sexta-feira, 31 de maio de 2013





Gafes
O aloprado presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo, na sessão especial da Câmara Municipal realizada segunda-feira passada, saudou a deputada Maria Luiza “Carneiro”, que está divorciada de João Henrique “Carneiro”. Pegou mal. Em seguida disse que o governador Jaques Wagner não chegaria à tempo para a sessão, mas que mandara “um abraço para Chico Pinto”. Só faltou ele resolver levar o abraço pessoalmente.

O custo da vagabundagem
Eu falei aqui que Feira de Santana está perdendo investimentos e postos de trabalho por conta dos vagabundos que vivem a apresentar atestados médicos, muitos deles falsos, para faltar ao trabalho. Mas a coisa está pior do que eu pensava. Conversando com amigos ligados ao setor industrial fui informado de que uma grande empresa que iria ampliar sua fábrica desistiu e investiu na sua unidade do México, e a diretoria já pensa em fechar a unidade local e abrir em outro país. Como esta empresa, há dezenas de outras no mesmo caminho, e ainda há as que desistiram de aqui se instalar por conta da vagabundagem dos trabalhadores locais e da radicalização das lideranças sindicais. Segundo dados que me foram apresentados, chegam a faltar 30 a 40 funcionários por vários dias em cada fábrica. A maioria dos atestados médicos é apresentada em dias de segunda e sexta-feira, e o volume aumenta, e muito, em época de festas populares. Fui informado ainda de que a empresa Yazaki está fechando a unidade local para se instalar no estado de Sergipe. Você, trabalhador, é o único a perder, porque os políticos não estão nem um pouco preocupados se você vai ser mais um desempregado a viver de bolsa esmola.

Frete

Engarrafado
Há quem diga que o governador Wagner gosta de engarrafamentos. As obras do governo vivem engarrafadas, ele consome muitos produtos engarrafados, e até a fala dele é engarrafada. Mas na segunda-feira passada parece que ele não gostou muito de ficar engarrafado na BR-324 quando se deslocava para Feira de Santana, sentindo na pele o que milhares de pessoas sentem diariamente naquela rodovia ou mesmo em Salvador. Cuidou logo de ser resgatado de helicóptero. Pois é.

Nota de repúdio
Por falar em engarrafamentos, há fortes indícios de que a Educação vai engarrafar outra vez na rede estadual. Na segunda-feira passada professores da UEFS fizeram manifestação em frente à Câmara Municipal, onde se encontravam diversos deputados estaduais, o presidente da AL, Marcelo Nilo, e onde deveria estar o governador se não estivesse engarrafado na BR-324. Os professores distribuíram uma nota de repúdio por conta do reajuste de pífios 2% a todos os servidores estaduais. Eles reivindicam mais 3,84% de aumento já, e mais reposição de perdas salariais, entre outros direitos desrespeitados pelo governo do Estado.

O custo do desgoverno
Os professores da UEFS estão em “estado de greve” Caso entrem em greve, não serão apenas os alunos que ficarão prejudicados com o atraso que os cursos sofrerão. A UEFS hoje equivale a uma pequena cidade, com uma população flutuante em cerca de 10 mil habitantes, entre estudantes, professores e demais servidores, e orçamento anual de mais de R$ 150 milhões. Gravita em torno dela todo um sistema de suporte logístico composto por restaurantes, hotéis, pensões, livrarias, transportes, e fornecedores dos mais diversos insumos e prestadores de serviços. Uma paralisação significa prejuízo financeiro para milhares de pessoas. Mas, em momento algum, se pode culpar os professores se fizerem greve. Esta conta tem que ser entregue diretamente nas mãos do governador Wagner que não cumpre o que promete nas mesas de negociação.

Curiosidade
Segunda-feira passada (27) o governador Jaques Wagner esteve em Feira de Santana entregando máquinas para municípios do interior da Bahia, uma ação da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-2), uma parceria entre os governos estadual e federal. O fato curioso é que o prefeito José Ronaldo, convidado para participar do evento, lá esteve, compôs a mesa das autoridades e até fez até a entrega de uma das máquinas ao prefeito de um dos 60 municípios contemplados, contudo, Feira de Santana não está entre eles.

Dilma na Bahia
Há uma expectativa de que no próximo dia 14 de junho, talvez com a presença da presidenta Dilma Rousseff, seja feita a entrega de mais 323 máquinas, e ainda a entrega de mais dois lotes subsequentes, totalizando mais de 60 máquinas. Espera-se que desta vez Feira de Santana seja contemplada.


 Coisado...
Aéreo
“A Bahia é um estado aéreo”. A frase é do secretario estadual de turismo Domingos Leonelli, querendo dizer com isso que a Bahia é um canteiro de obras para infraestrutura aérea, construindo e reformando aeroportos. Eu não compartilho do entusiasmo do secretário, mas entendo que não o estado, mas o governo com certeza é aéreo. O governador vive no “mundo da lua”, e os seus seguidores na “ilha da fantasia” que eles tanto propagam na televisão.

Enquanto isso...
A população vive em “Estado de Sítio”

Mentes ágeis
Miss New Orleans - Prof. Einstein, gostaria de ter um filho com o senhor. A minha justificativa se baseia no fato de que eu, como modelo de beleza, teria um filho com o senhor e, certamente, o garoto teria a minha beleza e a sua inteligência.
Einstein - Querida miss New Orleans, o meu receio é que o nosso filho tenha a sua inteligência e a minha beleza. 

Philosopher
Você vive hoje uma vida que gostaria de viver por toda a eternidade”?

Frase
“O povo gosta de ver barracos. Se a Sueli existe é porque tem muita gente que compra, sustenta, financia e se alimenta dela”.  (Tuna Dwek, atriz, sobre sua personagem na novela Sangue Bom)

Parachoque de Caminhão
“Subir na primeira dá mais prazer” (Coletado pela professora Lélia Vitor)

Latim de botequim
“Memento vivere quosque moriture vero est”.
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Por hoje é só que agora eu vou ali Carpe Diem. (Tá vendo você? Não sabe Latim...)

Transbaião será lançada na próxima quarta-feira em Salvador





O Projeto Transbaião 2013 será lançado oficialmente na próxima quarta-feira (4) em Salvador, mais precisamente na praça Dorival Caymmi, segundo piso do Shopping Iguatemi. Além de homenagear o eterno Rei do baião, Luiz Gonzaga, e o seu sucessor, o cantor Dominguinhos, o Transbaião pontuará os 150 Anos da primeira viagem de trem na Bahia, Salvador - Alagoinhas, município de grande importância econômica e cultural do roteiro do trem.
No local estará montada uma estrutura com a presença institucional do Governo da Bahia, através da SETUR/BAHIATURSA, apresentando as potencialidades do turismo rural e os festejos juninos da Bahia, a Perini, com iguarias da gastronomia regional e em um outro stand os 13 municípios se revezarão a partir do dia 05 até o dia 30 de junho, além de Salvador, numa pequena mostra da cultura, turismo, arte e gastronomia local, além das atratividades do roteiro.
Haverá também a apresentação do grupo Cabrueira, para marcar o clima dos festejos juninos, e contará com presenças de artistas como como Del Feliz, Adelmário Coelho, Val Macambira, Zelito Viana, Tenison Del Rei, Edd Bala, Tuca Fernandes e muitos outros representantes da música regional, fortalecendo o segmento artístico do estado.
O Transbaião visa incentivar a recuperação da infraestrutura ferroviária para trens de passageiros no estado, assim como fomentar o turismo, a cultura, a gastronomia, a agricultura familiar e as ações sociais nos municípios do roteiro. 

 O Expresso Transbaião
Lançado em junho de 2011, o “TRANSBAIÃO - A Cultura Viaja Aqui”, é um trem em homenagem ao cantor e compositor LUIZ GONZAGA, O Rei do Baião, que atua identificando e difundindo as vocações culturais, turísticas e gastronômicas de cada uma das treze cidades no seu roteiro, fomentado o desenvolvimento local sustentado nas regiões abrangentes, incluindo cidades tombadas pelo Patrimônio Histórico da União e a UNESCO, agregando ações culturais, sociais, educativas e ambientais junto às comunidades dos municípios participantes.
Composto por locomotivas e vagões tematizados o EXPRESSO TRANSBAIÃO circula por treze municípios da Bahia, entre o Recôncavo Baiano e Litoral Norte, num percurso total de 272km, no mês de junho, período no qual são comemorados os festejos juninos, unindo desta forma a música tradicional da época, as delícias da culinária baiana e as belezas naturais localizadas a margem da estrada de ferro.
O EXPRESSO TRANSBAIÃO, juntamente com as prefeituras das cidades do seu roteiro, cria a infraestrutura necessária para o atendimento ao visitante, divulgando os atributos naturais, culturais, turísticos, artísticos e culinários. Além de fomentar a criação empregos locais, possibilita aos turistas e aos baianos conhecerem as riquezas de diversos municípios do estado através da via férrea.

Péssima mãe, ótima madrasta



Fiquei feliz esta semana ao saber que o cantor Djalma Ferreira está com um show montado com base na obra de Emílio Santiago, que deverá percorrer cerca de dez cidades do interior baiano e, inclusive, será lançado um DVD. Como dizem os jovens: “Demorô”. Djalma não era mais para estar em Feira de Santana catando as migalhas que sobram das atrações que trazem de fora para animar as nossas festas locais. Mas é o que acontece, não só com ele, mas com muitos talentosos artistas desta terra.
            Djalma encarna a figura do artista feirense. Se ganhar alguma projeção aqui e não for logo embora, vai ficar marcando passo pelo resto da vida. Porque esta cidade dá a régua e o compasso, mas o artista tem que traçar sua rota para bem longe daqui. E ainda que ele ganhe projeção nacional, ou até mesmo internacional, salvo raríssimas exceções, quando voltar aqui vão querer tratá-lo como um artista doméstico e pagar cachês ridículos (quando não querem de graça) para que ele mostre a sua arte.
            É claro que existem aqueles que tiveram muitas oportunidades e não souberam aproveitar, e outros tantos que depois de galgar algum sucesso por aqui, se acomodaram e não ultrapassaram nenhuma fronteira. Há ainda os indecisos, que não tiveram coragem de largar o trabalho que lhes permitia sobreviver, para investirem em si mesmos e se aventurar pelo perigoso e incerto caminho da arte, Mas há os que venceram. Alguns nem tão talentosos assim, mas que souberam aproveitar as oportunidades e se agarraram a elas com unhas e dentes e hoje vivem, e bem, das suas artes.
            Em contrapartida a esse quadro, vemos artistas que chegam a esta terra de todos os recantos do país, ilustres desconhecidos, e aqui são recebidos com festas, pompas e foguetório, principalmente por grande parte da imprensa, que em geral é deslumbrada ou gananciosa, e seus representantes ficam a orbitar o astro à espera de oportunidade para, quem sabe, ganhar algum brilho.
            Eu não me refiro nesse caso àqueles que chegam e aqui se estabelecem buscando oportunidades. Estes, em geral, acabam por adotar Feira de Santana como uma segunda terra natal, e correm os mesmos riscos que os nativos. Se perderem muito tempo aqui, dificilmente alcançarão a fama e o sucesso. Eu tenho um exemplo bem pertinho de mim. O forrozeiro Del Feliz é primo distante de Maura, a quem ele chama de tia. Passou dez anos em Feira de Santana e só conheceu a fama quando foi para Salvador e de lá para o mundo (está indo pela terceira vez a Nova York). E talento ele tem de sobra.
            Atualmente eu tenho feito assessoria para um forrozeiro emergente, Lucien Júnior. Muito bom artista. E já disse que ele tem que sair daqui. Já está pronto, maduro, se demorar vai murchar e sumir como vi acontecer com tantos outros. Ele tem que fazer como a sambista Marizélia, que já está com um pé no Rio de Janeiro. O caminho é este, porque, como sempre digo, nestes casos, Feira é uma péssima mãe e ótima madrasta.