Heráldica, emojis do passado
Nos dias correntes, ao se
reportarem por escrito, costuma-se indagar – em tom de blague – ao interlocutor
que, porventura, “por ciúme ou por despeito, acha que tem o direito” de duvidar
por não saber interpretar o que lera:
- Por acaso, você quer que eu desenhe o que
disse?
Afinal, o
desenho como tradutor da comunicação, foi a primeira manifestação humana,
gravada em pedras, há tempos imemoriais, quando a rigor, éramos iletrados. Não
dominávamos a escrita.
Avançaram-se
os séculos para escrever e ler fossem coisas corriqueiras. A escrita, por muito tempo, subsistiu
manipulada por pouquíssimos que sabiam manejá-la. Até então, a comunicação
iconográfica avançara. Afinal, ninguém sabia ler, mas sabia associar a algo,
símbolos e formas gráficas.
Assim, como
os privilégios do conhecimento se iniciam pelas classes abastadas e, por isso,
dominantes – em tempos do surgimento da burguesia, artesãos do traço e das
cores, projetaram dar forma ao significado dos nomes familiares e, por natural
consequência, às denominações das localidades. Foi quando nasceram os
brasões...
Hugo Adão
de Bittencourt Carvalho (1941),
economista, cronista, é autor do livro virtual
Bahia – Terra de Todos os Charutos, das crônicas Fumaças Magicas
e Palavras ao Vento,
participa do Colares – Coletivo Literário Arte
de Escrever. Vive em São Gonçalo dos Campos.
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