terça-feira, 1 de novembro de 2011

Agressão a jornalistas, uma atitude covarde e uma ameaça à liberdade

Ontem (31) uma jornalista da TV Globo foi interrompida quando desenvolvia uma matéria, ao vivo, em frente ao hospital em que está o ex-presidente Lula. “O nosso intuito não é agredir ninguém, é só invadir os links da Rede Globo”, disse o rapaz que empurrou a jornalista, referindo-se às transmissões ao vivo da emissora.

Fossem quais fossem as intenções do rapaz, concordo com a nota da Associação Brasileira de Imprensa que diz: “jamais, em tempo algum, ato de agressão física é aceito por qualquer motivo que seja”. Idéias e ideais devem ser discutidos com o mínimo de dignidade e respeito entre as partes. O ato de agredir publicamente um jornalista no desempenho de sua profissão é o mais baixo de todos os atos.

Sempre aparece alguém disposto a calar a Imprensa, pelos mais diversos motivos. Mas, o principal deles é que, sem informação, sem saber o que está acontecendo, sem a verdade dos fatos, a população vira massa de manobra nas mãos de políticos tiranos e desonestos. O incrível, porém, é que tem gente no meio do povo que concorda com estas arbitrariedades.

Aqui na Bahia o falecido senador ACM era pródigo em ofender e agredir fisicamente jornalistas quando lhes faziam perguntas que ele não poderia nem gostaria de responder. Quando o poder mudou de mãos no Brasil, esperava-se que a imprensa tivesse mais liberdade para trabalhar. Afinal, foram anos ao lado da esquerda combatendo a ditadura militar em defesa da liberdade de expressão.

No entanto, não é o que acontece. Foram inúmeras as tentativas do governo Lula em calar a boca da Imprensa, e ainda tramita no Congresso Nacional um projeto que se convencionou chamar de “Lei da Mordaça” que, se aprovado, será o fim da Imprensa livre e passo primordial para instalação de uma ditadura de esquerda no Brasil.

Poucos políticos entre os que defendem a “Lei da Mordaça” querem apenas impor limites ao exercício da informação para evitar o mau uso dela por parte de maus profissionais. Mas a grande maioria quer mesmo é ter campo livre para praticar seus atos desonestos sem o conhecimento da população. E entre os cidadãos acontece o mesmo.

É preciso, antes de qualquer coisa, entender que existem bons e maus profissionais em todos os lugares. Sei que é difícil identificá-los, pois para isso é preciso estar bem informado e antenado com todos os acontecimentos, recebendo a informação com senso crítico e tirocínio para saber julgar se ela é ou não verdadeira e se não está atendendo a interesses. Sim, porque não há um só veículo de comunicação da grande imprensa que hoje não esteja atrelado a grupos financeiros, políticos ou religiosos.

O jornalista, na maioria das vezes, apenas executa a sua tarefa de colher os dados e divulgar os fatos para a população. Mas sempre existem aqueles que manipulam os dados e passam a informação de maneira distorcida, de modo a atender aos interesses dos seus patrões.

Contudo, com certeza não é calando a voz da Imprensa que as coisas vão melhorar. Vão piorar, e muito, podem ter certeza.

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