terça-feira, 2 de julho de 2019

O futebol brasileiro agoniza



A Seleção Brasileira de Futebol enfrenta hoje a Argentina, em busca de uma vaga nas semifinais da Copa América, que este ano é disputada em nosso País. Vale apenas pela tradicional rivalidade entre ambas. Mas, muito pouco pela baixa qualidade do futebol que apresenta. O futebol em toda a América do Sul e Central está em baixa. Os melhores valores revelados no futebol sul-americano são levados, precocemente, pelas ricas agremiações da Europa ou da Ásia. Isso nos deixa com carência de bons jogadores nos nossos torneios nacionais.
         Quando a seleção Brasileira é convocada a maioria dos jogadores vem de clubes do exterior, muitos deles tiveram pouco ou nenhum contato com o torcedor brasileiro. E esse distanciamento não gera empatia necessária para fazer com que o torcedor vibre junto com a seleção enchendo os estádios de emoção, como costumava ser.

O futebol sul-americano sofre os efeitos da desastrada aventura bolivariana que tentou implantar uma aliança comunista em toda a América do Sul, levando várias nações a bancarrota, e com o Brasil não é diferente. Argentina e Brasil enfrentam caos econômico, social e político. A Argentina está imersa numa hiperinflação e seus clubes não conseguem pagar salários aos seus jogadores que seja sequer, de longe, competitivos com os de outras nações europeias.
Isso tudo reflete no desempenho das equipes esportivas. O Brasil está um pouco melhor nesse aspecto, mas, sua situação é agravada pelos desmandos de quem manda no futebol brasileiro (lê-se, CBF e Rede Globo). A CBF tem um ex-presidente preso nos Estados Unidos e outro impedido de deixar o País, porque deve prestar contas à Justiça. Isso nos deixa sem moral para reivindicar direitos ou reclamar qualquer coisa junto a FIFA ou a Commebol.
No caso da rede Globo, ela prejudica o futebol brasileiro quando discrimina as equipes das regiões Nordeste, Centroeste e Norte e supervaloriza as equipes das regiões Sul e Sudeste. Com a maior parte do futebol no Brasil enfraquecida restam poucas opções para se encontrar bons jogadores dentro do país, vez que, os melhores vão embora cedo, muitas vezes antes que lhes caiam os dentes de leite.
Para completar o triste quadro, as competições esportivas são realizadas a partir das 10 horas da noite, o que afasta as famílias dos estádios e ginásios. Ninguém em sã consciência, sendo trabalhador e honesto, deixa sua casa para ir a um estádio as 10 da noite, voltar a meia noite dependendo de um transporte coletivo deficiente e ficar sujeita a ação dos assassinos e ladrões que nos espera em cada esquina das cidades. Só bandidos e vagabundos frequentam os estádios nesses horários. E depois a imprensa lamenta a violência que campeia as praças esportivas.
O jogo de hoje à noite pode ter qualquer resultado, pois, não favoritismo, apenas rivalidade. E ninguém espere que os “craques” milionários, oriundos do estrangeiro coloquem suas ricas pernas em risco para defender os países que há muito tempo deixaram em busca de vida melhor.  


PS: Autorizada reprodução desde que citada a autoria.


        

Nenhum comentário: