A campanha “Parem de nos matar -
violência contra as mulheres”, grito contra o assassinato de mulheres,
principalmente as negras, foi lançada no sábado, 10, em Feira de Santana, em
evento realizado no Mercado de Arte Popular que teve o apoio da Secretaria de
Desenvolvimento Social.
A iniciativa é da Rede de Mulheres
Negras da Bahia, em parceria com a Estação Juventude, da Sedeso. Para o
secretário Ildes Ferreira, o debate acerca deste tipo de violência é importante
alerta para a sociedade. “O que se quer é um basta numa situação que tem uma
mulher agredida a cada sete minutos no país”.
A grande maioria dos assassinatos tem
como vítimas mulheres negras e pobres. Ildes Ferreira salienta que na Sedeso
existem o setor de Promoção da Igualdade Racial, bem como o Centro de
Referência Maria Quitéria e a Casa Abrigo Sapho, que acolhem mulheres em
situação de risco pela violência doméstica.
Ivanide Santa Bárbara, militante da
causa dos negros, disse que os jovens negros são as principais vítimas da
violência letal. “Estão praticando um verdadeiro genocídio. Temos um sistema
nacional racista”.
Jussara Silva, do Movimento de População
de Rua, contou parte da sua história de vida. Relatou que, drogada, viveu nas
ruas por dez anos e que se recuperou. “Mas esta inciativa depende muito da
pessoa. Do seu interesse. As políticas públicas existem, mas a pessoa tem que
desejar largar esta vida e voltar para a família”. Ela tem três filhos
pequenos.
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