terça-feira, 12 de março de 2013

Debate sobre HGCA acaba em consenso



O debate sobre a proposta de mudança de gestão do Hospital Regional Clériston Andrade, promovido pelo Instituto Pensar Feira, realizado na sexta-feira passada (08), terminou em consenso: a saída para as sucessivas crises do HGCA deve ser um novo modelo de gestão. Entretanto, a questão, necessariamente, deve ser discutida com a comunidade e não ser adotada de forma unilateral pelo Governo do Estado.
O presidente do Pensar Feira, Edson Piaggio, abriu a sessão, explicando que o Instituto não poderia se omitir diante de um tema que vem causando polêmica, a mudança de gestão do Clériston Andrade, proposta pelo governo estadual, sob o titulo de publicização ou terceirização. “O assunto é por demais importante para a comunidade e não deve se limitar à questão semântica”, enfatizou Piaggio, alertando que a discussão deve ser técnica, desprezando-se questiúnculas político-partidárias.
O deputado Zé Neto falou sobre o projeto de “publicização do Clériston Andrade” como medida para melhorar os serviços prestados à população. Enfatizou que a mudança vai permitir agilidade e dinamismo, provocando, em conseqüência, a eficientização do atendimento. Lembrou que a unidade hospitalar tem como maior característica as sucessivas crises que marcam a sua história de quase três décadas.
Os médicos Luciano Vital e Cesar Oliveira, o primeiro ex-diretor do HRCA e o segundo com mais de duas décadas com atuação no Clériston, sublinharam que qualquer unidade de saúde é um organismo complexo, principalmente os que prestam atendimento público, com abrangência regional. “Um hospital não é uma ilha, está inserido em um entorno”, enfatizou o ex-diretor.

Palco privilegiado
Ambos salientaram que o Hospital Clériston Andrade está subdimensionado, sem capacidade física ou gerencial para atender a demanda, muito superior à registrada na década de 1980 do século passado, quando iniciou as suas atividades, necessitando de mudança urgente na administração, que deve ser profissional e técnica e não pode ser atrelada a indicação política ou submissa ao corporativismo.
O presidente e o diretor superintendente da Associação Centro de Educação Tecnológica do Estado da Bahia, João Batista Ferreira e Claudemir Moreira Machado, falaram sobre a bem sucedida experiência da entidade, na gestão do Centro Estadual de Educação Professor Áureo Filho, antiga Escola Técnica, que estava prestes a fechar as portas, passou a ser administrada por uma Organização Social e hoje apresenta resultados positivos, com reconhecimento até no exterior.
O jornalista e radialista Humberto Cedraz, representante da maçonaria e do jornal Folha do Estado, elogiou a iniciativa do IPF, demonstração inequívoca de que o Instituto está honrando os seus compromissos, constituindo-se em espaço privilegiado para debater os grandes temas envolvendo o município e a região metropolitana, de forma imparcial, priorizando a abordagem técnica.
Também participaram do encontro o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Feira de Santana, Armando Sampaio, presidente do Sindicato do Comércio Varejista, José Carlos Moraes, representante da Câmara de Dirigentes Lojistas, Adauto Franco, o ex-prefeito Clailton Mascarenhas, conselheiros do IPF e convidados.

Cironaldo Santos – Diretor Executivo.

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