Pelo quarto ano consecutivo, desde que foi resgatado pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), o Bando Anunciador da Festa de Santana voltou a desfilar arrastando cerca de 2.000 pessoas, segundo avaliação da Polícia Militar. Diversidade e sincretismo são palavras que definem bem o que é o Bando Anunciador. Crianças, jovens, idosos, homens e mulheres, de toda cor, raça ou credo, reúnem-se para festejar não só a padroeira da cidade, mas também a alegria de viver.
Fantasiados, mascarados ou de cara limpa, eles começaram a chegar ao Centro Universitário de Cultura e Arte (Cuca) já por volta das 5:30 da manhã de domingo passado, onde estava sendo servido um café da manhã. Notívagos, boêmios, que vararam a noite e a madrugada de sábado para domingo, chegavam alegres, fazendo algazarra. Vinham de diversas partes da cidade. Do Jardim Acácia, dos Olhos D’água, da Rua Nova, vinham em bandos.
O festival de cores, sons e estilos começou a desfilar por volta das 8:30 em direção à praça Fróes da Mota, retornou para a praça da Bandeira, entrou pela Marechal Deodoro e foi para o Beco do Mocó, retornando ao Cuca. Tudo na mais santa paz. Aliás, apenas um pastor evangélico se aborreceu quando o bloco dos sujos (pessoas com carvão no corpo) o abraçou. Ele reagiu mal à brincadeira e, aos gritos, dizia que não pertencia àquele mundo.
Realmente não pertence. Ele pertence ao mundo dos mau humorados, dos infelizes, dos tristes porque perderam a capacidade de brincar, sufocando a criança que existe e resiste dentro de cada um de nós.
E viva Senhora Santana!
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