Uma droga de
produção inédita no Brasil, que reduz os efeitos colaterais do tratamento de
câncer, deve chegar ao mercado no ano que vem, depois de ter sido aprovado há
pouco mais de um mês pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O Fiprima
(filgrastim) é o primeiro medicamento biossimilar inteiramente desenvolvido no
Brasil - e o primeiro da América Latina. Biossimilares são parecidos a
medicamentos biológicos, que por sua vez são produzidos a partir de um
organismo vivo, e não apenas por meio da manipulação química de sais em
laboratório. Isso torna o seu desenvolvimento muito mais complexo.
Para se ter uma
ideia, em todo o mundo existem apenas 20 biossimilares registrados, incluindo o
produto brasileiro, que são considerados uma nova fronteira para a indústria
farmacêutica global.
A nova droga é
uma versão de um medicamento biológico originalmente desenvolvido pela Roche,
cuja patente expirou no início dos anos 2000.
Ela é indicada
para pacientes que apresentam o sistema imunológico comprometido pela
realização de tratamento quimioterápico. O medicamento permite o
restabelecimento da imunidade, evitando o surgimento de doenças infecciosas
oportunistas.
O novo
biossimilar foi desenvolvido pela Eurofarma. Por meio de um acordo de
transferência de tecnologia, será produzido pela Fiocruz e distribuído
gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Com a produção
própria, o Ministério da Saúde diz esperar economizar R$ 9,3 milhões por cinco
anos.
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