sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Política é (ou deveria ser) coisa séria


Desde o início dos anos 80, quando Tancredo Neves foi eleito presidente do Brasil (ganhou, mas não levou), encerando de vez o período da Ditadura Militar, que eu depus as minhas (simbólicas) armas e passei a militar em outras frentes de batalha. O País voltava ao estado de direito, e era hora de decidir que rumo tomar.
Passei então a observar os políticos (não os partidos), para escolher bem em quem votar. Tive uma grande decepção com Waldir Pires, e uma grata surpresa com José Ronaldo, entre outras. Amigos e colegas, que perceberam que eu não seguia nenhuma orientação partidária, começaram a me chamar de “vira casaca”, como se política fosse como futebol, que a gente escolhe um time pra torcer, e com ele deve ficar por toda a vida.
Batam-me um abacate. Política é (ou pelo menos deveria ser), uma coisa séria. Não se pode ajudar a eleger um picareta, só porque ele é do partido escolhido. Existem homens de bem (ainda existem alguns) em todos os partidos políticos. Em alguns eles são respeitados e venerados, em outros são chamados de otários ou inocentes úteis.
Aqui em Feira de Santana eu posso apontar, entre aqueles considerados como “de esquerda”, homens como Celso Pereira, Colbert Filho, Roque Aras, Ildes Ferreira e Wilson Pereira, entre outros, como homens de bem, honestos e trabalhadores. Entre os “de direita”, aponto João Marinho Gomes, Fernando de Fabinho, Antônio Carlos Borges Júnior, José Ronaldo e Jairo Carneiro, entre outros.
São homens de espírito público, que divergem apenas no campo das idéias, mas não são inimigos e buscam, cada um ao seu modo, o bem comum. Nunca chegou ao meu conhecimento que homens como estes estivessem metidos em falcatruas, fraudes, mamatas ou qualquer espécie de artimanha nas quais estamos acostumados a ver metida a maioria dos políticos.
Voltando aos anos 80, percebi na época o que se escondia por trás do discurso dos militantes do Partido dos Trabalhadores. Com o passar do tempo, percebi que se tomassem o poder nós teríamos uma ditadura pior que a militar. E agora quando vejo a esmola institucionalizada por Lula, como forma de se manter no poder, fico temeroso quanto ao futuro dos meus filhos e netos.
A roubalheira, a velhacaria, a arrogância, a prepotência, a violência e a traição, estão no DNA do partido. Se alguém tem dúvida, pergunte a José Neto e a Colbert Martins, as mais recentes vítimas das traições petistas. Podem falar de mim o que quiserem, mas não posso compactuar com isso e ficar calado. Minha consciência não me deixaria dormir em paz.

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