Porque não fiquei surpreso? Não fiquei porque há muito tempo ouço denúncias desse tipo, mas só que até o momento ninguém havia provado nada. Sem provas, não há crime. Há muito tempo, observando algumas daquelas notificações de multas que são enviadas ao infrator, contendo uma foto do veículo invadindo o sinal vermelho, percebi que aquela infração poderia muito bem ser forjada. Explico:
A Câmera está posicionada atrás do veículo. Teoricamente, quando o motorista invade
o sinal vermelho um sensor é acionado e ela dispara, flagrando a
infração. Porém, em muitos casos, principalmente quando há um trecho de pista dupla a ser atravessado, o motorista passa quando o sinal ainda está verde. Mas, como ele passa devagar, porque há sempre algumas depressões a ser ultrapassadas, o sinal fica amarelo e, quando ele chega ao outro lado já está vermelho. E é nesse momento que a câmara dispara, pegando o motorista já após o semáforo. A foto mostra o semáforo com o sinal vermelho, mas o veículo já está do outro lado, o que não prova que ele invadiu o sinal.

o sinal vermelho um sensor é acionado e ela dispara, flagrando a
infração. Porém, em muitos casos, principalmente quando há um trecho de pista dupla a ser atravessado, o motorista passa quando o sinal ainda está verde. Mas, como ele passa devagar, porque há sempre algumas depressões a ser ultrapassadas, o sinal fica amarelo e, quando ele chega ao outro lado já está vermelho. E é nesse momento que a câmara dispara, pegando o motorista já após o semáforo. A foto mostra o semáforo com o sinal vermelho, mas o veículo já está do outro lado, o que não prova que ele invadiu o sinal.
A matéria da TV mostrava outros meios de forjar multas. Alguns sensores são adaptados para registrar altas velocidades, mesmo quando o veículo trafega dentro da velocidade permitida. Não foram poucas as vezes em que eu mesmo flagrei guardas de trânsito preenchendo talão de multas de forma aleatória, para cobrir a cota. Alguns deles, amigos ou parentes meus, confessaram que escolhiam aleatoriamente veículos para multar, porque tinham que atingir certo número de multas aplicadas dentro do mês, sob pena de receber bronca do chefe.
O esquema de fraude proposto pelos fornecedores dos equipamentos, e adquiridos pelas autoridades, mostrava ainda algumas “vantagens” para o comprador, como, por exemplo, a possibilidade de retirada da multa. Ou seja, se algum amiguinho do poder local fosse flagrado cometendo uma infração, ele poderia recorrer ao seu padrinho político que a multa poderia ser retirada.

Mas isso era em outros tempos. Agora a coisa está mais sofisticada.
Valha-nos, senhor Jesus!
Um comentário:
O pior de tudo isso, é que as pessoas ainda não se sentem na obrigação de eleger bem seus candidatos; não se sentem com poder de determinar que não é isso que querem para suas vidas; adotem processos seletivos baseados em meros achismos, bolsas, prometidos... e digo-lhe mais: quem sofre com esse tipo de situação, quase sempre não tem que valha por si e acaba, por vacilo, tendo que pagar por multas que na verdade deveriam ser severamente aplicadas a por exemplo, um condutor que dirige embriagado e provoca um acidente, causando prejuízos a terceiros quando não resulta em morte para alguma parte. Perceba com este mero exemplo, sarcasticamente, como realmente é perigoso andar em velocidade acima do permitido em uma via urbana, ou ultrapassar um semáforo amarelo, ou ainda estacionar em local nao permitido, ou parar em fila dupla, quem sabe!
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