sexta-feira, 11 de outubro de 2024

José Carlos Teixeira

        

Cristóvam Aguiar e Maura Sérgia recebendo uma placa do Governo Municipal das mãos de José Carlos Teixeira (2015)

Conheci José Carlos Teixeira quando eu ainda era bem jovem. Ele era amigo dos meus irmãos. Mais tarde, ele estava no Jornal Feira Hoje montando uma equipe de jornalistas. Havia um curso e eu participei tendo sido aprovado. Eu já estava trabalhando como repórter quando Maura chegou ao jornal para fazer uma experiência e logo foi contratada como redatora. Permanecemos trabalhando com Teixeira enquanto ele foi editor.

Mesmo distantes fisicamente, nossa amizade não se deteriorou. As mudanças de emprego e até de cidade nos afastaram um pouco, mas, nunca perdemos o contato.  

         O que aprendemos com ele carregamos por toda a nossa carreira. Teixeira sempre foi muito amigo e conselheiro. Contudo, não abria mão da qualidade e responsabilidade no trabalho. Era um profissional ético, capaz e que sempre soube separar as coisas. Diversas vezes recorremos a ele para que nos aconselhasse sobre nosso trabalho. Ele não se negava a dar opiniões e nós sempre o escutávamos e nunca nos arrependemos disso. Ao contrário, só temos a agradecer por essas intervenções.

         Aqueles que iniciavam na profissão ao seu lado eram sempre valorizados e recrutados para o acompanharem em suas jornadas. Podemos citar aqui o exemplo do fotojornalista Reginaldo Pereira que atuou ao seu lado na sucursal do Jornal O Globo, em Salvador. O fato é que José Carlos Teixeira marcou as nossas vidas tanto no campo profissional quanto no pessoal e até no caráter. Com ele só tivemos a ganhar. Assim como nós, muitos profissionais de qualidade, hoje atuando nas mais diversas regiões, passaram pelas hábeis mãos de Teixeira. A ele as nossas homenagens e a nossa gratidão.

Segue em paz, mestre! Até um dia!

PS: Para ilustrar o lado folclórico, alegre e hilário de José Carlos Teixeira, vou narrar um fato entre inúmeros ocorridos quando ainda atuávamos no Jornal Feira Hoje:

O  editor de política,  Boaventura Francisco, costumava usar o termo ‘via de regra’. Teixeira não gostava e chamava sua atenção para evitar o termo. Um belo dia, estávamos todos na redação “fechando” o jornal do dia quando da sala de editoria ouvimos um berro: “Boaventura! Eu já lhe disse que via de regra é Buce* e por outro lado é C*”

Assim era Teixeirinha!

 Cristóvam Aguiar e Maura Sérgia

 NE: José Carlos Teixeira faleceu na quinta-feira (10.10.2024)

          

        

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