quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

'Municípios receberam tarefa, mas não condições para enfrentar mosquito'

Em meio à epidemia de microcefalia no Brasil, o Estado de Pernambuco, que foi o primeiro a chamar a atenção para o problema e tem o maior número absoluto de casos notificados no país — 646 até o dia 28 de novembro —, se preocupa com um novo surto de dengue, chikungunya e zika vírus com a chegada do verão.

O governo estadual corre contra o tempo para dar conta do atendimento das famílias em hospitais, facilitar o diagnóstico da doença e encontrar maneiras mais eficientes de combater o mosquito Aedes aegypti.

Em entrevista à BBC Brasil, o secretário de saúde do Estado, Iran Costa, diz que a ajuda financeira insuficiente aos municípios por parte do governo federal é a principal responsável pela ineficiência do combate ao mosquito, que é vetor das três enfermidades.

"Na distribuição do SUS, o controle das larvas fica com a atenção primária e com os municípios. Mas a atenção primária representa 70% a 80% (do total do sistema) de saúde, e só 16% do orçamento da saúde fica com os municípios. Esse é o motivo pelo qual eu considero que a dengue nunca foi vencida”, afirma.

"O ministério deu a ação para os municípios, mas não deu condição para eles executarem. Só vamos vencer a dengue no dia em que dermos capacidade de gestão e recurso para os municípios." O Ministério da Saúde está entre as pastas que passaram por cortes de gastos no processo de ajuste fiscal do governo federal, o que afeta os repasses aos municípios.

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