De 13 a 18 de agosto acontece a Semana Nacional da Família, que neste ano tem como tema: “Família, fonte de vocações”. É bom lembrar que o ano de 2023, foi escolhido pela Igreja no Brasil como Ano Vocacional. Tem como objetivo promover a cultura vocacional nas famílias, comunidades e sociedade para que sejam ambientes favoráveis na descoberta da vocação que cada pessoa recebe como presente de Deus.
DIZEMOS que a família é
fonte de vocações, porque é a partir dela, que os filhos vão discernindo a
vocação. Para que isso aconteça é necessário um ambiente favorável em casa,
onde os pais são um bom testemunho de vida. Por isso, cada família deve
proporcionar condições para que seus membros descubram sua vocação que é
verdadeiro caminho de servir com alegria, e consequentemente, de realização
pessoal.
A VOCAÇÃO é um chamado
de Deus que não depende dos méritos da pessoa e da própria família. É uma graça
de Deus! E o lugar privilegiado de descoberta, valorização e orientação
vocacional e profissional, é na família. Os pais não têm o direito de
interferir na vocação, e na profissão dos filhos, mas devem ajudá-los e
facilitar sua descoberta e seguimento.
NÃO importa qual é a vocação, e
sim, corresponder ao chamado que Deus nos fez à vida, ao batismo e à uma
vocação específica. Segui-Lo é uma decisão pessoal onde cada um tem total
liberdade de escolha. Todos nós temos uma responsabilidade no mundo. Ninguém
nasce por acaso e ninguém é descartável. E, pelo Batismo, nós cristãos,
recebemos uma missão: anunciar o Evangelho pelo testemunho de vida e pelo
trabalho, sendo sinais visíveis de Jesus Cristo na sociedade.
QUANDO somos
chamados para um determinado serviço, com frequência afirmamos que não estamos
preparados ou, não somos dignos de tal missão. Ninguém está preparado, pois não
nascemos prontos, mas Deus, a partir do chamado, nos capacita para a missão que
nos confiou. Portanto, cabe a nós dizer como Maria: “Eis-me aqui” (Lc.1,38).”
O EVANGELISTA Mateus
afirma que: “Jesus, ao ver as multidões, encheu-se de compaixão por elas,
porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas que não tem pastor”. Então,
disse aos seus discípulos: “A colheita é grande, mas os trabalhadores são
poucos. Pedi, pois, ao Senhor da colheita, que envie trabalhadores para a sua
colheita” (Mt. 9 -36-38). Por isso, cabe-nos rezar para que Deus continue
passando por nossas famílias e comunidades e faça crescer o número de vocações.
Dom
Itamar Vian
Arcebispo Emérito
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