sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Educação é coisa séria


Dados do Censo de Educação Superior divulgados recentemente pelo Ministério da Educação apontam que o Brasil registrou 6.379.299 estudantes matriculados em algum dos 29.507 cursos de graduação ou pós-graduação de 2.377 instituições em 2010. Ao todo, as matrículas cresceram 110,1% em dez anos. 

Segundo levantamento feito pelo MEC, um dos motivos do crescimento é o aumento da oferta de cursos à distância e tecnológicos. O censo informa ainda que a previsão de 81 novas unidades para 2012 inclui a instalação de 24 no Nordeste, 17 unidades no Centro-Oeste e 13 na região Norte.

De acordo com os dados, o crescimento foi impulsionado pelas regiões Norte e Nordeste e mostra que a distribuição regional ficou muito mais equilibrada, já que o Nordeste ultrapassou a região Sul consolidando-se como a segunda região em número de estudantes de ensino superior.

Porém, não se pode esquecer que é necessário se preocupar com a qualidade do ensino que está sendo ofertado nestas instituições. E é aí que a porca torce o rabo. Porque qualidade é o que menos conta em escolas particulares cujo objetivo primário é o lucro dos seus donos. Há escolas particulares em que os alunos são tratados como clientes e os professores devem seguir o lema comercial de que “o cliente sempre tem razão”.

Houve até o caso de uma professora que pediu demissão do estabelecimento de ensino particular em que lecionava porque, ao admoestar um mau aluno, foi chamada pela diretoria para ser informada de que “o cliente” não poderia ser constrangido e muito menos castigado.

É claro que existem exceções. Assim como existem escolas públicas cujos professores e diretores primam pela qualidade do ensino, há escolas particulares que se esmeram em obter a aprovação da comunidade. Aqui mesmo em Feira de Santana temos colégios como o Hélios ou o Genesis que sempre estão ocupando os primeiros lugares no Enem. De muitas das nossas escolas particulares têm saído excelentes profissionais.
Mas, ensino á distância ainda está longe de ser uma realidade satisfatória em qualidade, principalmente se comparado com outros centros mais civilizados da Europa, América do Norte e de alguns países asiáticos, onde o ensino é levado muito a sério, o que não é o caso do Brasil.

Em todos os lugares do mundo onde a Educação é levada a sério, o ensino superior é uma realidade acessível apenas para as mentes mais brilhantes, e não para ser distribuído em cotas para agradar minorias de forma demagógica e eleitoreira.

O ensino em nível técnico é suficiente para garantir um mercado de trabalho para o cidadão comum, e o ensino superior só é acessível para quem, desde os primeiros anos de escola, demonstrou capacidade mental acima da maioria.
É uma seleção natural, como seres naturais que somos.

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