quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Artigo

Neste Natal que se aproxima chego, novamente, até vocês.

Recosto-me na poltrona da sala.
Olho para meus dois filhos pequenos.
Aparto a disputa para resolver qual será o primeiro a tomar a mamadeira.
São duas.
A da tampa branca pertence ao maior.
A da tampa azul é do menor.
Propositadamente as troco.
O maior dispara: “A minha é a branca”.
Dou partida ao intraduzível prazer de amamentá-los sem ter tetas. E vejo neles a presença do Criador na terra.
Deus que espero, esteja consigo agora e sempre. E de modo particular neste Natal, redivivo na intimidade do seu lar, trazendo esperanças de novos tempos, atendendo suas melhores esperanças e como um presente, presente.
Transfigurado naquilo que o seu olhar, olhar; a sua boca, provar; o seu ouvido, ouvir; a sua mão, tocar. Na sua mulher, no seu marido, nos seus filhos, nos demais parentes, nos seus amigos, não importa.
Todos são feitos à imagem e semelhança do Renascido.
E se estão na terra consigo, não é por acaso.
É para dizer-lhe que, se Deus não existe como afirmam alguns, ele precisa ser inventado.

Feliz Natal e ponto final.

Hugo Carvalho

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