“Elenco mal formado”, dizem uns. “Técnico incompetente”, garantem outros, mas ainda há quem lembre da “praga” lançada pelo “pai de santo” Paulo Caveira, contra o tricolor. Na década de 1970, chamado de “O Santos do Nordeste” pela qualidade do seu elenco, o Fluminense desfrutava de enorme prestígio em todo o país.
Foi quando Paulo Caveira, considerado o babalorixá número um de Cachoeira, entrou na vida do clube, que nada fazia sem primeiro ouvi-lo. A delegação ia viajar para Serrinha e Paulo, que já assumira postura diretiva, entrou no veículo e tomou assento privilegiado, o que já se poderia considerar normal, mas dessa vez um dirigente disse não!
Barrado e tendo seu prestígio abalado, o cachoeirano foi enfático: “Tudo bem, mas esse time jamais voltará a ser campeão!”. À imprensa, ele garantiu: “Enterrei no Joia uma cabeça de burro, adeus Fluminense!”. A partir daí as coisas tornaram-se difíceis para o tricolor. Na década de 1980, o gramado do Joia foi totalmente substituído, e na retirada do material, lá estava uma ossada de animal, que seria a “cabeça de burro”.
Logo veio a comemoração, acreditando-se no fim da praga de Paulo Caveira, mas para alguns ela resiste, apesar de ‘trabalhos’ feitos para quebrar o encanto. Superstição ou não, o Fluminense de Feira jamais voltou a ter as conquistas até então obtidas. Paulo Caveira já se foi do mundo físico. Muitos desportistas mais jovens jamais ouviram falar dele, mas alguns antigos torcedores do campeão de 63/69 ainda se benzem só em lembrar!
Esta reportagem faz parte da série de matérias especiais elaboradas pela Secretaria de Comunicação Social destacando personalidades feirenses, monumentos, órgãos e empresas que fazem parte da história do município. A iniciativa comemora o aniversário de 191 anos de emancipação político-administrativa de Feira de Santana, celebrado em 18 de setembro.
Por: Zadir Marques Porto
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