
Na verdade, pode até ser visto como uma denúncia, a informação dada
pelo governador à Rádio Metrópole e reproduzida no site Política
Livre. Ele afirmou que a UEFS gasta o dobro, na contratação do serviço
de vigilância da instituição, em comparação com as outras universidades
estaduais, embora com demanda menor. A declaração do governador:
"... Vejo que na UEFS se gasta o dobro com vigilância do que nas outras
universidades. Só tem um campi. Gasta mais que Conquista, que tem três.
Gastar o dobro com empresa de vigilâncias melhora educação? Isso pra
mim é desperdício de dinheiro público”.
Não deixa de impactar, uma informação dessa natureza. Qual seria a
justificativa da reitoria da UEFS, com um campi, para pagar o dobro que o
valor da Universidade Estadual do Sudoeste, em Vitória da Conquista,
que tem mais de um campi? É preciso, de fato, um esclarecimento, que
os dados dos valores sejam publicados, em ambas Universidades, para
que vejamos se o governador tem razão ou se a UEFS tem seu gasto
justificado. O governador afirmou que considera desperdício público a
escolha do investimento o que torna a recondução do Reitor, autor do
contrato, uma contradição e sinaliza um relacionamento complicado.
Anteriormente, o Reitor, havia sinalizado que o contingenciamento de
verbas nas universidades da Bahia, era igual ao que o governo federal
estava fazendo.
O governador também disse que a greve dos professores das universidades
seria "partidarizada", o que na verdade, não é, até porque estamos
distante de período eleitoral. Ao afirmar isto, ele compra o tipo de
discurso equivocado empregado por governadores anteriores, seus
adversários, e que a esquerda tanto combatia.
A greve, já longeva, vai se convertendo no mais desafiador
enfrentamento do governo, e precisa ter canais de mediação realmente
efetivos.
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