O sistema aquaponia de produção de
peixes e associado ao plantio de hortaliças está sendo desenvolvido em
parceria pela Prefeitura de Feira de Santana, por meio da Secretaria de
Agricultura, e a UEFS, por meio da Pró-Reitoria de Extensão.
A água é retirada do tanque, que irriga
pequenas hortas suspensas. Limpa, a água faz o caminho de volta. O vai e
vem, impulsionada por pequenas bombas, num mecanismo simples, permite
que se crie peixes e cultive pequenas hortas.
As hortas são irrigadas pela água do
tanque, que chega ao equipamento por canos. Os excrementos dos peixes
funcionam como adubo natural. Decantada, a água volta limpa para os
tanques. E o processo se repete continuadamente.
As espécies a serem plantadas são
aquelas de ciclo curto, como coentro, que atinge ponto de colheita em
poucos meses, ou alface. E, mais importante, com baixo consumo de água.
O professor do curso de agronomia da
UEFS, Gilberto Mendonça, explica que o sistema de produção é o ideal
para pequenas propriedades, principalmente de regiões onde existe o
problema da falta d’água.
“Na aquaponia utiliza-se apenas 10% da
quantidade de água usada no sistema convencional”, compara. O baixo
consumo de água, aliada à facilidade do manejo e ao custo da produção, é
uma das vantagens da adoção do sistema.
Cerca de oito meses depois, diz o
professor, entre 90 e cem tilápias que pesa até 900 gramas são retirados
do tanque, mais aproximadamente 40 quilos de alimentos são colhidos.
Os legumes plantados podem ser fontes de
alimentação para o peixes, como rações ou a taioba, espécie que opção
para baratear os custos com comida.
“A produção tem, digamos, duas aptidões:
a primeira é para alimentar a família e a segunda, que é a parte que
sobra, será destinada à venda, gerando renda”, diz o secretário de
Agricultura, Joedilson Freitas.
Ele comenta que etapas do projeto vem
sendo cumpridas, mas a mais importante delas é aquela que vai definir
quando o projeto será aplicado na prática pelo Governo do prefeito
Colbert Martins Filho. “Será quando as famílias serão escolhidas e o
conjunto posto em funcionamento”.
Quatro estudantes do curso de agronomia participam do projeto: Rafael Vaz, Fernando Sobral, Anne Bárbara e Carla Isabel.
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