sexta-feira, 8 de maio de 2009

Artigo da Semana


Baixando o nível

Eu bem que queria escrever sobre alguma coisa boa, mas, não tem jeito. Vejo-me impelido a voltar a falar da Câmara Municipal, principalmente de alguns vereadores novatos. Não bastasse culpar a Imprensa pelas suas mazelas, ameaçar jornalistas com processos, agora estão querendo partir para as vias de fato, desafiando para briga, no melhor estilo “duelo” do velho Oeste americano.
Desta vez a birra foi com o radialista Beto Souza, que declarou no rádio que vereador só trabalha três dias por semana, em um turno, e ainda tem recesso de 90 dias. Ele só disse a verdade, mas é necessário salientar que existem vereadores (não todos) que ao deixar as sessões da Câmara partem para atender aos seus eleitores nos gabinetes e visitar comunidades, ouvindo as reivindicações dos moradores. Portanto, trabalham mais.
O problema com a Câmara Municipal está no fato que boa parte dos vereadores, principalmente alguns novatos, entende que pode tudo, faz o que quiser e que não é da conta de ninguém. Se o vereador espanca um parente na via pública, a culpa é da Imprensa. Se exige 13º salário, vale paletó, vale bacalhau, e o escambau do Pau de Légua, a culpa é da Imprensa. Se querem entrar sem pagar em estádios, eventos particulares, cinemas etc. , a culpa é da Imprensa.
Essas coisas me fazem perder as estribeiras e me levam, às vezes, a dizer o que não quero e nem devo. Por isso, esta semana, falando ao programa Acorda Cidade, disse que existe uma “Banda Podre” na Câmara. Baixei o nível. Peço desculpas. Mas já dizia Raul Seixas, que “quando se quer entrar num jogo de rato, de rato você tem que transar”, numa versão moderna do antigo ditado: “em Roma, faça como os romanos”.
Mas, eu disse que existe uma Banda Podre, porque sei que existe uma Banda Sadia, que trabalha pelo interesse da coletividade, como tem que ser, e não apenas por seus próprios interesses. Na semana passada publicamos aqui a notícia de que um projeto do vereador Ribeiro foi reconhecido em Brasília como “de grande alcance social”, e por isso o vereador estria sendo homenageado. Essa é a Banda Sadia.
No mais, eu quero lembrar aos edis, que rejeitaram o projeto do vereador Bastinho, que previa que vereador teria que pagar ingresso no estádio municipal, de que estádio pertence ao município, mas quando um clube vai jogar ali, paga um aluguel. Portanto, naquele momento o estádio é do clube, e só pode entrar sem pagar os seus convidados, ou aqueles que vão trabalhar, o que não é o caso dos vereadores.
E só pra evitar qualquer tipo de comentário, devo dizer que mesmo quando eu cobria os jogos no estádio, eu só entrava sem pagar quando estava a serviço. E ainda assim pagava o ingresso de quem estivesse me acompanhando.

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