Nesta terça-feira (4), às 16h30, no
Auditório do Módulo IV, a Adufs realizará assembleia para avaliação da greve
dos professores que já dura cerca de três meses. Na sexta-feira
passada (31), o Movimento Docente (MD) disposto a assinar a Minuta de Acordo e
o Termo de Compromisso, reuniu-se com o governo do estado da Bahia. No entanto,
os representantes do governador Rui Costa não apresentaram o termo de
Compromisso discutido durante as negociações do dia 27 passado, que garantiria
a criação de uma agenda de trabalho para debater os direitos trabalhistas em
2016.
Por deliberação
das assembleias gerais, das quatro universidades estaduais da Bahia, a recusa
do Governo em apresentar o Termo impede a conclusão das negociações e o fim da
greve. Conforme nota da Adufs, respeitando as decisões do conjunto dos
professores, a greve continua e a categoria permanece aberta ao diálogo.
Moção de repúdio
Ainda na semana passada, o fórum das ADs
divulgou uma nota de repúdio ao governo Rui Costa, considerando-o truculento. Para
os docentes, a presença da Rondesp na Secretaria da Educação do Estado (SEC),
durante a ocupação pacífica do prédio, entre os dias 15 e 18 de julho, “expressa
a incapacidade política do Governador e do Secretário de Educação, Osvaldo
Barreto, para dialogar com os movimentos sociais.
Durante
a ocupação da SEC, professores e estudantes, em luta pela defesa da
universidade pública, enfrentaram a nova tática do governo Rui Costa”.
Segundo a nota, na noite do dia 17 de
julho, diversas viaturas da Rondesp cercaram o prédio público. O governador Rui
Costa deu ordens para que a PM desocupasse o prédio, utilizando os meios que
fossem necessários. “O que nos surpreendeu foi que somente após a intervenção
do coronel é que os representantes do governo se sentaram à mesa de negociação
com os professores e estudantes. Fomos constrangidos e ameaçados pela Polícia
Militar na presença do chefe de gabinete da SEC, Wilton Cunha, e com a
conivência do Secretário de Educação do Estado. Aqueles que deveriam zelar pela
educação foram os mesmos que nada fizeram para evitar a intervenção militar que
poderia ter levado a uma tragédia”, diz ainda a nota.
Também fazem um alerta a população do
Estado. “Na Bahia está faltando compromisso do governo com as mínimas garantias
da democracia formal e o governador Rui Costa demonstra total desinteresse pela
crise orçamentária das universidades estaduais. Além disso, o governo manifesta
a séria intenção de criminalizar o movimento grevista, inclusive cortando os
salários dos professores em greve, sem nenhuma decisão judicial”.
Os reitores também estão sendo
criticados pela categoria por não se posicionarem aos ataques do governo e não
cobrarem uma solução para a crise financeira das instituições.
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