Na manhã de ontem, com o Dique fechado para a Rua de Lazer e a
presença de um circo no estacionamento da Fonte Nova, o trânsito ficou
muito difícil para quem tentava acessar Sete Portas e Bonocô através
daquele trecho. E o que se viu foi mais um exemplo da indiferença, para
dizer o mínimo, da Transalvador: enquanto alguns agentes cuidavam da Rua
de Lazer, não havia um, SEQUER, para tentar ordenar o retorno.
Incrível, mas real...
O pessimismo torna os homens cautelosos, enquanto o otimismo torna os homens imprudentes. (Confúcio)
E continuam fingindo que nada está acontecendo...
O País está em plena recessão. Foi manchete de praticamente todos os
jornais brasileiros, inclusive, claro, desta Tribuna, na última
sexta-feira.
No entanto, na TV, insistentes (e caríssimos, tanto em termos de
produção como de veiculação) comerciais traduzem um otimismo que beira a
lavagem cerebral da população. A Caixa Econômica Federal, por exemplo,
alardeia crédito para casa, carro, computador etc., como se a população
deste país, endividada até as orelhas, e inadimplente até o pescoço,
pudesse ainda contrair algum tipo de crédito; o Banco do Nordeste também
fala em investimentos e lembra que “o Brasil está avançando”, enquanto
todos os indicadores econômicos, inclusive oficiais, dão conta de que
estamos retrocedendo, em RECESSÃO. E por aí vai.
É mais um ataque de marquetismo, como costumo pejorativamente
denominar o tal do “marketing”, que, podem crer, não leva à nada, pois a
população está sentido no bolso a crise criada pela irresponsabilidade
fiscal com fins eleitorais da qual já temos conhecimento.
Ainda sobre o “otimismo”
Essa situação me faz lembrar uma piada clássica da época da ditadura militar, lá pelo início da década de 1970, que dizia:
“O presidente Fulano disse que ‘o país está à beira do abismo’,
Aí, veio o presidente seguinte, Sicrano, e bradou: ‘O Brasil deu um passo à frente”. Hehehe...
Tecnologia muito democrática
Na tarde de ontem, ao passar pelo Jardim da Piedade, vi um habitual
grupo de sem teto, que costuma mendigar por ali, sentado nos bancos
próximos à Faculdade de Economia da UFBA. Em meio ao pessoal, lá estava
uma sem teto, maltrapilha e sentada em sacos de roupa velha, manuseando
sem cerimônias um smartphone. E viva a tecnologia!
Violência a toda prova (I)
Em Salvador, a violência continua crescendo terrivelmente, atingindo a pobres e ricos, sem distinção.
Todos os dias, assassinatos atrozes.
Tudo isso é do conhecimento do secretário de Segurança Pública desde que ele assumiu, ainda no governo Wagner.
Mantido por Rui Costa, até hoje não se sabe a que veio. E aí?
Violência a toda prova (II)
Ir a uma restaurante à noite, deixar um namorado ou namorada em casa,
mesmo em bairros de classe média alta, caminhar na Orla ou retirar
dinheiro em banco são atitudes cada vez mais perigosas, e muitas vezes
fatais.
Já disse aqui e repito: o brasileiro NÃO SABE o que é viver tranqüilo.
Que o digam, também, aqueles que usam os ônibus urbanos. Que azar, hein?
Violência a toda prova (III)
Enquanto os cidadãos comuns vivem esse inferno, parlamentares,
juristas e governantes seguem impávidos, manipulando índices para
mostrar que a violência “caiu” e não movem uma palha para tornar esta
joça um pouquinho mais decente. Só querem saber da briga pelo poder, dos
milhões para emendas e de aumentarem seus próprios salários.