Acontece, durante o mês de setembro, a campanha mundial sobre a saúde mental e prevenção ao suicídio. Essa campanha recebeu nome de Setembro Amarelo, pois no trânsito, o sinal amarelo vem antes do sinal vermelho e significa alerta e vigilância. O Setembro Amarelo surgiu como uma resposta para quebrar o tabu do medo e do silêncio de falar sobre o suicídio e salvar vidas.
O Setembro Amarelo é mais do que uma campanha. É um movimento de vida. Pretende reacender a esperança de milhares de pessoas que precisam de apoio, cuidado e acolhida. Por isso, é necessário falar de forma responsável, sobre o suicídio em escolas, universidades, Igrejas e meios de comunicação. A campanha é, também, um convite para que, quem sofre com pensamentos suicidas, portanto, procure apoio profissional de psicólogos e psiquiatras.
O suicídio é a uma das maiores preocupações de saúde
pública no mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 700 mil
pessoas tiram a própria vida por ano. No Brasil, em média, 38 pessoas se
suicidam por dia, um número alarmante que exige atenção de toda a sociedade.
Apesar da gravidade do tema, é importante lembrar que o suicídio pode ser
prevenido e, um dos caminhos, é ficar atentos aos sinais de alerta.
Jesus disse: “Eu vim para que todos tenham
vida e vida em abundância” (Jo 10,10). A vida é um dom de Deus e nós somos seus
administradores e não proprietários. Por isso, não podemos dispor dela. Porém,
nunca devemos pensar que uma pessoa, ao tirar a própria vida não tenha
salvação. A misericórdia de Deus é infinitamente maior que nossas limitações e
fraquezas. Ele oferece a seus filhos e filhas, até o último segundo, a
oportunidade de arrependimento.
Dom Itamar Vian
Arcebispo Emerito
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