Em meio à epidemia de microcefalia
no Brasil, o Estado de Pernambuco, que foi o primeiro a chamar a atenção
para o problema e tem o maior número absoluto de casos notificados no
país — 646 até o dia 28 de novembro —, se preocupa com um novo surto de
dengue, chikungunya e zika vírus com a chegada do verão.
O governo
estadual corre contra o tempo para dar conta do atendimento das
famílias em hospitais, facilitar o diagnóstico da doença e encontrar
maneiras mais eficientes de combater o mosquito Aedes aegypti.
Em
entrevista à BBC Brasil, o secretário de saúde do Estado, Iran Costa,
diz que a ajuda financeira insuficiente aos municípios por parte do
governo federal é a principal responsável pela ineficiência do combate
ao mosquito, que é vetor das três enfermidades.
"Na distribuição
do SUS, o controle das larvas fica com a atenção primária e com os
municípios. Mas a atenção primária representa 70% a 80% (do total do
sistema) de saúde, e só 16% do orçamento da saúde fica com os
municípios. Esse é o motivo pelo qual eu considero que a dengue nunca
foi vencida”, afirma.
"O ministério deu a ação para os municípios,
mas não deu condição para eles executarem. Só vamos vencer a dengue no
dia em que dermos capacidade de gestão e recurso para os municípios." O
Ministério da Saúde está entre as pastas que passaram por cortes de
gastos no processo de ajuste fiscal do governo federal, o que afeta os
repasses aos municípios.
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