Nesta quinta-feira (08) completou-se 31 anos da morte de John Lennon, o roqueiro sonhador que tanto lutou pela paz, pela fraternidade entre os homens e por um mundo mais justo. Em seus versos, brandindo a sua guitarra, ele dizia: “Imagine todos os povos vivendo em paz. Você pode pensar que eu sou um sonhador, mas, não sou o único. Espero que algum dia você possa juntar-se a nós, e o mundo inteiro será apenas um”.
A mais tocada canção de Natal nos dias de hoje, Merry X’mas (Feliz Natal) é uma composição dele. Nela ele deseja um Feliz Natal e Ano Novo para fortes e fracos, para jovens e velhos, para ricos e pobres, para pretos, brancos, vermelhos e amarelos também. “Espero que seja um ano bom, sem nenhum medo”. Não tenho notícia de nenhuma composição nova de música natalina. Se existe, também não toca nas emissoras de rádio.
Lennon sempre foi censurado porque interpretavam mal ou maliciosamente as suas polêmicas declarações. Mas ele era autêntico e estava correto nas suas observações. Ele teve a coragem de revelar que esteve na presença da rainha da Inglaterra sob efeitos de um cigarro de maconha. Mas também foi ele quem disse que “os Beatles já passaram da fase das drogas”. E preocupava-se com a juventude. “O importante não é saber com o que os jovens estão se drogando, mas sim, porque eles estão se drogando”, alertava.
“Não se drogue por não suportar a dor da própria existência. Nenhum lugar vai fazer de você um homem (ou mulher) melhor. Eu estive em todos os lugares e só me encontrei em mim mesmo”, era sua mensagem para a juventude. “Não espere que os Beatles, o presidente ou Jesus Cristo venha fazer algo por você. Só você pode fazer algo por si mesmo”, era a mensagem dele para os homens.
Falando sobre sua carreira e fama, ele disse certa vez que se sentia como num trem em alta velocidade onde todos faziam questão de dizer-lhe o quanto ele era grande e sensacional. “Eu queria descer do trem, mas não conseguia, até que num determinado momento tudo parou e eu saltei”. A partir dali ele pode se dedicar às coisas que amava: Compor e tocar as suas canções onde e quando quisesse, com ou sem platéia, amar sua mulher, curtir o seu filho, viver a sua própria vida, e não a dos outros. “Dizem que sou louco, excêntrico. Eu posso até ser um pouco extravagante, mas sou feliz e estou no meu juízo perfeito”, afirmava. Lennon dizia sim, coisas mais do que certas e, às vezes, até premonitórias. Numa das suas últimas entrevistas ele disse; “Um Rei sempre é morto pelos seus cortesãos”.
John Lennon morreu no dia 08 de dezembro de 1980, em frente ao edifício Dakota, onde morava, assassinado a tiros por Mark Chapman, um fã a quem acabara de dar um autógrafo. Eu, que como ele, também sou um sonhador, desejo que todos tenham um feliz Natal e um 2012 repleto de felicidade e realizações.
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