segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

PERIGO!

Saiu ontem, na coluna do Cláudio Humberto:”Autoridades ligadas à organização dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, continuam apavoradas com o pouco caso do governo federal em relação a um trabalho de inteligência coordenado e principalmente com comando, para adotar as providências que afastem o risco de ataques terroristas, por exemplo. O Exército Brasileiro avalia os apelos para ocupar o comando vago desse trabalho de inteligência. Após o recente ataque terrorista em San Bernardino, o governo americano voltou a lembrar precauções ainda negligenciadas no Brasil.”

A crise de hoje é a anedota de amanhã (H. G. Wells)

2016 será um ano natimorto, porém crucial.
A contradição no título deste comentário traduz um momento ambíguo da realidade brasileira. Enquanto, de um lado, o vindouro ano de 2016 tem tudo para ser um ano perdido (crise do impeachment e Olimpíada no Rio, além de eleições municipais), ao mesmo tempo em que se afigura como um período crucial para que decisões políticas sejam logo oficializadas, sob pena de as incertezas, ao lado de fatores já enumerados, aprofundarem a crise social e econômica (coisa, aliás, que economistas vêem como inevitável), eventos desviarão a atenção da sociedade para acontecimentos triviais.
Portanto, podem ser preparar para, como sempre, convivermos com dois Brasis. Enquanto em um deles, o governo seguirá chafurdando no mar de lama de Brasília e com a cabeça a prêmio, no outro, no Brasil dos que não estão nem aí (coitados!), veremos multidões vibrarem com a Olimpíada e, depois, com as eleições.
Mas que os alienados não se enganem: enquanto dedicam sua atenção ao trivial, nos bastidores as raposas políticas seguirão tramando com base na famosa declaração do escritor Lampedusa, no seu genial “O Leopardo”: “É preciso mudar, para que tudo fique como está”.

E por falar em Brasília (I)
A provável saída de Dilma do governo pode ser legal, justa, mas o entorno desta crise é que me faz ficar pasmo.
Vejamos as atitudes do PMDB, inclusive através do próprio vice-presidente, Michel Temer, que já está abandonando o barco, no mais autêntico estilo oportunista que, aliás, caracteriza a política, notadamente este partido.

E por falar em Brasília (II)
A verdade é que a espantosa sobrevivência do PMDB como maior partido do País está alicerçada em atitudes ambíguas e mesmo altamente contraditórias.
O partido, por exemplo, já esteve nos braços da ditadura militar (via Sarney), ao mesmo tempo em que dizia lutar pela democracia.
E não houve, até hoje, desde a sua criação, um governo em que ele não estivesse com um pé (ou o corpo inteiro) lá dentro. Zorra!

Um dia a fonte seca (I)
Bares e restaurantes de Salvador estão aumentano de forma chocante os preços dos seus cardápios.
Da bebida ao jantar dito sofisticado, passando pelo PFs da vida, o custo de sentar-se numa mesa para saborear uma cerveja e um tiragosto é cada vez mais assustador

Um dia a fonte seca (II)
Pelo visto estão confiantes na enxurrada de turistas, notadamente estrangeiros cheios de dólares e euros, para vender fortunas durante a alta temporada.
Mas isso é passageiro, senhores. Dura pouco, principalmente em situações com a do atual período, quando o Carnaval começará cedo e, claro, terminará também cedo.
Depois será hora de voltar à realidade e respeitar um pouco os cidadãos da terra.

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