terça-feira, 29 de novembro de 2011

Quem vai pagar pelos estragos?


Ontem, segunda-feira, voltava eu da região sisaleira para Feira de Santana, e quando cheguei no entroncamento de Tanquinho, por volta das 08 horas, a BR-116 Norte estava sendo bloqueada por manifestantes à altura do posto Trevo. Dei sorte, pois a pista ainda não estava totalmente bloqueada e consegui passar e segui viagem.

Mas, fiquei imaginando quanto transtorno, quantos prejuízos seriam causados aos que não tiveram a sorte que tive. Além dos carros pequenos, vans, ônibus, caminhões, ambulâncias, todo tipo de veículo seria parado sabe-se lá por que e por quantas horas, causando angustia e prejuízos a centenas ou milhares de pessoas.

Mas, seja lá qual foi o motivo da manifestação, esse tipo de ação precisa ser proibida e coibida, com o uso da força policial, se preciso for. Porque não é justo que as pessoas que nada têm a ver com os motivos dos manifestantes sejam tolhidas do seu direito de ir e vir. Se quiserem chamar a atenção vão para a porta das prefeituras, dos palácios governamentais, das câmaras, assembléias, ou Congresso Nacional. Não é prejudicando milhares que algumas dezenas de outras pessoas exijam seus direitos.

Há uma máxima da educação moral e cívica que preconiza que “o meu direito termina quando o do próximo começa”. E ademais, quem vai pagar pelos prejuízos causados? Quem vai se responsabilizar, por exemplo, pela perda de cargas perecíveis? E os passageiros dos ônibus, quem lhes ressarcirá pelos prejuízos que possam ter por chegarem atrasados aos seus compromissos? Pior ainda. Que preço será pago pela perda da vida de quem viajava numa ambulância com destino a um atendimento hospitalar de emergência?

Os manifestantes certamente não vão arcar com tais perdas. O governo muito menos. E no final, que ganho terão os próprios manifestantes, exceto o fato de chamar a atenção das autoridades para os seus problemas? Creio que ganham muito pouco em proporção às perdas que causam aos seus semelhantes.

Eu já disse aqui outro dia que gosto de ver pessoas indo à luta, reivindicando seus direitos. Mas isso tem que ser feito de forma organizada, sem causar prejuízos às outras pessoas que não estão relacionadas com aquele fato em si.

Em geral, as pessoas fazem estas manifestações, chamam a atenção de alguma autoridade, que por sua vez faz algumas promessas, mas que certamente não serão cumpridas. Por isso mesmo, pouco tempo depois os manifestantes voltam ao mesmo local e causam a mesma balburdia, sem resultados efetivos.

Tá na hora de mudar de tática. Se é para causar transtorno e prejuízo, vamos causar a quem tem mais nos causado transtornos e prejuízos. Eles, os políticos, são o nosso alvo.

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