domingo, 11 de dezembro de 2011

Uefs expõe presépios no Museu Casa do Sertão

O Museu Casa do Sertão, localizado no campus da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), realiza, durante este mês de dezembro, exposição de presépios composta por 99 esculturas do acervo próprio. Feitas em madeira, papel machê ou barro (mono e policromado), as peças retratam a sensibilidade de artesãos como o santeiro Domingos Paixão, Dona. Fia, Crispina dos Santos e Marilene Brito, e ilustram um dos mais populares temas da liturgia católica, o Natal.
 
O público pode visitar a exposição das 8 às 11h30 e das 14 às 17h30. Visitas em grupo podem ser agendadas através do telefone (71) 3161-8099 ou ainda pelo e-mail [email protected].
Representações iconográficas do nascimento do Menino Jesus montados nas salas de visitas dos lares e/ou igrejas ainda hoje são elementos recorrentes do cenário sertanejo durante o período natalino. Diante dos presépios, as famílias e membros das comunidades, especialmente as rurais, expressam a devoção através de cantigas e rezas, associando sagrado e profano como nas Folias de Reis.

Identidade regional
Por todo o Nordeste é celebrado o nascimento do menino salvador, “reinventando o saber de velhas tradições, de forma viva e criativa, acompanhando a dinâmica da vida dos participantes, que reforçam nessas práticas sua identidade social”, conforme salienta a diretora do Museu Casa do Sertão, Cristiana Barbosa.
Montados em muitos lugares, é notadamente no sertão baiano que os presépios ganham aspectos do cotidiano regional, com a incorporação de cenas locais e vegetação da caatinga, além de materiais como areia, búzios, pedras e brinquedos. Em algumas localidades é comum grupos de Folia de Reis que se apresentam desde as comemorações do advento até o dia 6 de janeiro, dia em que se comemora a adoração dos Reis Magos e realiza-se, após o desmonte do presépio, a queima da lapinha.

O culto ao Menino Jesus foi iniciado por São Francisco de Assis que montou o primeiro presépio em 1223. Essa tradição foi se desenvolvendo ao longo do tempo e se espalhou por todo o mundo cristão. Em decorrência da montagem de presépios em templos, praças e residências, iniciou-se ainda no século 16 a dramatização com canto e dança, a maioria composta por autores populares e anônimos, como a louvação ao nascimento de Jesus. (Ascom/Uefs)

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