sexta-feira, 5 de junho de 2009

Artigo da Semana


Depende de nós

Depois que um sujeito, trajando uma camisa com o símbolo do Partido dos Trabalhadores (PT) me abordou na Avenida Getúlio Vargas, na época das eleições de 2008, e me ameaçou de morte, eu pensei que tudo não passasse do calor da disputa eleitoral, na qual eu, como é do meu feitio, assumi posição bastante clara quanto aos meus candidatos, que, no final, foram eleitos.
Passado o pleito, eu pensei que a raiva arrefecesse, pelo menos, até a próxima eleição. Mas não foi o que aconteceu. Eu tenho sido insistentemente provocado nas ruas por pessoas estranhas e mal encaradas, com visíveis propósitos agressivos. Até agora tudo não passou de discussão, sem maiores problemas. Mas tudo tem limite.
Como se não bastasse, hackers estão invadindo meus computadores, tentando me causar prejuízos e espionar minhas ações na Internet. Eu já tenho algumas suspeitas e algumas certezas, mas preferi investir em programas de defesa e tenho obtido bons resultados. Mas, eu não posso, pelo menos ainda, ver o rosto dos meus covardes agressores, mas sei quem são seus mandantes.
Durante a festa de aniversário de Carlos Geilson, algum vagabundo roubou meu celular. Seria normal, se o celular valesse o risco. Era um tipo de aparelho comum que custa algo em torno de R$ 20 numa loja de usados. Mais tarde, vi um político que não gosta de mim (nem eu gosto dele), cercado de indivíduos suspeitíssimos, como ele mesmo o é. Deduzi então porque meu celular foi roubado. Mas não posso provar. E também, recuperei o meu número com um custo de apenas R$ 5, 00.
De toda sorte, desde o dia em que vim ao mundo e tomei conhecimento da minha existência, entreguei minha vida nas mãos de Deus e não tenho medo de nada nem de ninguém. Contudo, para que eu não me torne um defunto sem choro, eu pedi a alguns amigos que, caso eu tenha uma gripe ou coisa pior, façam com que meus inimigos também sofram o mesmo. Isto já está justo e acertado.
No mais, eu gostaria de pedir aos meus queridos leitores que, não se escondam, não tenham medo. Ajudem-me a fazer vir à tona as mazelas dos indivíduos que tramam contra a paz e justiça na cidade. Os seus rostos precisam ser revelados. Suas falcatruas precisam ser denunciadas. E isso, eu só posso fazer se tiver nas mãos provas contundentes. Vocês podem fazer isso. É preciso mostrar que a cidade é nossa, e não deles.
É bom receber telefonemas, cartas, e-mails, e pessoas nas ruas me parando para elogiar o meu trabalho. São centenas, e isso demonstra que há muita gente que pensa como eu, e tem em mim um porta voz.. Mas, sozinho eu não posso fazer muito. Com o apoio dos meus conterrâneos, trabalhadores e honestos como eu, posso mudar muitas coisas. Só depende de nós.

Um comentário:

andré dias da silva disse...

Caro jornalista, não o conheço pessoalmente, nem creio que tenhamos amigos em comum. Cheguei ao seu blog vasculhando na internet os sites de feira. Mas gostaria de deixar claro que concordo com v.sa com os procedimentos que tomou no que concerne aos trâmites de dissídia em que se viu envolvido. O homem deve prezar pela sua vida e esse prezar implica em defendê-la com palavras, gestos e ações. Quem ameaça normalmente é um covarde que usa de subterfúgios, mas não custa se tomar prevenções. Votei no presidente Lula, continuo votando até se tiver terceiro mandato, mas isso é uma decisão política minha que, é claro, pode sofrer críticas, mas nunca censuras. Aliás nem discuto publicamente temas como fé, futebol e política, sempre dá em confusão. Há os que se acham soberbos na sua decisão e não admitem a divergência.vou-lhe citar um exemplo: dias desses estava em um shopping da cidade - só tem um é verdade - e sentou ao meu lado no café um cidadão já grisalho, assim como eu, e puxou assunto. Respondi sim, não, talvez, para não ser deselegante. Aí ele me saiu com a pérola de que era funcionário público da fazenda, receita, uma coisa dessas, que tem salário bastante acima da média. Reclamava justamente do salário, do governo Lula. Perguntei-lhe a idade e ele disse 54, se estava de férias folga ou coisa que valha e ele disse que era aposentado. Me contive para não dar uns sopapos no sujeito, mas disse que votei em Lula, e achava que o problema dele era dar privilégios ao funcionalismo público. Ele saiu resmungando.
Um forte abraço,
André Dias

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