Depois da microcefalia, o vírus zika foi
relacionado a outra doença: a síndrome de Guillain-Barré, uma reação a a
agentes infecciosos que provoca fraqueza muscular e paralisia. O Ministério da
Saúde vinha estudando o aumento de casos, sobretudo no Nordeste. Nesta
quarta-feira, a pasta confirmou a associação entre a síndrome e o vírus
transmitido pelo Aedes aegypti. Mas estudos continuam sendo realizados
para entender como essa relação ocorre e se há outros fatores envolvidos.
Como a doença não é de notificação
compulsória, o governo federal desconhece quantas pessoas tiveram ou têm
Guillan-Barré no país. Dados apontam que, no ano passado, houve 65.884
procedimentos ambulatoriais e hospitalares no SUS (incluindo internações) para
tratar a síndrome. O número de procedimentos não corresponde ao número de
pacientes atendidos, pois uma pessoa pode realizar mais de um atendimento.
No Brasil, a ocorrência de síndromes
neurológicas relacionadas ao vírus zika foi reforçada após investigações da
Universidade Federal de Pernambuco, no fim do mês passado. Amostras de seis
pacientes com sintomas neurológicos registraram a presença do vírus. Do total,
quatro foram confirmadas com doença de Guillain-Barré. Mas, assim como a
microcefalia, o governo continua investigando como se dá a associação com o
zika.
Os sintomas do Guillain-Barré começam
pelas pernas, podendo irradiar para o tronco, braços e face. A síndrome, que é
considerada uma doença rara, de acordo com o Ministério da Saúde, pode
apresentar diferentes graus de agressividade, provocando leve fraqueza muscular
em alguns pacientes ou casos de paralisia total dos quatro membros. O principal
risco da síndrome é a paralisação dos músculos respiratórios, que pode levar à
morte, caso não sejam adotadas as medidas de suporte respiratório.
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