque’s Bufet e às 18:30 uma missa em ação de graças na igreja Senhor dos Passos. Daqui desejamos vida longa, com saúde e sabedoria.

Presidente
Durante o lançamento do seu site, na quarta-feira passada, no Unique Café, o ex-prefeito José Ronaldo de Carvalho “elegeu” Rafael Velame “presidente dos blogueiros”. Teve muita gente soltando fogo pelas ventas com a declaração diante de tantos jornalistas, radialistas também blogueiros.

Tragédia anunciada
Caso a secretaria Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) não adote as providências necessárias, acidentes fatais podem ocorrer em frente ao Hospital Dom Pedro de Alcântara (HDPA). O Hospital fica há poucos metros do semáforo no cruzamento com a Avenida Maria Quitéria. Quando os motoristas percebem que o sinal está aberto, aceleram seus veículos, sem respeitar a faixa de pedestres que fica na entrada do Hospital. A direção do Hospital já solicitou diversas vezes a colocação de um quebra-molas no local, mas nunca foi atendida. Talvez, quando morrer alguém, a SMTT resolva tomar essa medida tão simples, porém, eficaz.

Bastinho
O vereador Bastinho da Queimadinha lançou uma revista divulgando suas ações sociais e atuação na Câmara Municipal. Nas fotografias ele aparece ao lado do deputado Fernando Torres, do prefeito Tarcízio Pimenta e do ex-prefeito José Ronaldo, além de outras lideranças e, como é do seu feitio, cercado de amigos. Na capa, o seu lema de campanha: “Sebastião faz, Sebastião vai continuar fazendo”. O vereador também usa a internet para divulgação do seu trabalho através do endereço www.blogdobastinho.blogspot.com . O e-mail é [email protected] . O seu assessor de comunicação é o radialista Jorge Teles.

Ignorância
Na festa de aniversário do prefeito Tarcízio Pimenta diversos cantores e grupos musicais estiveram se apresentando. Contudo, o som muito alto não permitia que as pessoas pudessem conversar. Em eventos ou festas de aniversário e casamento, o som deve ficar num volume que permita que as pessoas conversem. É o chamado som ambiente. Ignorância e mau gosto dos operadores do som. Vão acabar surdos.

Niver
Dentre as personalidades que fazem aniversário neste mês está nosso colega Fábio Lima (Barbosa) assessor do vereador Getulio Barbosa, que soprou as velinhas na quinta-feira (16). Nosso colega e amigo Anchieta Neri (ex-secretário de Comunicação) que vai comemorar no dia 21. Daqui as nossas felicitações.

Procon
Já que os sindicatos, associações e outras entidades não tomam providências, o PROCON toma. Chega da exploração e roubalheira que grandes lojas, bancos e supermercados tentam impor ao consumidor feirense. Escreveu não leu, o PROCON vai lá e notifica, multa ou fecha. Só assim esses caras vão entender que consumidor não é otário e funcionário tem direitos. Dá-lhe Magno Felzemburg!

Philosopher
Torne-se um homem honesto e, então, você poderá estar certo de que há menos um patife no mundo. (Carlyle)
Não basta ser honrado; é preciso mostrar que o é.


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Por hoje é só que agora eu vou ali participar do início da Festa de Santana

Artigo da Semana


Unir o sagrado ao profano. Por que não?

Eu vejo com bons olhos a volta do Bando Anunciador da Festa de Santana, que este ano teve a sua terceira edição, desde que foi resgatado pela Universidade Estadual de Feira de Santana. Não apenas porque sou festeiro por natureza, mas também porque entendo que nossas tradições mais legítimas não devem se perder.
Eu tenho sugerido ao Arcebispo Dom Itamar Vian, e ao Pároco da Catedral, padre Pedro Junior, para que aproximem a igreja da UEFS e dêem ao Bando o seu sentido primordial que é anunciar a proximidade da Festa de Santana. Para tanto, sugiro que envolvam as comunidades, entregando às pessoas que desejam participar do Bando, um folheto contendo toda a programação da Festa. No percurso entre suas casas e o Centro Universitário de Cultura e Arte, local de concentração do Bando para o desfile, distribuam a programação a quantos encontrarem pelo caminho e colocando também nas caixas postais das residências.
Tanto D. Itamar quanto o padre Pedro Júnior, são favoráveis à idéia, mas argumentaram que não houve tempo para mobilizarem as paróquias. Sei que eles têm coisas mais sérias para fazer, e talvez por isso até se esqueçam de tomar tal iniciativa. Sugiro então à UEFS, nas pessoas do reitor José Carlos Barreto e da diretora do Cuca, Selma Oliveira, que no próximo ano busquem contato com a igreja para tentar envolver as comunidades cristãs a participarem do Bando Anunciador.
Alguns grupos organizados já partem dos Olhos D’água e da Rua Nova, por exemplo. Ficaria muito mais interessante se a igreja incentivar outros grupos a partirem dos bairros para engrossar as fileiras dos anunciadores da Festa da Padroeira Senhora Santana. Sei que alguns religiosos vão torcer o nariz para esta idéia. Mas, estas são pessoas que não têm alegria de viver e acham que qualquer manifestação festiva é “coisa do demônio”.
No Bando Anunciador deste ano lá estavam médicos, professores, advogados, empresários, artistas, políticos, jornalistas, garis, mendigos, prostitutas, donas de casa, bêbados, velhos, jovens, crianças, negros, brancos, homens e mulheres, mães com seus bebês no colo, enfim, todo tipo de gente, brincando, cantando, vivendo, participando, bebendo ou não, sem violência, todos empenhados apenas em celebrar a vida e promover a fraternidade entre as pessoas.
Então, por que não levar também a mensagem da Festa de Santana? Esse é o objetivo do Bando Anunciador. Sempre foi e deve voltar a ser. Quero registrar aqui o gesto simpático do Pároco que, pelo segundo ano consecutivo, veio receber o Bando na porta da igreja, abraçando o reitor e o prefeito Tarcízio Pimenta, ambos devidamente borrados de carvão pelo bloco dos sujos. Padre Pedro também não escapou.

Crônica da semana


Armando Surdo

Não conheci este personagem, mas por tudo que Ideilton Paim já me contou dele, vale a pena registrar suas estórias, para que não se perca no tempo, até mesmo porque ele já faleceu. Segundo Ideilton, Armando Surdo vivia em Praia do Forte, litoral Norte da Grande Salvador. Por ser surdo, não falava direito. Cerveja era “Pêpa”, freeser era “Fanta”, meu amigo era “moncapiu” e por aí afora.
Certa vez ele chegou no bar do amigo Clemente, a quem ele chamava de “Carapeça”, e começou a tomar umas e outras. Lá pelas tantas, ele já embriagado e enchendo o saco de todo mundo, Clemente resolveu que não iria mais vender cervejas para ele naquele dia. Quando ele pediu: “Carapeça! Me dê uma pêpa”. Clemente disse que a cerveja havia terminado. Armando Surdo não se deu por vencido e falou: “Abra aí a Fanta pra eu vê”.
Também lá em Praia do Forte havia (ou ainda há) um cidadão apelidado de “Dadinho”, que era (ou ainda é) vereador do Município. Armando chegou montado num cavalo, amarrou o animal onde havia uma sombra. Mas, isso foi pela manhã, e à tarde batia um sol forte no local. Armando saiu pelos bares tomando todas as “pêpas” que tinha e que não tinha direito e, quando resolveu ir embora, não lembrava onde deixara o cavalo.
Quando estava procurando, encontrou Dadinho bebendo com alguns amigos à sombra de uma árvore na praça. Armando foi chegando e dizendo:
- Tatinho! Robaram meu carralo.
- Que bobagem é essa, Armando. Quem é que vai roubar um cavalo aqui?
- Robaram sim. E focê tem que dar conta.
- Por que eu, Armando? O que tenho a ver com isso?
- Focê é fereador. Você tem que dá conta!
- Era só o que me faltava. Ô menino! Vai procurar por aí o cavalo de Armando!
Pouco depois o rapaz chegou, arrastando o cavalo que estava com um palmo de língua do lado de fora, morrendo de sede, devido ao sol escaldante. Dadinho então disse:
- Tá vendo aí, Armando. Ninguém roubou seu cavalo.
- Devolveram. Ficaram com medo, porque sabem que focê é moncapiu (amigo).
Mas o pior aconteceu quando ele pediu a Ideilton para arranjar um advogado para providenciar a sua aposentadoria.
- Paim! Focê é capiu daquele político que é advogado. Me apresente a ele, pra ver se ele resolve o meu caso.
Paim, cauteloso, disse:
- Armando, eu posso lhe apresentar a Dr. Higino. Mas, você mesmo conversa com ele. Eu não quero pedir nada para não me comprometer.
E assim foi feito. Quando chegou o dia acertado, lá se foi Paim com Armando para a casa do político. Chegando lá, a casa, como sempre acontece, logo cedo já estava cheia de gente. Dr. Higino estava sentado em seu gabinete, atendendo aos seus eleitores. E antes que Paim dissesse qualquer coisa, Armando se adiantou e, para espanto geral de todos, quase gritando, falou para o doutor:
- Ô Tico! Me abocenta!

sábado, 11 de julho de 2009

Coluna



Novos Diáconos


Acontecerá no dia 1º de agosto de 2009, às 16 horas, na Catedral Metropolitana de Sant’ Ana, Missa Solene de ordenação diaconal de Marcilio Bispo Filho, João Carlos Ferreira de Souza, Adilson Lima dos Santos (Tatai), João Antonio Barros e Carlos Branco Cerqueira. Participe deste importante acontecimento da Arquidiocese de Feira.

Expofeira
A Exposição Agropecuária de Feira de Santana (Expofeira), que este ano ocorre de 06 a 13 de setembro, caminha para a terceirização. A fórmula já foi testada no passado, sem êxito, mas no modo em que se apresenta agora pode ser a solução que os expositores desejavam há muito tempo. Da forma como tem sido realizada a Expofeira desagrada a todos, principalmente aos criadores, para quem o evento é voltado, que ficam sempre em segundo plano, pois os holofotes são todos para os shows musicais. Até parece que o alvo principal do evento são as bandas de música, e não os animais expostos, razão da Feira existir. Se os shows forem levados para fora da área onde ficam os animais, juntamente com as barracas de bebidas e comidas típicas, todo mundo vai ficar feliz.

Couro cru?
O governador Jaques Wagner, no seu programa “Conversa com o Governador”, disse que se emocionou na cidade de Curaçá ao ver aqueles velhos vaqueiros vestidos com suas indumentárias “de couro cru”. Já pensou? Vaqueiro que vestir couro cru vai tomar banho três vezes ao dia, durante um ano e não vai conseguir tirar a fedentina. Também, quem mandou elegerem um carioca para dirigir um estado nordestino?

Secretaria
Eu já disse que essa tal de “secretaria de Combate à Violência, que o prefeito Tarcízio Pimenta está criando, não passa de um cabide de emprego. Não vai resolver nada. E o que é pior, tudo indica que será nomeado secretário um homem que vem se promovendo às custas dos inocentes úteis, falando de paz. Quando quiserem combater e violência de verdade, me avisem. Eu tenho boas sugestões. Aliás, os governantes sabem a fórmula, só não querem e não têm interesse em aplicá-la.

Ganância
Abrir lojas aos domingos, dia dedicado ao descanso e lazer das pessoas, já é uma demonstração de ganância. Quando este domingo é o dia da padroeira da cidade, Senhora Sant’Ana, feriado municipal, o que dizer? A desculpa dos diretores do Shopping Boulevard, de que prejudicará as vendas para o Dia dos Pais é esfarrapada. Ponto para José Carlos Moraes Lima, feirense, diretor do Sindicato do Comércio, que é contra a heresia. Quem quer comprar sempre consegue um tempinho. Além do mais, o Dia dos Pais será no dia 09 de agosto, quinze dias depois do dia da padroeira. Menos, senhores, menos!

Bando Anunciador
Será neste domingo (12) a terceira edição do Bando Anunciador da Festa de Santana, padroeira da cidade, promovido pelo Centro Universitário de Cultura e Arte (Cuca). Reunindo mascarados, baianas com suas indumentárias típicas, e um grande número de populares o bando, ao som de zabumbas e do espocar de fogos de artifício, sairá às 7 horas da manhã do Cuca. Percorrerá a rua Conselheiro Franco (antiga rua Direita), passando pela Igreja dos Remédios, praça Fróes da Mota, retornando pela rua Conselheiro Franco, praça da Bandeira rua Marechal Deodoro, Beco do Mocó, praça da Matriz, encerrando o cortejo no Cuca.(veja fotos do ano passado em matéria abaixo)

Tem bububu no bobobo
O deputado Zé Neto disse que a parceria da Prefeitura Municipal de Feira com o Governo da Bahia não vai ficar restrita à cooperação para solidificar a alta complexidade médica no Hospital Dom Pedro de Alcântara. Segundo ele, Tarcízio mostra-se disposto a mandar mapear os terrenos públicos que podem ser utilizados para a construção de escolas por parte do governo do Estado.

Mudanças na Secom
Sai João Batista entra Fabrício Almeida na direção de jornalismo da Secom. Reforma administrativa em seis meses?

Parabéns
Queremos parabenizar nosso colega Dimas Oliveira pela passagem do seu aniversário nesta sexta-feira. Plagiando Reginaldo Tracajá, esta coluna não é social, mas, já que estamos aqui vamos aproveitar e mandar logo os parabéns também para o prefeito Tarcizio Pimenta que vai comemorar data natalícia, em grande estilo, na terça-feira (14). A família do alcaide está convidando para alvorada as 6:25 da matina, em frente a Catedral de Sant’Ana, seguida de missa as 7 e café da manhã às 8 no Roque’s Bufet. Parabéns e que Deus o ilumine para administrar bem nossa Princesa, e afaste os urubus.
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Por hoje é só que agora eu vou ali preparar minha fantasia para ir para o Bando Anunciador da festa da padroeira Senhora Santa’Ana

Um sincretismo amplo, geral e irrestrito





Como os seguidores de Jesus, mendigos, bêbados, prostitutas, desvalidos em geral, mas também guerreiros, comerciantes, políticos, religiosos, gente de toda posição social. Assim eram os participantes do Bando Anunciador da Festa de Santana. Quando os fiéis saiam de suas casas, nas últimas horas da madrugada, encontravam pelo caminho pessoas que voltavam de festas, de bares, de cabarés. Notívagos que, em geral, integravam-se ao desfile, menos por fé e mais por farra, para anunciar a proximidade da festa da Padroeira.
Numa pequena cidade, no interior da Bahia (assim como Belém), pessoas saíam às ruas, em festa, para anunciar um evento de fé e religiosidade. Aquele clima de alegria estimulava a confraternização entre as pessoas, independente de posição social, raça ou credo. Homens, mulheres e crianças, cantando, se abraçando e comemorando, num clima de paz, gentileza e cordialidade.
Essa legítima manifestação popular foi perdendo força através dos anos, por diversas razões, entre elas o individualismo, o preconceito e a violência que campeiam nos dias atuais, até desaparecer completamente. E por muitos anos ficou inerte, latente, esperando ser resgatada. Bem fez a UEFS em resgatar esta tradição, reunindo novamente o Bando Anunciador. Em novo formato, mas nem por isso menos bonito, popular e fraternal.
Neste domingo temos uma excelente oportunidade de mostrarmos ao mundo que a alegria, a fé, a fraternidade e a paz, ainda são possíveis. Basta que cada um tenha Deus dentro do coração.
Venham todos! Afinal, disse Jesus: “Onde duas ou mais pessoas estiverem reunidas em meu nome, eu aí estarei”.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Crônica da semana


Refeições em família

Ouço a notícia de que estudos comprovam que as refeições feitas em família reduziram em mais 60% em todo o Brasil. Todo mundo prefere fazer suas refeições em frente a um aparelho de TV, pois acham melhor assistir ao jornal ou a novela, do que sentar à mesa com seus familiares e ter aquela conversa saudável sobre o dia a dia de cada um.
Eu sou do tempo em que as famílias faziam as refeições reunidas em volta de uma mesa, e, confesso, não conservei o hábito. O corre-corre dos tempos modernos levou-nos a perder este salutar e agradável costume. Essa coisa de imitar os costumes de outros povos nos levou ao “Fast Food”. O negócio é comer rápido, engolir a refeição, nem sempre sadia, para ganhar tempo, pois “tempo é dinheiro”.
Mas, na Europa, as empresas já estão deixando que seus funcionários almocem em casa, pois entenderam os empresários que, almoçando com suas famílias, eles voltam para o trabalho mais satisfeitos e produzem mais. Além disso, adoecem menos. A moda lá agora é “Slow Food”, comer lentamente.
Eu me lembro da minha família reunida à mesa, no café da manhã, no almoço ou no jantar, eram sempre momentos especiais. Conversávamos, contávamos estórias, fazíamos planos e até lavávamos a “roupa suja”. Tudo num ambiente saudável, cordial e fraterno. Minha mãe tinha uma sensibilidade tal que bastava alguém mudar a pisada, o modo de falar ou o olhar, que ela já sabia se havia alguma coisa errada. Aquilo tudo era muito bom.
E havia alguns momentos muito divertidos. Meu pai, comerciante antigo, vivia a contar estórias, através das quais ele nos passava algumas lições de vida. Lembro que certa vez, informado com meus dois irmãos que teimavam em só abrir a loja às 09 horas, ele contou a seguinte estória:
“Era uma vez um menino muito esperto e trabalhador, que acordava bem cedo para trabalhar. Todos os dias ele saía cedinho de casa e ia trabalhar no armazém do patrão. Certo dia, a caminho do trabalho, achou uma carteira cheia de dinheiro. Como era muito honesto, levou e entregou ao patrão, que lhe disse:
-Vou deixar aqui no cofre. Se dentro de 30 dias o dono não aparecer, o dinheiro é seu.
E assim foi que se passaram os 30 dias e o dono da carteira não apareceu. O patrão então entregou o dinheiro ao menino. Com esse dinheiro o menino comprou algumas cabeças de gado, fez uma horta, e começou a ganhar dinheiro. Como era muito esperto e trabalhador, mais tarde se tornou sócio do patrão, e ficou rico. Tudo isso porque ele levantava muito cedo para trabalhar”.
Quando ele terminou de falar, um dos meus irmãos disse:
- Meu pai. Mais cedo do que esse menino acordou quem perdeu a carteira. Deixa continuar abrindo a minha loja às nove horas que é melhor.
O velho virou o rosto e sorriu com o canto da boca, como quem pensava consigo mesmo: “É. Não tem jeito não”.

Artigo da Semana


Cada um sabe onde o sapato lhe aperta
(ou, cada qual no seu canto, sofre seu tanto)

Pelé já disse muita besteira (ele é Pelé, pode dizer o que quiser), mas uma coisa ele disse que eu assino em baixo: “Se quiserem me fazer alguma homenagem, me façam em vida. Depois de morto, não quero”. Eu estou dizendo isso por conta das “comemorações” após a morte de Michael Jackson. Em momentos como este a hipocrisia humana se manifesta com toda a sua pujança.
Muita gente agora diz que sabia do sofrimento do artista, seus traumas da infância perdida, a exploração por parte dos irmãos, a perda da identidade sexual, suas fobias e aflições que o levaram ao isolamento doentio, a ponto de criar um refúgio denominado Terra do Nunca (Neverlands), como Peter Pan, o garoto que não queria virar adulto.
Se sabiam, por que não procuraram ajudar? Porque não se aproximaram dele para levar um colo, um ombro, uma palavra amiga? Mas, como nos versos de Caetano Veloso: “Deus abençoe o sofrimento oculto”. Cada um sabe de si, sabe onde o sapato lhe aperta, e chora suas dores em silêncio, até porque ninguém quer saber dos problemas alheios, ninguém quer se envolver.
Por favor, me poupem da hipocrisia de homenagens “Post Mortem”.
Se quiserem me dizer alguma coisa, digam já, enquanto estou aqui. Eu prefiro uma dura verdade a uma suave mentira. Depois que me for, de nada me valerão suas palavras, suas lágrimas de crocodilo. Eu sinto nas pessoas a dificuldade que têm em reconhecer nos outros alguma qualidade, algum talento. O sentimento geral é: “se a minha estrela não brilha, a do outro também não pode brilhar”.
Eu tenho lidado com a senhora morte com muita freqüência, principalmente agora que cheguei à meia idade. Aliás, Millor Fernandes disse que “a gente sabe que está ficando velho quando começa a achar que todo mundo está morrendo muito jovem”. Em geral, eu prefiro não ir a enterros, pois não posso fazer mais nada pelo morto e tudo que disser não vai minorar a dor dos parentes. Só o tempo é capaz.
Eu prefiro lembrar-me das pessoas como as conheci. Vivas, alegres, ou nos seus momentos de tristeza e angustia, quando afogávamos nossas mágoas em mesas de bar, ou simples conversas de rua. Muitos amigos me marcaram mais pelas verdades que me disseram que pelos elogios, ainda que sinceros.
Ah! Só pra registrar. Teve radialista dizendo que a boa da semana seria ótima, pois iria “falar da morte de Michael Jacson”.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Hiper Lojão Kamy's não pára










Após o sucesso da Campanha de São João o Hiper Lojão Kamy’s integrou-se imediatamente à campanha “Liquida Feira”, promovida pela Associação Comercial, e está queimando toda ponta do estoque junino. Blusas, saias, calças, vestidos, estão sendo vendidos no balaio com preços a partir de R$ 4,99.
Segundo o gerente de Marketing, Leudo Roberto, até os modelos com padrões indianos, a coqueluche do momento, devido à novela Caminho das Índias, estão entrando na liquidação.
“Vamos zerar o estoque do primeiro semestre, pois já estamos comprando para as promoções do outono e primavera”, diz ele.

sábado, 4 de julho de 2009

Coluna



Boa noticia
Em maio foram criados 404 novos postos de trabalho em Feira de Santana, diferença entre 2.709 contratações e 2.305 desligamentos, acumulando no ano 323 novos postos de trabalho no mercado formal (trabalhadores com carteira de trabalho assinada). Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), analisados pelo Centro de Estatística da CDL de Feira de Santana.

Barrados no baile
Comenta-se na cidade que o prefeito Tarcízio Pimenta teria sido impedido de subir no palco com a banda Calypso (contratada pela bagatela de R$100 mil) no São Pedro de Humildes. Fontes confiáveis nos informaram que na verdade a comitiva é que foi barrada. Eram nada menos que 31 pessoas que pretendiam se juntar aos músicos. A questão foi meramente de segurança. O palco só comportava mais cinco pessoas.

Bolsa Família será reajustada
A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) confirmou hoje que o governo concederá um reajuste ainda em 2009 ao programa Bolsa Família, que atende mais de 11 milhões de famílias. Em entrevista, ela disse que o governo considerou que a parte mais pobre da população também precisava ser atendida pelas medidas de combate à crise financeira e de geração de emprego, ressaltando que o governo já anunciou uma série de medidas de desoneração para o setor empresarial. Enquanto isso, o trabalhador continua pagando a conta.

Na emenda
A emenda proposta pelo vereador Sargento Joel ao projeto do vereador Bastinho, desagradou a gregos e baianos. Bastinho propõe passe livre em transportes coletivos para os comissários de menores, que não são remunerados, são voluntários. Joel quer estender o benefício aos policiais, que são funcionários do Estado, remunerados. Está criada a polêmica. Mas como Joel é useiro e vezeiro em propor emendas de última hora, os seus colegas o estão chamado de “Emendador Geral da Câmara”.

Utilidade pública
http://www.consultaremedios.com.br/ Descobrimos este endereço que é muito útil pra todo mundo que precisa de qualquer medicamento.
É só digitar o nome do remédio ou da substância ativa e você fica sabendo sobre ele: preços, similares, genéricos etc.

Homeopatia
Dois filhos meus que tinham asma foram tratados com Homeopatia. Os dois estão curados. Há uma grande polêmica entre os médicos sobre a eficácia ou não do tratamento homeopático. Não vou entrar no mérito da questão, mas, como me dei bem com a escolha, recomendo para quem quiser tentar. Dra. Célia Carneiro, médica homeopata, atende no seu consultório no quarto andar do edifício Sawaia, localizado na avenida Getúlio Vargas, sala 406. O telefone é 3225-4825.

Prova de amor
Você tem certeza que sua mulher lhe ama? Quer tirar a prova? Tranque sua mulher e seu cachorro no porta-malas do seu carro. Uma hora depois abra o porta-malas e veja quem está feliz em lhe ver.
P.S – Não adianta ficar zangado(a) comigo. Um amigo me pregou esta peça e eu estou só repassando. Hê, hê, hê...

Claro I
A operadora telefônica Claro tem causado sérios problemas ao Município. Como se não bastasse o serviço ruim e caro, a todo momento agride o meio ambiente com poluição visual. Recentemente, um franqueado da operadora pintou de vermelho a fachada da sua loja localizada no prédio histórico em frente á Igreja Senhor dos Passos. Notificado pela Secretaria de Meio Ambiente, ele cobriu aquele vermelhão horroroso com a cor original no prédio. Só que a tinta nova está destoando da pintura antiga. Creio que seria o caso de pintar o prédio todo.

Claro II
A Secretaria de Meio Ambiente novamente está às voltas com a Claro por conta de um outdoor luminoso plantado no seio da Lagoa do Prato Raso. Todos os outdoors colocados naquela área de preservação ambiental já foram retirados, mediante notificação da Secretaria. Porém, o da Claro permanece. Mas, quem instalou aquele outdoor, foi o Grupo Bahia, de Salvador, que já foi notificado e pediu um prazo para retirar o monstrengo. Mas, até agora, nada. Fazer o que? O Grupo Bahia é do filho do ex-governador Otto Alencar.

Saúde I
Por falar no ex-governador, o Ministério Público bem que poderia investigar sobre quem é que domina a saúde particular na Bahia. Ia descobrir cada coisa capaz de fazer arrepiar um ovo ou corar um padre de pedra.

Velório
Um fã querer guardar como recordação do show não realizado por Michael Jackson, eu até que entendo. Afinal, gente endinheirada faz o que bem quiser do seu dinheiro e ninguém tem nada com isso. Mas, comprar ingresso para o velório do ídolo é, no mínimo, bizarro. Em toda minha vida eu nunca vi coisa igual. Quando acaba, o maluco sou eu.
P.S. – Entenda-se. A família distribuiu convites, mas eles estão sendo vendidos ou leiloados pela Internet, por aqueles que receberam o convite gratuitamente.

FAMFS
O Tribunal de Contas do Estado (TCE) vai realizar auditoria na Fundação de Apoio ao Menor de Feira de Santana (FAMFS). Torço para que não haja nenhuma irregularidade. Seria uma grande decepção. Afinal, as FAMFS é uma das melhores coisas que a cidade tem.

Violência
Assaltado e ameaçado de morte por três marginais, um empresário reagiu, conseguiu esfaquear alguns, livrou-se deles, mas, perdeu o dinheiro (R$ 6 mil) destinado a pagar os funcionários da sua empresa. Em entrevista à Imprensa, afirmou: “Se pudesse furava eles até matar”. E olha que ele é evangélico, um povo que se diz amante da paz e temente ao Senhor. Mas, o sentimento é comum a qualquer ser humano. Se alguém atenta contra a nossa vida, reagimos. É natural, matar para não morrer. Mas o governo quer os cidadãos desarmados, para que os bandidos possam agir com mais tranqüilidade.

Travestis
Muitos homens reclamando que foram abordados e assaltados por travestis. Pode até ser verdade, mas a história me cheira mal. Travestis não costumam abordar, pelo contrário, são abordados. E uma vez conquistada a confiança do “bofe”, assaltam. E em alguns casos, até matam. Portanto, todo cuidado é pouco.

Gripe
Já pensou se houvesse uma epidemia de Gripe Suína em Brasília? A gente ia se livrar de muitos porcos.

Philosopher
O homem sábio não é o que sabe distinguir o bem do mal, mas aquele que sabe distinguir entre os males o menor. (Omar Bin el-Khattab)

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Por hoje é só que agora eu vou ali leiloar o meu vinil de 1975 com 10 sucessos de Michael Jackson.

Artigo da Semana


Boas e más notícias

Aqui no jornal NoiteDia primamos pelas notícias boas. O noticiário local (jornal, rádio e TV) já é recheado de más notícias. Não por culpa dos repórteres e editores, mas porque a morbidez humana faz com que as atenções se voltem mais para as tragédias do que para alvíssaras. Eu me lembro que quando da primeira visita do Papa à Bahia, o jornal Feira Hoje montou um sistema de cobertura espetacular e aumentou a tiragem do jornal. O que encalhou de jornal nas bancas foi uma grandeza. Pouco tempo depois, a Polícia prendeu “Jair do Pega” e o jornal teve sua tiragem esgotada. Assim caminha a humanidade.
Eu passei dez dias fora da cidade, fui pra roça, fiquei sem rádio e sem notícia das terras civilizadas. Quando retornei, segunda-feira passada, encontrei boas e más notícias. De cara, soube do falecimento de Wellington Sampaio Nunes, meu amigo de infância, uma pessoa querida na cidade dado ao seu caráter, sua simplicidade, honestidade e sinceridade. Fazer o que? É o destino de todos nós. Lamento que tenha ido tão cedo (ele era mais novo que eu).
Mas, por outro lado, recebo a notícia de que meu amigo Edson (Caboré do Bradesco) já está de volta ao batente, apesar do seu sério problema de saúde. É por aí. Eu costumo dizer que se eu parar de trabalhar eu morro mais depressa (Zé Coió também pensa assim). Para mim, está morto o homem que se aposenta, veste um pijama e não faz mais nada na vida a não ser encher a paciência de familiares e amigos. O trabalho mantém o cérebro ativo e dá ânimo para continuar a viver. Já a cabeça vazia é a oficina predileta do Cão.
Recebo também a notícia de que Osvaldo Ottan, uma pessoa de quem só recentemente tive maior aproximação, também está com um problema de saúde, mas está enfrentando com fé e firmeza, e, tenho certeza, irá superar a doença. Ottan é uma dessas pessoas que não precisam fazer força para agradar. Ótimo caráter, homem de fé, empresário competente. Quem o conhece sabe das dificuldades que ele passou e como ele superou tudo, com muito trabalho.
Soube também que os festejos juninos, a exemplo da Micareta, transcorreram em paz na minha cidade. Graças a Deus! Parece que estamos aprendendo a brincar sem violência. É muito bom voltar para casa depois de um feriadão, e receber notícias boas. Alguém pode até dizer: “Cristóvam está doido. Fala de doenças e mortes, e ainda diz que são boas notícias”. Pois é. Eu sou daqueles que acha que o copo está mais ou menos cheio, e não mais ou menos vazio. O que busco passar para as pessoas que me cercam são palavras de coragem, esperança e fé.
Não enfaixo a cabeça antes que ela se quebre. Encaro meus problemas de frente. E mesmo diante da morte, eu me conformo, não apenas por saber que é a única certeza que tenho desde que nasci, mas porque aceito a vida como ela é e como Deus quer. Aos mortos, as minhas orações para que Deus lhes tenha em bom lugar. Aos que ainda estão aqui, o meu desejo de que continuem lutando, combatendo o bom combate, saboreando cada momento da vida que Deus deu a cada um de nós.
Tenham todos uma semana de muita paz!

Crônica da semana


João Bostinha

Conheci João Bostinha quando ele ainda era jovem, solteiro, tocando com a turma do K Samba, um conjunto que fez muito sucesso por estas bandas, nos idos anos 70. Nelson Rato, Nego Mu, Jorge Pinel, Vira, João e companhia, animavam as festas da cidade, principalmente as boates dos sábados, no Clube de Campo Cajueiro.
Anos depois, já casado, comerciante, tocando violão só por prazer, a gente se reunia vez em quando num boteco só pra lembrar de velhas histórias e velhas canções. Quando chegava em outras cidades, para fazer o seu comércio, era sempre bem recebido, pois as pessoas sabiam que, logo mais, à noite, iria ter seresta.
Tocar violão, cantar e beber. Os três maiores prazeres da sua vida. Só que ele começou a exagerar na bebida, o que lhe causou problemas de saúde. Mas não aceitou conselho de ninguém e tinha uma resposta pronta na ponta da língua, pra tudo. Certo dia, ele chegou numa bodega próxima da sua casa, às sete horas da manhã, e foi dizendo pra dona: Bote uma pinga aí pra mim, dona Zefa. A pobre mulher, que gosta dele, protestou: “Mas, à essa hora João?” e ele, de pronto: “Ué! E isso por acaso é antibiótico, que tem hora pra tomar?”
Certa vez ele me convidou para passar o feriado do Carnaval na casa de praia dos seus sogros. Fui, e lá encontrei muitos amigos, inclusive o colega jornalista Zé Coió. Durante o dia era praia, sol, som e cerveja. À noite, era praia, lua, som e cerveja. Mas, a maioria das pessoas da casa, inclusive os hóspedes (entre eles Zé Coió), preferiam ficar à noite em casa, vendo televisão.
João ficava injuriado: “Já viu gente mais besta? Vem pra praia, e em vez de curtir o mar, a brisa, fica aí trancada em casa, vendo televisão. E eu lá vim pra praia pra ver televisão? Agora fica todo mundo lá, inclusive os marmanjos, olhando mulher desfilar pelada, sem poder botar a mão. Eu, hem? Esse negócio comigo só serve ao vivo”.
Eu como nunca fui fã da “máquina de fazer doido”, preferia acompanhar João nas farras à beira mar. Certa noite, a gente estava numa barraca da praia quando alguém sugeriu: Vai buscar os instrumentos. Não nos fizemos rogados. Fomos à casa, pegamos os instrumentos e íamos saindo quando Zé Coió, que estava com um grupo vendo desfile de escola de samba na TV, exclamou: “Olha que rosto lindo o daquela mulher”!
João parou, voltou, olhou pra telinha e improvisou:
- Essa aí? Qual o que! Quem come cara é espinha, mulher bonita é a minha. Vamos pra a praia, meus amores, fazer um som ao vivo e a cores...