IMPACIENTES
De um lado, com suas razões, os médicos; do outro, com sua ganância, os planos de saúde; no meio, perdidos, sem qualquer chance de atendimento digno na rede pública, os pacientes, cada vez mais sem paciência. É isso aí...
Os nossos pedágios e a média nacional
No último dia 19, o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) divulgou o estudo “Rodovias brasileiras: investimentos,
concessões e tarifas de pedágio”, contendo dados preciosos sobre o sistema no País. Alguns números, em particular, chamaram a minha atenção. São os que dizem respeito à média das tarifas de pedágio no território nacional. Ocorre que a Bahia ocupa o segundo lugar entre os pedágios mais baratos do Brasil (média de R$ 7,24), perdendo apenas para Minas Gerais, onde a média é de R$ 6,46. Entre os pedágios mais altos, destacam-se o Espírito Santo, em terceiro lugar, com média de R$ 12,44; São Paulo, com R$ 12,76, e, em primeiro, o Rio de Janeiro, com R$ 12,93. A média das tarifas de pedágio na Bahia é ainda significativamente abaixo da média nacional, que é de R$ 9,4, e ainda fica aquém da média internacional, equivalente a R$ 8,80.
Outros dados interessantes do estudo do Ipea, desta feita tendo como base informações da Confederação Nacional do Transporte (CNT), revelam que, com base em pesquisas feitas em 2011, as rodovias sob controle do governo receberam 33,8% pontos na classificação de ótimas e boas, enquanto, no mesmo item, as pedagiadas cravaram aprovação de 86,9%. Quando o quesito foi o de regular, as estradas estatais registraram 34,2%, contra apenas 12% das pedagiadas, e, finalmente, na classificação de péssimas, as estradas do governo receberam significativos 34,2%, enquanto as rodovias pedagiadas não passaram de 1,1%.
Isto posto, não há qualquer dúvida de que a concessão de rodovias é a saída para termos uma malha rodoviária decente. No entanto, há que se manter severa vigilância no cumprimento dos contratos, visto que já se registraram casos de descaso para com os compromissos firmados com o governo por parte de algumas concessionárias, inclusive na Bahia.
Ainda sobre
a seca (I)
Citado nesta coluna, ontem, o engenheiro Manoel Bomfim Ribeiro, ex-dirigente do extinto DNOCS (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas), enviou-me a íntegra de artigo de sua autoria sobre a questão, do qual destaco alguns pontos.
Por exemplo: “A seca de 1877/80 foi tirana, ceifando 500.000 vidas, 10% da população nordestina, que era na época de 5 milhões de habitantes. Morriam de fome, sede, tifo, bexiga e outras endemias. Uma grande tragédia registrada na história do Nordeste e jamais esquecida.
Juntar água foi, então, o grande objetivo de todos os nordestinos uma vez que estes reservatórios se tornaram essenciais para melhorar os terríveis efeitos da seca. O açude é um núcleo de vida, de atividade social e econômica, sobretudo nos períodos calamitosos de secas.”
Ainda sobre
a seca (II)
Prossegue o engenheiro: “A nucleação em torno da açudagem foi de tal importância que os nossos técnicos se tornaram os maiores barrageiros do mundo e ao logo do século XX construíram a maior rede de açudes do planeta: mais de 70.000 açudes armazenando 40 bilhões de m³ de água, volume igual a 16 baías da Guanabara. O sertão virou mar.”
Ainda sobre
a seca (III)
Prossegue: “O semi-árido baiano, entretanto, ao longo do século XX, ficou totalmente esquecido pelos governantes, apesar da sua mais baixa pluviosidade. Não participou da epopeia nordestina gerando e acumulando água para os períodos inditosos. Não tivemos um programa específico e determinado de construir uma estrutura hídrica.
O estado já tinha tudo, ‘cacau, petróleo e Paulo Afonso, as riquezas da Bahia’, um jingle eleitoral. O cacau declinou, o petróleo, do qual éramos o maior produtor em terra, é, hoje, do Rio Grande do Norte e Paulo Afonso é de todo o Nordeste. Construímos, tão somente, cerca de 150 açudes de pequeno e médio porte armazenando 1 bilhão de m³. Toda nossa água armazenada cabe num único açude do Ceará, o Araras, que acumula 1 bilhão de m³. Em 1882, há 130 anos, o Rio Grande do Norte já tinha açude acumulando 600.000 m³ de água. Em 1934, o Ceará já armazenava 1 bilhão de m³, o que hoje acumula a Bahia.”
Frase:
A média do pedágio cobrado nas estradas da Bahia é a segunda mais baixa do País, perdendo apenas para Minas Gerais
(dados do Ipea)
Uma pobreza
deprimente
Durante as reportagens sobre os “canibais da Garanhuns” na TV, pudemos ver nas imagens de fundo a enorme pobreza daquela cidade pernambucana, onde nasceu o ex-presidente Lula.
Ocorre que Lula ficou oito anos no poder e as imagens foram geradas há alguns dias. Tudo bem que o nosso ex-mandatário tenha olhado (sic) para o Brasil como um todo, mas o descaso para com sua terra natal é constrangedor...
Debaixo desse
pirão tem carne
Retorno da direita, até ultra-direita, ao poder, pregando a dissolução da União Europeia, fechamento de fronteiras etc.
Essa “crise” na Europa tem um cheirinho parecido com o do início da derrocada da ex-URSS, quando os EUA e parceiros desmontaram aos poucos, mas com eficiência, a Cortina de Ferro. Agora, pelo visto, o objetivo é liquidar com o todo poderoso Estado europeu. Delírio meu? Huummm...
1 GORDOS - O Encontro de Obesidade, promovido mensalmente pelo Instituto Márcio Café, acontece hoje, às 19h, no auditório de Centro Médico Aliança. A nutricionista Juana Rosa fala sobre “Educação alimentar no pós operatório de bariátrica” e o cirurgião bariátrico Márcio Café, presidente do IMC, encerra os trabalhos respondendo às perguntas da plateia.
2 BALÉ - O Balé Teatro Castro Alves sobe ao palco do Centro de Cultura D. Canô, em Santo Amaro da Purificação, amanhã e depois, às 20h, com “Essa Tempestade”, do coreógrafo Claudio Bernardo.
3 ALIMENTOS - O ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, quer assinar termo de cooperação técnica com o Sesi e Associação Brasileira da Indústria de Hotéis para participação do ministério no Programa Cozinha Brasil Alimentação Inteligente, incentivando a compra e o consumo de produtos da agricultura familiar.
4 BOTECO - A Ambev inaugurou a franquia do Seu Boteco em Salvador, com o conceito de misturar o que há de melhor em um bar moderno e um tradicional boteco. Mais informações: http://www.seuboteco.com.br.