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César Oliveira |
A Vale, no entanto, não é a única culpada. Deputados mineiros aprovaram
projeto que fragilizava a aprovação das barragens; o governador
Pimentel, aprovou; na Câmara de Atividades Minerárias, do mesmo
governador, o risco foi rebaixado, sob a benção do Secretário Germano
Vieira, herança que o novo governador adotou. É o braço político desse
assassinato em massa.
O governo Bolsonaro, certamente por ter militares acostumados a esse
tipo de intervenção, deu show de agilidade, ao contrário do governo
Dilma que levou uma semana para sobrevoar a região. Bolsonaro fez
pronunciamento que responsabilizou a Vale, despachou Ministros, criou
Comitê de Crise, aceitou ajuda internacional de equipes especializadas, e
sobrevoou a região no dia seguinte.
Diversas instituições anunciaram multas a Vale. Como bem mostra a
tragédia de Mariana elas costumam resultar em nada( das 58 multas, menos
de 1% foi pago pela Vale).
O que o país espera é que os diretores da Vale sejam afastados e
detidos; que a empresa seja punida de verdade( não foi, até agora, em
Mariana), como autores de um crime bárbaro, de uma tragédia que já havia
sido anunciada na tragédia anterior. E que nem assim, foi evitada.
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