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De artista e louco todo mundo tem um pouco |
É de
praxe afirmar que o teatro começou na Grécia. Mas, antes mesmo dos gregos,
sabe-se que aconteciam manifestações teatrais na China antiga: os seguidores de
Buda expressavam seus sentimentos religiosos através do teatro. Também nos
tempos pré-helênicos – século dezenove antes de Cristo -, os habitantes da ilha
de Creta, na Grécia, louvavam seus deuses com representações cênicas.
Se
formos um pouco mais longe ainda e entendermos o teatro como a imitação de uma
ação, encontraremos já no homem primitivo o ato de imitar (como forma de
representar as forças da natureza, forças essas que não compreendia e entendia
como deuses).
Aliás,
tanto as expressões religiosas quanto o drama (e drama entendido aqui como ação
imitativa) têm por objetivo provocar a consciência, a renovação das forças do
homem para encarar o mundo. No drama, isso representaria uma experiência de
desabafo e, nas práticas religiosas, de esclarecimento da vida.
Teatro Grego e Medieval
Na
Grécia clássica, as encenações teatrais faziam parte de uma festa religiosa. E
cresceu a partir das celebrações dedicadas a Dyonisos (o Baco dos romanos, deus
do vinho). Tanto que o teatro mesmo, o local da encenação, era sempre num lugar
consagrado a esse deus, geralmente colado num declive de colina escavado, em
formato semicircular, de frente para o mar ou para as montanhas.
O teatro
medieval, por sua vez, tinha como objetivo a salvação das almas dos fiéis. É a
partir do Renascimento que os temas profanos começam a imperar, passando depois
pelo movimento romântico, realista, naturalista, simbolista, expressionista,
surrealista, existencialista, até os tempos atuais.
Com a
dominação do Império Romano, o teatro deixou de ser uma primazia grega para se
espalhar pelo mundo. Mais tarde, já na Idade Média, um teatro mais histriônico,
baseado em improvisações e com apresentações mambembes, levava alegria às
vilas. A Commedia del’arte aparece com personagens bastante conhecidos dos
nossos bailes carnavalescos, como a Colombina e o Arlequim. É nesta época
também que tomamos conhecimento do grande dramaturgo inglês, Shakespeare.
Havia dois gêneros de representações: a
tragédia e comédia. As tragédias eram peças ou representações que
pretendiam levar os espectadores a refletirem nos valores e no sentido da existência
humana.
As
comédias eram, por sua vez, peças de crítica social que retratavam figuras e
acontecimentos da sociedade da época, ridicularizando defeitos e limitações da
atuação dos homens, provocando o riso na assistência..
O
teatrólogo vê a vida, conhece o ser humano, exorta seu brilhantismo calcado na
observação, no comportamento de sua gente e isso é o que faz a diferença.
Em terras brasileiras o teatro nasceu em meados do século
XVI como instrumento de catequese dos Jesuítas vindos de Coimbra como
missionários e índios. Era um teatro, portanto, com função religiosa e
objetivos claros: evangelizar os índios e apaziguar os conflitos existentes
entre eles e os colonos portugueses e espanhóis.
Fonte: http://www.brasilcultura.com.br
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