
Diante dele, uma plateia de parlamentares na qual estão pelo menos
dez acusados por ele próprio, o procurador, de vultosa corrupção.
Logo na frente, senta-se o que tem “aquilo roxo” e já presidiu este
País, tendo sido enxotado do cargo, inclusive com amplo apoio do PT nos
protestos, em 1992, por corrupção, corrupção esta que envolveu, pasmem,
ter recebido como presente uma prosaica Elba, carro da Fiat.
Este é o Brasil, este é o país em que vivemos e onde as leis são motivo
de chacota por parte de todos os criminosos, desde um ex-presidente da
República, até o mais vagabundo dos bandidos. Ninguém teme a lei, e
alguns se acham tão especiais que podem passar por cima dela.
Collor de Mello, o ex-presidente em pauta, xinga o procurador, diz mil desaforos e se ufana, claramente, por sua “coragem.”
Do “outro” lado, no Planalto, a presidente acossada anuncia a
extinção de dez ministérios e o corte de cargos comissionados. Reação
imediata do lado de “cá”, lado este que já ganhou a promessa de R$ 500
milhões em benesses, numa tentativa patética do Executivo de salvar a
relação com a base “aliada”, mas que não admite, de forma alguma, abrir
mão dos cargos que envolvem os dez ministérios a serem extintos (sic).
Mais um teatro do absurdo (Ionesco que o diga!), mas um espetáculo
patético que tem como único objetivo tentar engabelar uma população
coagida por tremendo arrocho, resultante de irresponsabilidades fiscais e
outras tantas que tiveram fim eleitoral.
De marqueteiro em marqueteiro, de ministro em ministro, de discurso
surreal em discurso surreal, lá vai o Planalto tentando empurrar com a
barriga uma crise óbvia, de causas óbvias, e que tem gerado a
paralisação da economia do País.
Taxistas, donos de restaurantes e lojas, shoppings em geral, todos
eles e muito mais que o digam o inferno astral que baixou sobre a
sociedade, devedora e sem dinheiro, desempregada e sem esperanças.
Pois é. Assim segue a humanidade neste canto abaixo do Equador,
vizinho de um presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, dito socialista,
que expulsa imigrante à base do exército, e próximo de outro
“socialista”, Evo Morales, flagrado mandando um assessor abaixar-se,
durante ato público, para amarrar os cadarços do seu (do presidente)
sapato. E haja saco!
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