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César Oliveira |
Nela está incluído o fim da representação coletiva e o advento da
representação individual, mas com a supremacia de uma linguagem
universal ( em breve futuro todos falarão todas as línguas via
tecnologia), de conteúdo superficial em detrimento do profundo, de
difícil assimilação.
Do mesmo modo, com o alvorecer do individualismo, da incapacidade de
frustração e de renúncia individual, assistiremos a fragmentação
violenta das relações duradouras, dos vínculos de permanência, como meio
de evitar o sofrimento, e o peso da perda, ou do não. Assim como
estamos nos desobrigando da sensação de dever com os pais.
Além disso, o que estamos a presenciar, a partir da China, e nem Deus -
que Einstein disse que não jogava dados com o Universo-, sabe qual
limite terá, é a manipulação genética como criadora de uma nova espécie,
não mais natural, e inteligência artificial, como instrumento de
controle da sociedade e classificação de cidadãos. Há minorias chinesas
já controladas e monitorizadas pelo governo e mesmo cidadãos das
maiorias já sofrem toda uma regulação comportamental. O sonho do
controle social das ditaduras comunistas, que tentaram ao custo de
milhões de vítimas, está chegando via tecnologia.
O resto do mundo ocidental não ficará para trás e sob o disfarce dos
benefícios, ou desculpa, de segurança, implantarão seus modelos. E, a
esse modelo de totalitarismo tecnológico- muito mais difícil de ser
classificado, e de ser percebido como tal-, teremos muito mais
dificuldade de combater, pois, será difuso, controlador, antecipador de
todas as ações.
O que nossa geração está vivendo é uma revolução histórica política e
social: o fim da privacidade, como a conhecemos e um estilo de
liberdade condicional para todos.
Somos, todos, dinossauros. E o futuro está vindo.
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