domingo, 6 de dezembro de 2015

INIMIGOS

A presidente Dilma deveria elevar preces aos céus por ter como inimigo DECLARADO Eduardo (argh!) Cunha. Pior é ter um vice-presidente, Temer, que sai de baixo no momento crucial e deixa claríssimo que não está com ela, mas apenas aguarda o momento de assumir gloriosamente (sic) a presidência, em caso de impeachment. Gente, o melhor inimigo é aquele que age claramente como inimigo. O resto é esparro. Esse PMDB!

Calor, barulho, assaltos e calhambeques. Eis o sistema de transporte coletivo a ônibus de Salvador.

Onde estão a renovação da frota e o ar condicionado?
Prestou desserviço ao prefeito Neto o secretário que, logo após a posse, alardeou pela imprensa que Salvador teria ônibus com ar condicionado. Nada disso. Quem usa o transporte coletivo na capital baiana segue enfrentando longa espera, filas imensas, torturante calor, para não falar no estado lamentável da maioria da frota e dos assaltos diários.
Tive a experiência, ontem, de usar ônibus, saindo da região do Bonocô para a Boca do Rio. Entrei no veículo e logo notei total abandono, muito barulho, peças batendo, poltronas estragadas, motorista (coitado!) sofrendo com barulhão do motor nos ouvidos, remendos por toda parte, um caos.
Fiquei chocado e quase esqueci o torturante calor.
Vejam só, é nessas horas que até chego a perdoar os excessos que alguns motoristas cometem, pois dirigir em um dos piores trânsitos do País e naquelas condições, é para deixar qualquer um com os nervos à flor da pele.

Ainda sobre ônibus (I)
Fica fácil dizer que o péssimo aspecto dos veículos (repito: remendados por dentro e por fora) é obra de vândalos.
Nada disso. A maioria absoluta dos passageiros é ordeira e quer, sim, conforto. Caso a prefeitura tivesse cumprido a promessa de renovação total da frota (foi uma balela!) e ar condicionado nos veículos, estaríamos vendo uma população ordeira, cuidando do conforto para usufruí-lo sempre. Mas...

Ainda sobre ônibus (II)
Vândalos existem, são pragas em qualquer sociedade, mas podem pesquisar: eles são em quantidade muitíssimo menor nas sociedades onde o poder público oferece, realmente, conforto, educação e tranquilidade para quem usa os serviços.
Decididamente não é o caso do inviável Brasil. Quem sobreviver, verá.

Violência, lá e cá (I)
Os Estados Unidos são, salvo alguma exceção que não conheço, o país mais armado do mundo. Há mais armas do que os cerca de 350 milhões de habitantes. Compram-se fuzis, metralhadoras e pistolas como quem compra o hot dog.
No entanto, os episódios de tiroteios e massacres que tanto nos chocam, nem chegam a arranhar a brutal diferença de mortes por tiros entre o Tio Sam e nós, Brasil de Dilma e “povo pacífico”.

Violência, lá e cá (II)
Vejamos números frios e inexoráveis: reportagem da BBC Brasil dá conta de que “apesar do número bem inferior de armas de fogo em circulação entre a população do que nos Estados Unidos, o Brasil registrou, em 2010, 36 mil vítimas fatais de tiros.
O total é 3,7 vezes o registrado pelos americanos, que tiveram 9.960 mortes.”

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