Mais tarde, eles atrelavam duas parelhas de bode num “carro-de-bode”, e iam até um local onde o pai deixava lenha colhida na mata que eles levavam para casa no carrinho. Ainda havia tempo para jogar bola e brincar com brinquedos que, em sua maioria, eram fabricados por eles mesmos. Após tomar banho e almoçar, eles pegavam o carrinho de bode e iam até uma estrada onde passava o ônibus que os levaria à escola. À tardinha, de volta para casa, após mais alguns afazeres domésticos e deveres da escola, jantavam e dormiam, para acordar cedo no dia seguinte e começar tudo de novo.
Questionado sobre o futuro das crianças, o pai disse que aquele sítio era deles, e que quem quisesse ficar e trabalhar ali, já teria um começo de vida. E quem quisesse ir para a cidade, trabalhar ou estudar visando uma profissão, também teria oportunidade. A escolha era de cada um, pois ele já estava fazendo a sua parte, educando, sustentando, e dando educação doméstica aos filhos. Ali vivia uma família feliz.
Corta para a cidade. Há pouco tempo, em Feira de Santana, uma senhora vivia catando lata, papelão, plástico e outros materiais recicláveis para vender. Dali ela tirava o sustento dela e do filho, um pré-adolescente que a auxiliava na cata dos materiais para vender. Viviam numa casa humilde, num bairro periférico, e o garoto, sob o olhar da mãe, trabalhava pela manhã, e à tarde ia para a escola.
Tudo ia muito bem até que apareceu o pessoal do “politicamente correto”, essa gente dos conselhos tutelares, e disse que o trabalho infantil era proibido e que o menino teria que deixar de trabalhar, senão a mãe seria presa. Esta, não teve outra escolha senão obedecer. Sem ter que trabalhar, o jovem envolveu-se com más companhias, e longe do olhar da mãe, passou a usar drogas e praticar pequenos delitos, Acabou sendo morto pela Polícia.
Algum tempo antes desse episódio, um pai, que havia sido preso porque dera uma surra no filho, pedia ajuda aos conselhos tutelares e todas as autoridades que “cuidam” da infância e juventude, para que o ajudassem a livrar o filho das drogas. Não obteve a ajuda e seu filho também foi morto pela Polícia.
E assim, longe dos olhares dos pais, obedecendo às regras dos conselhos tutelares, com base no “politicamente correto”, nossa juventude se perde entre as balas atiradas por quem a deveria proteger.
Um comentário:
Aplausos caro reporter esta é uma realidade da vida do brasileiro humilde,porque pobre exitemmas de espiritos com muitos bens.Parabéns
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