sábado, 5 de dezembro de 2015

BRASIL

“Não tenho mais nenhum orgulho de dizer que sou brasileira”. O desabafo, totalmente compreensível, veio da mãe de um dos cinco jovens assassinados pela Polícia Militar do Rio de Janeiro, no último sábado, de forma COVARDE, sem qualquer chance de se entregar, embora todos inocentes. Ora, minha querida, sua dor é perfeitamente compreensível e, lhe digo mais, não é só você que não tem mais esse orgulho. Ufa!

“Não discrimino por cor ou crença. Só me importa se alguém é ou não um ser humano: não se pode ser pior que isso”. (Mark Twain, 1835-1910, escritor americano)

De Mark Twain (viva!) a Eduardo Cunha (argh!)
Enfim foi colocada institucionalmente a possibilidade do impeachment da presidente Dilma. Eu, que participei ativamente das passeatas dos caras pintadas a favor do impeachment de Collor, nas quais havia uma imensa população petista, nem quero aqui dizer se sou contra ou a favor.
O que é preciso é que o País, que bons rumos tem tomado em parte do Judiciário e da Polícia Federal, saia o mais rapidamente possível desta paralisação que está nos afundando ainda mais do que o “normal” para a crise que é só nossa.
No entanto, e ainda entra Mark Twain: que vai substituir Dilma, caso ela seja, muito provavelmente e de forma merecida, tirada do poder?
Michel Temer, presidente do PMDB, partido que já provou mil vezes que só age com a sede de poder e muito, muito dinheiro? Pois é. E se houver uma nova eleição, temporã, Aécio Neves? Cruz, credo!
Não acho que Dilma deva ficar, mas temo que, com sua provável saída, tenhamos mais um continuísta do jogo podre de poder deste país na governança. Lamentável.

E sobre Eduardo Cunha...
É notório que esse sujeito, ou elemento (como gostam de falar os policiais), não tem a menor moral para posar de guardião da moral nacional. Todavia, ele tem nas mãos os instrumentos legais para fazer o que fez.
Tudo isso, é claro, resultado de uma disputa de poder. Mas, no fundo, é o velho dito: há males que vêm para o bem.

Nunca pensou no País
Repito que não vejo como golpe um provável impeachment de Dilma, e tomara que os seus efeitos ecoem no processo das próximas eleições presidenciais (atingindo, inclusive, aquele cidadão que nunca sabe de nada).
Mas daí a achar que Cunha “et caterva”, incluindo o presidente da Força Sindical e outros, estão querendo moralizar o país, é uma piada de péssimo gosto. Veremos.

Debochando da fiscalização
As vans e outros veículos de transporte escolar têm sido protagonistas de verdadeiros desafios às mais comezinhas normas de trânsito, em Salvador.
Seus motoristas dirigem em alta velocidade, invadem sinais, fazem o diabo. Digo por que sou testemunha ocular e já denunciei aqui, inclusive dando placas.
Só quem não vê, claro, são as autoridades de trânsito da cidade. Terrível!

Silêncio criminoso
Eduardo Cunha x Dilma, economia no fundo do poço, país desgovernado, é isso aí.
E a situação só tem ratificado o ABSOLUTO desinteresse dos políticos, desde as câmaras municipais até o Congresso, em levar a sério o terrível sofrimento, a execrável tortura que é imposta hoje ao cidadão pelo assassinato dos seus filhos (seja por bandidos ou pela polícia) e pelo descaso total com a saúde pública. Ninguém diz uma palavra.

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