Foto: Reprodução / Câmara de Vereadores de Feira de Santana
O
projeto denominado “Trem Feira-Salvador”, que tem sido noticiado na imprensa
nos últimos meses, foi apresentado hoje (4), por seus idealizadores, a vários
vereadores, em reunião realizada na Câmara Municipal.
Conforme expectativa dos seus mentores, o projeto, que envolve a construção de uma ferrovia com pátio de cargas e área de desembarque de passageiros, pode exercer impacto significativo na macrorregião do Município, especialmente para as pessoas que se deslocar interior rumo a Salvador.
No
serviço, de natureza expressa, seriam 35 minutos para chegar na capital do
Estado. Sócios-diretores da empresa Tic Bahia, Danilo Ferreira e Osvaldo Otan
solicitaram apoio do Legislativo feirense, no sentido de sensibilizar
autoridades federais a autorizarem a execução do investimento. “É muito
importante entender o tamanho de Feira neste contexto. Assim como o que a gente
está desenvolvendo nesta estrutura nova, baseada em novos caminhos e traçados
mais curtos, aproveitando o tracejado da Bahia. Isto pode mudar a cidade para
os próximos 100 anos”, disse Danilo.
Seria
possível ir para Recife, Caruaru e Salgueiro, todos estes destinos a partir do
Trem Feira-Salvador, observou o diretor. A ideia surgiu, ele explicou, do
pressuposto de entregar um tempo menor para o usuário, oferecendo integração no
transporte, a fim de que ele chegue mais rápido no destino final. O projeto da
ferrovia já obteve aprovação da Agencia Nacional de Transportes Terrestres
(ANTT) e aguarda autorização do Ministério dos Transportes.
Prevê
a instalação de nove estações no perímetro de Feira para Salvador. Começa no
bairro de Águas Claras (Salvador) e trabalha com a perspectiva de integrar
região metropolitana. Passa por Simões Filho, Candeias, São Sebastião do Passé
e Conceição do Jacuípe (sendo esta, a principal do sistema). Em Feira de
Santana serão duas estações (uma na avenida Nóide Cerqueira/Parque de
Exposições, e outra na área onde está situada o Hospital Lopes Rodrigues).
A
intenção é que também se possa chegar a municípios como Cachoeira, Cruz das
Almas e outros da região recôncavo. Devido a integração prevista no serviço
interurbano e metropolitano de transporte, a proposta sinaliza que Feira terá
uma Estação Rodoferroviária (estação de trem em baixo e de ônibus na parte de
cima), em substituição ao atual terminal rodoviário.
Osvaldo
Otan destacou que, se autorizada pelo Ministério dos Transportes, a obra da
nova ferrovia, projetada para ser financiada pela iniciativa privada (quatro
empresas estão analisando), vai mudar a logística de Feira, Salvador e do
Nordeste. Custará em torno de R$ 8 bilhões e a passagem para os usuários está
orçada em torno de R$ 45. Questionado pelos vereadores sobre tempo para entrar
em funcionamento caso seja autorizada este mês pelo governo federal, ele
garantiu que a empresa teria um prazo de oito anos para entregar.
“A
gente está inserindo Salvador-Feira numa questão estrutural maior. E a solução
já está estudada e planejada pela nossa empresa. Fizemos questão de explicar a
proposta, porque de repente pode surgir a necessidade de tratar sobre ela em
Brasília”, frisou Otan.
O
presidente da Câmara Marcos Lima (União), presente na apresentação, garantiu
que o Legislativo está aberto a ouvir e apoiar todas as inciativas que visem o
desenvolvimento do Município. “Parabenizamos os senhores pela explanação e pela
ideia. Com certeza, no que depender desta Casa, terá sim apoio”, garantiu.
Também acompanharam a exposição, os vereadores Zé Curuca (União), Marcus
Carvalhal (PL), Ismael Bastos (PL), Silvio Dias (PT), Jurandy Carvalho (PSDB),
Luiz d Feira (PP), Ron do Povo (PP), Pastor Valdemir (PP) e Gean Caverna
(Podemos).
Fonte: Acorda Cidade / Câmara de Vereadores de Feira de Santana
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