sexta-feira, 3 de outubro de 2008

O “preço” do seu voto


Muito oportunamente a Igreja Católica lançou uma campanha esclarecedora sobre a responsabilidade de cada cidadão na hora de votar. Sob o tema “Voto não tem preço, tem conseqüência”, a Igreja tem alertado a todos, fiéis ou não, sobre as conseqüências de um voto mal dado, simplesmente trocado por um favor ou uma promessa, como se o ato de votar não contenha em si toda a carga decisiva sobre os acontecimentos futuros.
Numa cartilha lançada pela Conferencia Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o presidente, Dom Moacyr José Vitti, declara que “a sociedade brasileira está profundamente indignada com a falta de ética na política. A corrupção eleitoral está presente em todos os âmbitos. É preciso instalar uma nova consciência política iluminada pelo lema que mobilizou os movimentos sociais nos últimos anos: voto não tem preço, tem conseqüências. Precisamos valorizar o nosso voto, ele é precioso, não se compra”, diz o arcebispo de Curitiba.
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) também publicou um “Guia do Eleitor Cidadão”, onde orienta os eleitores sobre diversos aspectos de uma eleição e, principalmente, sobre os crimes eleitorais, entre eles, a compra ou venda de votos. “A compra ou a venda de voto, seja com dinheiro, presentes ou qualquer favorecimento é crime que pode ser punido com até quatro anos de prisão e pagamento de multa. E o candidato, além da multa, pode ter o registro ou diploma cassado”, diz o Guia.
Ainda segundo o Guia, “as eleições são muito importantes, pois definem quem administrará o município, fará as leis e representará os cidadãos nos próximos quatro anos. Uma boa escolha pode resultar em uma administração honesta e competente, boas leis e desenvolvimento. Uma má escolha pode levar à decadência do município, à corrupção, a leis e serviços ruins”.
Portanto, na hora de votar, analise a história de vida do candidato: o que ele já fez, que idéias defendeu, se está metido em encrencas ou se tem apenas uma boa conversa. Desconfie do candidato que não apresente projetos viáveis e úteis para a comunidade e o município. Cuidado também com o candidato que promete maravilhas, pressiona os eleitores e critica os adversários, sem dizer como vai trabalhar para realizar suas promessas.
Lembre-se que honestidade não é proposta de governo, é o mínimo que se espera e que devemos cobrar de qualquer um, seja político ou não. O voto de todo cidadão tem o mesmo peso e nos dá a oportunidade de eleger bons representantes e evitar a eleição de maus políticos. Além disso, se você não votar, estará abrindo mão do direito de escolher os seus governantes e estará deixando que os outros façam isso em seu lugar.
Na hora de votar, lembre-se também daqueles que, durante a ditadura militar, foram presos, torturados e mortos, na luta para assegurar o nosso direito de escolher os nossos governantes.

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