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César Oliveira |
A direção alega que o problema é que dos 3684 internamentos desse ano,
642 foram de outros munícipios. Bem, se dividirmos 642 por 4 meses
teremos 160,5 partos/mês ou 5,35 partos/dia. É claro que, para quem
está lotado, cinco partos/dia é uma sobrecarga, mas é dificil crer que o
tamanho do problema de parto na cidade seja o acréscimo dessa
quantidade de partos/dia, ou que isso seja a justificativa dos fatos.
O que fica claro é que o sistema está subdimensionado. Não se trata,
nesse texto, ainda, de firmar responsabilidades, pois, exige-se outras
análises. O que queremos apontar, inicialmente, é a necessidade de
ampliação do Hospital, a responsabilização judicial dos múnicipios que
praticam a " ambulancioterapia"- e o MP pode ser provocado a respeito-, e
a necessidade imperiosa que o Estado resolva essa questão regional,
investindo, repactuando, ou ampliando, a limitada maternidade do
Hospital da Criança.
Independente da responsabilidade a única coisa irrecuperável e que não
pode mais ser permitido é ter mães impotentes- pois, dependem dos
seviços públicos- que perdem seus filhos antes mesmo da chance de
conhecê-los.
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