O debate sobre a proposta de mudança de
gestão do Hospital Regional Clériston Andrade, promovido pelo Instituto Pensar
Feira, realizado na sexta-feira passada (08), terminou em consenso: a saída
para as sucessivas crises do HGCA deve ser um novo modelo de gestão.
Entretanto, a questão, necessariamente, deve ser discutida com a comunidade e
não ser adotada de forma unilateral pelo Governo do Estado.
O presidente do Pensar Feira, Edson Piaggio,
abriu a sessão, explicando que o Instituto não poderia se omitir diante de um
tema que vem causando polêmica, a mudança de gestão do Clériston Andrade,
proposta pelo governo estadual, sob o titulo de publicização ou terceirização.
“O assunto é por demais importante para a comunidade e não deve se limitar à
questão semântica”, enfatizou Piaggio, alertando que a discussão deve ser
técnica, desprezando-se questiúnculas político-partidárias.
O deputado Zé Neto falou sobre o projeto de
“publicização do Clériston Andrade” como medida para melhorar os serviços
prestados à população. Enfatizou que a mudança vai permitir agilidade e
dinamismo, provocando, em conseqüência, a eficientização do atendimento.
Lembrou que a unidade hospitalar tem como maior característica as sucessivas
crises que marcam a sua história de quase três décadas.
Os médicos Luciano Vital e Cesar Oliveira, o
primeiro ex-diretor do HRCA e o segundo com mais de duas décadas com atuação no
Clériston, sublinharam que qualquer unidade de saúde é um organismo complexo,
principalmente os que prestam atendimento público, com abrangência regional.
“Um hospital não é uma ilha, está inserido em um entorno”, enfatizou o
ex-diretor.
Palco privilegiado
Ambos salientaram que o Hospital Clériston
Andrade está subdimensionado, sem capacidade física ou gerencial para atender a
demanda, muito superior à registrada na década de 1980 do século passado,
quando iniciou as suas atividades, necessitando de mudança urgente na
administração, que deve ser profissional e técnica e não pode ser atrelada a
indicação política ou submissa ao corporativismo.
O presidente e o diretor superintendente da
Associação Centro de Educação Tecnológica do Estado da Bahia, João Batista
Ferreira e Claudemir Moreira Machado, falaram sobre a bem sucedida experiência
da entidade, na gestão do Centro Estadual de Educação Professor Áureo Filho,
antiga Escola Técnica, que estava prestes a fechar as portas, passou a ser
administrada por uma Organização Social e hoje apresenta resultados positivos,
com reconhecimento até no exterior.
O jornalista e radialista Humberto Cedraz,
representante da maçonaria e do jornal Folha do Estado, elogiou a iniciativa do
IPF, demonstração inequívoca de que o Instituto está honrando os seus
compromissos, constituindo-se em espaço privilegiado para debater os grandes
temas envolvendo o município e a região metropolitana, de forma imparcial,
priorizando a abordagem técnica.
Também participaram do encontro o presidente
da Associação Comercial e Empresarial de Feira de Santana, Armando Sampaio,
presidente do Sindicato do Comércio Varejista, José Carlos Moraes,
representante da Câmara de Dirigentes Lojistas, Adauto Franco, o ex-prefeito
Clailton Mascarenhas, conselheiros do IPF e convidados.
Cironaldo Santos – Diretor Executivo.
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