Vamos falar de
Songa?
Retrocedamos
a finais do século passado, época na qual o e-mail se popularizou como meio de
comunicação; anotemos, também e então, telefones serem privilégio das minorias.
Recordemos
ainda, o fato dos estudantes de São Gonçalo dos Campos - alcançada a fase do ensino superior – em sua
maioria, deslocavam-se para a capital. Tirante a Universidade Estadual de Feira
de Santana, UEFS, estudar em Salvador era recorrente. Pontue-se de passagem, a
época não existir a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, UFRB, instalada
que foi em 2005.
Como
os jovens são os primeiros artífices dos albores da modernidade, abraçaram o
grande objeto de desejo de então - o computador - e, por decorrência, os
e-mails para se comunicarem, de forma sintética e econômica, com suas bases.
Salvador
já era, fartamente, conhecida pela sigla ‘aeroviária’, SSA. Por afinidade – em
seus colóquios protocolares - converteram
Feira de Santana para FSA. Conceição da Feira, passou a ser ‘Conça’. Quanto ao
extenso São Gonçalo dos Campos, que, resumido, seria algo como ‘Sango’ - por
eufonia e por ser mais acomodado aos
ouvidos patrícios (a exemplo de longa, conga, etc.) - converteu-se em SONGA.
Nasceu assim, o neologismo - afetuosa
referência à cidade nomeada pelo beato padroeiro de Amarante, em Portugal.
Outrossim, se há SONGA enquanto substantivo, nada mais natural, advir seu gentílico,
flexionado nos dois gêneros, songariana
e songariano.
Eureka!
Por
viver em Songa – cidade jardim do
Recôncavo Baiano - sou songariano. Só falta a Academia
Brasileira de Letras reconhecer o neologismo, empregado pelas novas gerações
nas redes sociais e, inclusive, pela Prefeitura Municipal, em vários de seus
comunicados oficiais.
Hugo Adão de
Bittencourt Carvalho (1941),
economista, cronista, é autor do livro virtual Bahia – Terra de Todos os
Charutos, das crônicas Fumaças Magicas e Palavras ao Vento,participa
do Colares – Coletivo Literário Arte de Escrever.
Vive em São Gonçalo dos Campos - BA
[email protected]
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