
Entre essas ações, que exigem intervenção multisetorial, podemos
destacar algumas: retreinamento e capacitação das equipes de Saúde,
facilitação da realização dos exames básicos de hemograma, plaqueta-
imediatos-, e sorologia, exigência e fiscalização do cumprimento do
protocolo de atendimento a casos suspeitos, estabelecimento de Unidade
para atendimento de casos graves, contratação de médicos para as vagas
que estão descobertas para conferir amplitude a rede, e agilidade ao
atendimento, visto que, nesses casos, tempo é sobrevida.
Por outro lado, é preciso investir em campanha maciça de
esclarecimento, de alerta a população, pois, seu envolvimento no combate
ao mosquito, é fundamental. Além disso, é preciso organizar mutirões de
limpeza, ampliar as ações da Vigilância Sanitária, com apoio do MP e
Guarda Municipal, ou mesmo Polícia, se precisar acessar áreas difíceis,
buscar parceria com o Exército e outras entidades que possam colaborar,
ampliar o trabalho dos Agentes de Endemias, nas áreas piores. É preciso
monitorizar os índices de infestação, fazer o bloqueio nas áreas
infestadas, e combater o vetor com uso do inseticida. Aliás, a essa
altura os dados já são mais que evidentes. É imperativo que se amplie a
relação com a Secretaria de Saúde do Estado para que ela tenha uma ação
muito mais firme e efetiva, pois, o mosquito não escolhe eleitor e a
cidade está sofrendo.
Essas são algumas das medidas e outras podem ser sugeridas pelos
especialistas. O que não é possível é aceitarmos 12 vidas perdidas – ou
uma única-, por uma doença evitável. Evidente que algumas dessas ações
estão acontecendo, mas não adianta rebater que os Agentes de Endemias
estão atuando, que a ação A ou B, está sendo feita, porque se estamos
em surto, se crianças estão perdendo a vida , é porque o tamanho, ou a
forma da ação, está inadequada e isso é indiscutível.
O governo precisa responder a Sociedade feirense com presteza e firmeza, sob o risco de morrer engasgado com um mosquito.
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