quinta-feira, 1 de abril de 2010

Não se muda fatos reais com soluções virtuais


Dizem que a rainha da Inglaterra certo dia mandou sua armada invadir a Bolívia. Quando foi informada de que a Bolívia não tinha mar, sua majestade, aborrecida, pegou um mapa da América do Sul, riscou um X sobre a Bolívia e decretou: “A Bolívia não existe mais”.

É mais ou menos o que pretende uma Lei municipal que objetiva o fechamento de todos os bares da cidade neste feriado de Sexta-feira da Paixão. Aliás, fui eu um dos primeiros a constatar a bebedeira geral que tem ocorrido nos feriados da Semana Santa. Mas isso é um processo que vem se desenvolvendo ao longo dos anos. As pessoas estão se afastando da religião.

Os motivos são vários, mas, creio eu a desestruturação da Família, enquanto “Célula Mater” da sociedade, a falta de educação e os maus exemplos dados pelos dirigentes religiosos, são as causas mais influentes neste processo. Para alterar esse processo, mudar esse comportamento, é preciso muito trabalho sério de educação e conscientização das pessoas. Fazê-las compreender que nem tudo é sexo, drogas e pagode.

O Brasil inteiro passa por esse processo de idiotização das pessoas. Ninguém está preocupado em saber se a Imprensa vai ser amordaçada, que a liberdade de expressão e o direito de ir e vir estão para ser extintos por um regime ditatorial de esquerda que se implanta a passos largos no País. Ninguém quer saber se Lula é um ignorante, inculto, mas, esperto, que domina as massas através do Bolsa Esmola e da sua falácia populista.

Mas a culpa não é dele, Lula. Como diz o professor da USP, Wagner Valenti, “ele pensa que chegou a presidente pela competência, mas foi por uma junção entre sua persistência malufiana e o 'mudancismo' do eleitor, que só pelo desejo de mudar vota alternadamente em candidatos como Collor e Maluf, e depois em Lula & companhia. Ele pensa que é respeitado lá fora, mas não passa de uma curiosidade zoológica, como o mico-leão dourado. A esquerda romântica de lá acha lindo um operário do terceiro mundo ter virado presidente: Se ele é competente ou não, o terceiro mundo que se dane”.

A situação é grave e não adianta tentar tapar o sol com uma peneira, enterrar a cabeça no chão como avestruz, ou fazer ouvido de mercador. Nenhum antigo clichê de retórica vai mudar os rumos dos fatos. É preciso reação e ação efetiva para evitar o desastre que se aproxima. Alguns organismos como a OAB e a Maçonaria reagiram, mas timidamente. É preciso mobilização, ações firmes, para que não caiamos novamente num regime autoritário.

E lembre-se: Se todo mundo está perdendo a cabeça e você mantém a calma, talvez você não tenha compreendido ainda a gravidade da situação.

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