
Evidente que é uma consequência da crise, que tirou recursos da Saúde,
piorando o que já era um baixo financiamento; da redução de
investimentos na atenção primária, que tem impacto na cobertura vacinal e
nas doenças crônicas; da opção pelo mercado, do governo patanoso de
Temer, que abriu as portas ao sistema de saúde internacional, que
sucateia o SUS e tenta criar mercado para essas empresas com a
oportunista ideia de planos populares, gerando clientes para o mercado e
repassando o custo da assistência ao cidadão.
Além disso, temos um irresponsável movimento anti-vacina, sem nenhum
fundamento científico e que representa um retorno às trevas, do
conhecimento. Nenhum procimento médico evitou tantas mortes como as
vacinas. A varíola que matou 300 milhões no Século XX, foi erradicada em
1979. A Poliomielite que deixou sequelas em tantas pessoas, caiu de 350
mil casos em 88 para 74 em 2015. Da mesma forma o sarampo e
tuberculose que já foi responsável por 25% das mortes nos séculos
passados. Agora, estamos tendo surtos de sarampo, e outras doenças já
começam a ser notificadas.
Estamos com uma das mais baixas coberturas vacinais que já tivemos,
inclusive na Bahia, que tem umas das piores taxas. É preciso que cada
um entenda que ao deixar de vacinar uma criança está criando um ambiente
propício ao surgimento de doenças que afetam não só seu próprio filho,
mas os filhos dos outros. Somos todos responsáveis.
São duas situações dolorosas e que nos trazem o risco de mortes desnecessárias. Estamos retornando à selva original...
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