quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Governo confirma relação entre Guillain-Barré e vírus zika

Depois da microcefalia, o vírus zika foi relacionado a outra doença: a síndrome de Guillain-Barré, uma reação a a agentes infecciosos que provoca fraqueza muscular e paralisia. O Ministério da Saúde vinha estudando o aumento de casos, sobretudo no Nordeste. Nesta quarta-feira, a pasta confirmou a associação entre a síndrome e o vírus transmitido pelo Aedes aegypti. Mas estudos continuam sendo realizados para entender como essa relação ocorre e se há outros fatores envolvidos.
Como a doença não é de notificação compulsória, o governo federal desconhece quantas pessoas tiveram ou têm Guillan-Barré no país. Dados apontam que, no ano passado, houve 65.884 procedimentos ambulatoriais e hospitalares no SUS (incluindo internações) para tratar a síndrome. O número de procedimentos não corresponde ao número de pacientes atendidos, pois uma pessoa pode realizar mais de um atendimento.
No Brasil, a ocorrência de síndromes neurológicas relacionadas ao vírus zika foi reforçada após investigações da Universidade Federal de Pernambuco, no fim do mês passado. Amostras de seis pacientes com sintomas neurológicos registraram a presença do vírus. Do total, quatro foram confirmadas com doença de Guillain-Barré. Mas, assim como a microcefalia, o governo continua investigando como se dá a associação com o zika.
Os sintomas do Guillain-Barré começam pelas pernas, podendo irradiar para o tronco, braços e face. A síndrome, que é considerada uma doença rara, de acordo com o Ministério da Saúde, pode apresentar diferentes graus de agressividade, provocando leve fraqueza muscular em alguns pacientes ou casos de paralisia total dos quatro membros. O principal risco da síndrome é a paralisação dos músculos respiratórios, que pode levar à morte, caso não sejam adotadas as medidas de suporte respiratório.

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