sábado, 12 de outubro de 2024


 Neste sábado vamos apresentar o quadro Canto Livre em dose dupla. Homenageamos as crianças e agora a P adroeira do Brasil, Nossa Senhora da Conceição Aparecida, através da música de Renato Teixeira: Romaria.

A Jornada de Fé e Raízes do Sertanejo em 'Romaria'

A música 'Romaria', composta por Renato Teixeira e imortalizada na voz de Elis Regina e diversos outros artistas brasileiros, é uma expressão poética da cultura sertaneja e da fé do povo do interior. A letra fala sobre a simplicidade e as dificuldades da vida rural, utilizando metáforas que remetem ao universo do campo, como 'é de sonho e de pó' e 'é de laço e de nó', para descrever a existência solitária e árdua do eu-lírico.

O refrão da canção faz referência à cidade de Pirapora e à Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, pedindo iluminação para 'a mina escura e funda', que pode ser interpretada como as adversidades da vida ou a própria alma em busca de sentido. A menção ao 'trem da minha vida' evoca a passagem do tempo e a jornada pessoal de cada um. A música também aborda a história familiar do narrador, marcada pelo trabalho e pela solidão, e sua busca por um propósito, mesmo sem saber rezar ou seguir os rituais tradicionais de fé.

'Renato Teixeira' é um ícone da música sertaneja de raiz, e 'Romaria' é uma de suas obras mais emblemáticas. A canção se tornou um hino de devoção e identidade cultural, ressoando com a experiência de muitos brasileiros que veem na fé e na tradição uma forma de enfrentar os desafios da vida. A música é um convite à reflexão sobre as origens, a fé e a resiliência humana diante das adversidades.

O significado desta letra foi gerado automaticamente.

No vídeo a seguir, Daniel interpreta a canção quando da celebração dos 300 anos da aparição de Nossa Senhora Aparecida, em 2017. Confira:



Romaria

É de sonho e de pó
O destino de um só
Feito eu perdido em pensamentos
Sobre o meu cavalo

É de laço e de nó
De gibeira o jiló
Dessa vida cumprida a sol

Sou caipira, pira, pora
Nossa Senhora de Aparecida
Ilumina a mina escura
E funda o trem da minha vida

O meu pai foi peão, minha mãe solidão
Meus irmãos perderam-se na vida
A custa de aventuras
Descasei, joguei, investi, desisti
Se há sorte eu não sei, nunca vi

Me disseram, porém, que eu viesse aqui
Pra pedir de romaria e prece
Paz nos desaventos
Como eu não sei rezar, só queria mostrar
Meu olhar, meu olhar, meu olhar

 

 

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