quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Artigo


Cutucando o cão com vara curta

Useiro e vezeiro em jogar barro na parede para ver se cola, o jornalista Jânio Rego publicou em seu “Blog da Feira” que a dívida da Prefeitura Municipal havia aumentado de R$ 40 para R$ 130 milhões. Foi o suficiente para a oposição se alvoroçar e levar, como sempre sem verificar a veracidade da informação, o assunto para a Câmara Municipal e, consequentemente, para a Imprensa.
O vereador Roberto Tourinho (PSB) foi quem levantou a lebre e pediu explicações ao governo municipal sobre a origem do débito. No bate boca que se seguiu o líder da bancada governista na Câmara, vereador Ribeiro (DEM) disse que “Problema existe quando esse débito não é honrado. Aqui em Feira, ninguém vai apresentar uma parcela sequer de dívida da Prefeitura que esteja em atraso”. Para ele, a dívida constituída pelo governo municipal seria preocupante se “estivesse fora de controle”, o que “em Feira de Santana, não existe”.
Divulgar informações sem verificar a sua origem tem sido prática comum de alguns políticos oposicionistas, em todas as esferas do Legislativo brasileiro. Em Feira de Santana não é diferente. O ex-vereador Messias Gonzaga, por exemplo, passou cerca de 20 anos na Câmara Municipal fazendo denuncias sem provas, causando polêmica, jogando para a torcida, mas sem resultados práticos para a comunidade.
Dentro da Imprensa, também, existem profissionais que, na ânsia de dar a notícia em primeira mão (furo), divulga informações sem verificar a veracidade. É notório na cidade, um radialista conhecido entre os seus pares como “morde língua”, por conta de tanta denuncia vazia que publicou. Editores com ânsia de publicar manchetes sensacionalistas para vender jornal, chegam ao cúmulo de inverter a realidade dos fatos, confundindo os seus leitores.
Eu tenho repetido reiteradas vezes que informação é uma coisa muito perigosa e que o profissional de Imprensa tem que avaliar muito bem a informação recebida porque, em alguns casos, mesmo sendo verdadeira ela poderá trazer mais malefícios que benefícios para a comunidade. Antigos mestres diziam que uma informação, antes de ser divulgada, deve passar pelas peneiras da “Verdade”, “Bondade” e “Necessidade”. Verdade, por ser verdadeira, Bondade, para saber que benefícios ela pode trazer, e Necessidade, porque, em algo casos a comunidade pode muito bem passar sem ela, não fará diferença alguma.
Somente pessoas comprometidas com os interesses da comunidade em que vivem, comportam-se assim. As demais são pessoas irresponsáveis e inconseqüentes, que se utilizam das informações recebidas para causar discórdias e conquistar benefícios pessoais a qualquer preço, mesmo que isso signifique maledicência, agressões, tumulto, confusão. Felizmente
, em Feira de Santana, a maioria age com responsabilidade. Melhor para todos nós.

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