domingo, 15 de dezembro de 2024

 


Heráldica, emojis do passado

          Nos dias correntes, ao se reportarem por escrito, costuma-se indagar – em tom de blague – ao interlocutor que, porventura, “por ciúme ou por despeito, acha que tem o direito” de duvidar por não saber interpretar o que lera:

 - Por acaso, você quer que eu desenhe o que disse?

          Afinal, o desenho como tradutor da comunicação, foi a primeira manifestação humana, gravada em pedras, há tempos imemoriais, quando a rigor, éramos iletrados. Não dominávamos a escrita.

         Avançaram-se os séculos para escrever e ler fossem coisas corriqueiras.  A escrita, por muito tempo, subsistiu manipulada por pouquíssimos que sabiam manejá-la. Até então, a comunicação iconográfica avançara. Afinal, ninguém sabia ler, mas sabia associar a algo, símbolos e formas gráficas. 

       Assim, como os privilégios do conhecimento se iniciam  pelas classes abastadas e, por isso, dominantes – em tempos do surgimento da burguesia, artesãos do traço e das cores, projetaram dar forma ao significado dos nomes familiares e, por natural consequência, às denominações das localidades. Foi quando nasceram os brasões...
 

Hugo Adão de Bittencourt Carvalho (1941), economista, cronista, é autor do livro virtual

Bahia – Terra de Todos os Charutos, das crônicas Fumaças Magicas e Palavras ao Vento,

participa do Colares – Coletivo Literário Arte de Escrever. Vive em São Gonçalo dos Campos.

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