Contudo, essa tal “democracia” mais
parece uma “democratura”. Haja vista tudo que ocorreu durante os dois anos da
pandemia da covid-19. Pessoas foram detidas nas ruas e nas praias, levadas a
força para a prisão. Um comerciante teve as portas da sua loja lacradas porque
ele insistia em trabalhar. Uma mulher chegou a ser algemada e levada presa, por
estar sentada em um banco de uma praça pública. Outra foi presa juntamente com
seus dois filhos e levada num camburão porque estava fazendo exercícios físicos
numa praia do Rio de Janeiro. Então, como dizer que isso é Democracia? Ah! Mas
tivemos eleições livres. Democráticas. E o bicho papão, Jair Bolsonaro, foi
derrotado democraticamente em eleições livres. Não houve nenhum ditador que
impedisse o “ungido” Luís Inácio tomar posse como presidente do Brasil. Mas,
nada disso basta para saciar a sede de revanchismo dos que sofreram o golpe de
64. Querem levar tudo às últimas consequências. Olho por olho, dente por dente!
Não basta voltarmos ao estado de direito, restabelecer a democracia e ter
eleições livres. Não! Tem que ter vingança. E quanto ao País? Ora! O País que
se dane.
O fato é que perdemos a noção das
coisas. Parece até que nem falamos a mesma língua. A loucura parece ter tomado
conta do País. Todo mundo se acha no direito de cometer qualquer absurdo e ficar
por isso mesmo. Até o momento o povo brasileiro parece não ter noção do que
está acontecendo, de onde viemos, para onde vamos e o que estamos fazendo aqui.
Caos total. E a imprensa que deveria, por força do seu papel primordial,
esclarecer as pessoas e orientá-las como proceder nesses tempos incertos, mais
confunde do que explica. E aí a gente para e se pergunta: Que diabos está
acontecendo? Faz lembrar aquele bêbado perdido no meio da noite e se
perguntando: “Quem estou? Aonde sou?”
A
nossa Organização Social e Política Brasileira está uma bagunça. O Legislativo
não legisla, o Executivo não governa e o Judiciário quer fazer tudo. Em meio a
esse caos, estão os aproveitadores da desordem para exercer suas atividades
ilícitas e criminosas. Não há polícia nem cadeia suficientes para prender tanta
gente. E no meio disso tudo, uma discussão muito importante: O porte da maconha
está liberado! Mas, onde comprar? Você pode carregar e usar, mas não tem onde
comprar, porque aí é tráfico.
É ou não é o verdadeiro samba do crioulo doido?
E agora José? Ou melhor: Luís?
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