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César Oliveira |
Especialistas afirmam em entrevistas que dificilmente hackers de baixo
perfil, como os que foram presos, conseguiriam invadir quase 1000
celulares como fizeram. O método era trabalhoso, o tempo exigido muito
grande, portanto, a situação ainda precisa de esclarecimentos. Por outro
lado, um dos hackers disse que suas rendas vinham de aplicações
financeiras, mas que ele não sabia de onde veio o dinheiro para as
aplicações financeiras, havendo, portanto, muito a ser explicado.
A revelação da participação da ex-candidata a vice- presidente Manoela
DÁvila foi outra surpresa, por ela ter sido a intermediária do contato
entre o hacker e o jornalista Greenwald, do Intercept.
Um dos hackers disse que obteve os telefones das autoridades a partir
do grampo de outros telefones, mas estranhamente ele precisou pedir a
Manuela DÁvila o telefone de Greenwald, para entrega das gravações.
Também, ainda não sabemos se houve pagamento pelos dados obtidos, visto
que o perfil de estelionatários do grupo, não sugere nenhuma ação
movida pelo patriotismo.
Além disso, ainda falta esclarecer se o Intercept informou aos seus
parceiros- Folha, Veja-, que o produto era proveniente de furto, ou se
não sabiam.
Então, há ainda muitos pontos nebulosos. Só as investigações e a quebra
do sigilo fiscal e telefônico dos acusados poderão permitir esclarecer
todas as questões referentes a esse crime- é bom deixar claro que é um
crime-, e estabelecer severas punições, inclusive aos jornalistas se
estiverem envolvidos em encomendas ou pagamentos.
As mensagens apresentadas até agora não produziram nenhuma prova que
absolva os condenados pela Lava-Jato e não revelaram ilegalidades,
embora muitos desaprovem o excesso de interlocução de Moro com os
Procuradores.
É preciso ver se a montanha irá parir algo mais que um rato, o tamanho
da culpa dos ratos, e que medidas o governo tomará para proteção de seus
dados ridicularmente vazados por uns hackers amadores e mequetrefes.
São muitas questões ainda não esclarecidas e que só o tempo nos dará a verdade. Aguardemos.
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